Cada casal tem uma dinâmica particular quando o assunto é dinheiro. Há quem mantenha contas individuais e divida as faturas e despesas, sem saber o que acontece na conta de seu par. Também é comum encontrar pessoas que têm contas individuais, mas mantém uma conta conjunta para a manutenção da casa, do carro e de outros compromissos comuns. Além disso, há casos em que apenas um dos cônjuges é o provedor ou provedora de toda a renda familiar – o que demanda um outro perfil de administração financeira. Por fim, há casais que conseguem se organizar bem a partir de uma conta conjunta para os dois, sem necessidade de manter contas individuais.
Qual é o melhor modelo, entre todas essas opções? A resposta virá de acordo com o perfil familiar. Manter uma conta conjunta com uma pessoa consumista, que ultrapassa os limites financeiros, pode ser o ponto de partida para vários conflitos. Em contrapartida, casais que mantém contas individuais e não conversam muito sobre dinheiro podem estar perdendo uma boa oportunidade de se planejarem e realizarem objetivos maiores que o orçamento. Isso sem contar os casos em que um acaba se endividando e o outro não toma conhecimento até que a situação chegue ao ponto de prejudicar o orçamento.
Nas famílias em que apenas uma pessoa é responsável por toda a renda familiar, é fundamental que essa pessoa não se sinta o dono de todo o dinheiro da casa. Afinal, o ter a autoestima abalada se sentir que não possui liberdade financeira.
Em todos os casos, o mais importante é dialogar sobre o tema e fazer os ajustes necessários quando uma das partes não se sentir contente com o padrão de organização adotado. Nesse caso é válido ler livros de finanças pessoais juntos e buscar informações em sites especializados, para que a vida financeira seja uma aliada para a vida do casal.
A segunda maior causa de separação de casais são os problemas financeiros
Os problemas ocorrem não somente pelo descontrole ou falta de dinheiro, mas pela abundância e ambição também. No final das contas, as dívidas é que são o problema. Enquanto o dinheiro está entrando, não há com o que se preocupar.
Mas, quando o saldo fica negativo, aí sim haverá problemas. "Um casal costuma conversar, sonhar e planejar juntos muitas coisas; casa, filhos, educação, alimentação mas, entre tantos assuntos, não é costume entrar nessa lista as 'finanças do casal', pelo menos de uma forma mais organizada. E a falta da conversa e do planejamento nesta área pode afetar todos outros aspectos da vida em comum", detalha Alessandra Bonafé, consultora financeira.
Confira nossas dicas para manter a chama da vida financeira de vocês bem acesa:
Fale mais sobre dinheiro!
Quantas vezes você e seu marido decidiram sentar juntos à mesa para discutir o planejamento financeiro da família, o plano de pagamento das contas e o orçamento doméstico? Se a resposta é nunca, cuidado. Pelo menos uma vez por ano sentem-se e definam alguns objetivos e metas para a família como um todo. É importante saber não só onde vocês estão, mas onde querem estar, com a definição do que vocês querem, os meios para chegar lá se tornarão muito mais claros. Você verá que será um momento de prazer criar estratégicas para atingir os sonhos de vocês.
Minha conta, minha conta. Sua conta, sua conta.
Casou? Então lembre-se de que o seu foco agora não é mais a sua vida individual. A dica é definir uma quota mensal para os gastos individuais, para o estilo de vida de cada um (sim, você merece seu espaço), mas trabalhem as despesas da casa, a construção do patrimônio e as tarefas conjuntas. Monte uma planilha com as rendas e gastos da família, isto vai ajudar a visualizar melhor a situação financeira do casal.
Resista às tentações do dinheiro.
Não se controlar e gastar mais do que ganha é o começo do fim de muitos relacionamentos. Para inverter a situação é preciso disciplina e muita determinação. De ambos. De todos. Não adianta planejar com o cônjuge e depois gastar muito, “fritar” o salário e o outro ficar responsável por sanar as dívidas da família e por planejar seus movimentos de patrimônio. Compromisso é a palavra chave em qualquer relacionamento.
Juram amor eterno, mas não pensam na velhice?
Você que está casado quer envelhecer ao lado de seu parceiro ou parceira, certo? Que tal pensar na aposentadoria desde o começo da união? Não precisa ser um expert em investimentos, basta que procure se informar sobre os planos disponíveis e que isso passe a ser uma preocupação constante no seu dia a dia.
Dica de Livro
Autor: Julie Ann Barnhill
Editora: Cpad
Editora: Cpad
Sobre o livro Antes que as Dívidas nos Separem – Respostas e Cura para os Conflitos Financeiros em seu Casamento
Se os problemas financeiros estão causando discórdia entre você e seu cônjuge, não se desespere… Você é apenas mais um dos milhares de casados que - mesmo conhecendo o que deve e não deve ser feito no gerenciamento do dinheiro - ainda não são capazes de sair da montanha-russa do descontrole financeiro. Neste livro, o autor compartilha livremente os pontos relacionados à economia doméstica e os pontos fracos de seu casamento, com doses generosas de humor junto a princípios sólidos da Palavra de Deus. Assuntos difíceis que mantêm você e seu cônjuge, infelizes e muitas vezes em dificuldades financeiras.