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Mostrando postagens de dezembro, 2016

E não quiseste!

Apelos de amor perdidos – Por Pe. Francisco Faus ANTES DE ENTRAR em Jerusalém, no primeiro dia da Semana Santa, Jesus, detendo-se na ladeira do monte das Oliveiras, contemplou o espetáculo da Cidade Santa brilhando ao sol do amanhecer. Uma golfada de dor invadiu-lhe a alma, e seus discípulos viram cintilar lágrimas sobre sua face: Contemplou Jerusalém – diz São Lucas – e chorou sobre ela (Lc 19, 41). Detenhamo-nos sobre essas lágrimas, pois elas nos falam. O Evangelho dá-nos todos os elementos para que possamos saber qual foi a sua causa e a sua significação. É certo que Jesus chorou naquela hora prevendo a destruição de Jerusalém, que no ano 70 seria arrasada pelas milícias romanas de Tito; mas não foi essa destruição – virão sobre ti dias em que os teus inimigos [...] te destruirão a ti e aos teus filhos (Lc 19, 43-44) – a razão principal das lágrimas de Jesus. É também verdade que Cristo sentiu uma dor profunda pela dureza de coração dos habitantes da Cidade Santa, que o haviam rej

Ano Litúrgico 2017

Ano Litúrgico - O ano litúrgico é o conjunto das celebrações com que a Igreja celebra anualmente o mistério de Cristo. - O ano litúrgico, também chamado de ‘Ano da Igreja’, difere do ano civil, ou seja, não obedece aquela ordem cronológica de doze meses, e trezentos e sessenta e cinco dias. - Dentro do ano litúrgico, a Igreja, sabiamente distribui o tempo em diversos períodos, enfatizando assim, alguns aspectos peculiares do Mistério Salvífico. - Os tempos referentes ao Ano litúrgico são: Advento, Natal, Comum, Quaresma e Páscoa. Tempo do Advento - Tempo de preparação para as solenidades do Natal, onde se celebra a primeira vinda do Filho de Deus no meio dos homens; e se recorda a esperança da Segunda vinda de Cristo. - O advento, muito mais que um tempo de penitência, é um tempo de esperança e preparação. Tempo do Natal - Neste período, a Igreja celebra a festa do nascimento do Senhor e de suas primeiras manifestações ao mundo. - O tempo do Natal se estende desde o dia vinte e quatro

Por que a Missa do Galo tem esse nome?

Muitas pessoas ficam com uma pulga atrás da orelha quando escultam o termo Missa do Galo. Em geral, isso se dá porque logo pensam: por que existe na Igreja uma celebração com um nome tão curioso como Missa do Galo? Porém esse termo não é o nome propriamente dito desta celebração eucarística do Natal. O nome Missa do Galo é usado apenas em alguns países de língua portuguesa e espanhola. Entretanto, para a maior parte dos católicos do mundo, chama-se Missa da noite de Natal. Quem acessa o calendário de atividades do Santo Padre pode verificar que, para o dia 24 de dezembro, não existe nenhuma informação dizendo que o Papa vai celebrar a Missa do Galo. Geralmente, lá há a seguinte descrição: "Natal do Senhor - Santa Missa da Noite de Natal". A informação é seguida do local onde acontecerá a celebração (regularmente, ocorre na Basílica de São Pedro, no Vaticano) e o horário. De onde vem a expressão Missa do Galo? Não há apenas uma explicação e existem várias lendas sobre a orige

Sangue de São Januário não se liquefez

SEGUNDO INFORMAÇÕES do noticioso italiano La Stampa, o sangue de San Gennaro, guardado em uma ampola num relicário da Capela dos Tesouros, Catedral de Nápoles, este ano não se liquefez na data esperada. Em outas palavras, não se repetiu o milagre como sempre acontece no dia 16 de dezembro, data em que se recorda a erupção do Vesúvio no ano 1631, quando a intercessão do santo impediu que as lavas do vulcão entrassem na cidade. A população local (e não só local) encontra-se alarmada, pois a ausência do milagre pode indicar um sinal da ira divina. Para quem não conhece a história do santo e do milagre, publicamos abaixo um resumo. São Januário (San Gennaro) nasceu em Nápoles, no ano 270. Não se tem muita informação histórica sobre os primeiros anos de sua vida, mas está documentado que no ano 302 foi ordenado sacerdote, e que por sua piedade e virtudes em pouco tempo foi elevado a Bispo de Benevento. Com sua grande caridade, zelo e solicitude pastorais, debelou de sua diocese o problema

O Natal: festa cristã ou pagã?

COM A PROLIFERAÇÃO de seitas que se proclamam “cristãs” e se apresentam como únicas intérpretes autorizadas das Sagradas Escrituras, as tradições mais santas do verdadeiro cristianismo vão sendo contestadas, e a desinformação levanta dúvidas mesmo entre fiéis católicos. Você já ouviu dizer, por exemplo, que “o Natal é uma festa pagã”? Ultimamente, sempre que chega o final de ano, somos afrontados com afirmativas deste tipo, de pessoas que atacam a celebração e a festa do Natal, classificando-a como “pagã”, “idólatra”, “mundana”, etc. A única coisa de que precisamos, para esclarecer definitivamente a questão, é o desejo sincero de conhecer a verdade: conhecer os fatos antes de formar opinião já é o suficiente. Vivemos tempos em que os católicos são acusados dos maiores absurdos sem que nos concedam, ao menos, o direito de defesa. Certas teses paranoicas que circulam por aí, entretanto, já estão bem manjadas do público leigo minimamente esclarecido. Os códigos de barra usados no comérci

TODA MISSA É UM MILAGRE – ISTO É O MEU CORPO

Sim, toda missa é um milagre, porque a cada momento da Santa Missa estamos em contato com o divino. Seja no inicio com o Sinal da Cruz, no momento do perdão, da bênção sacerdotal e principalmente no momento da consagração. E é sobre isto que trata nossa reflexão a CONSAGRAÇÃO EUCARÍSTICA. Pois é neste momento em que por meio do SACERDOTE, o pão e vinho tornam-se em substância o COPO e SANGUE de Nosso Senhor Jesus Cristo. No momento da consagração, o padre presidente da celebração, profere as mesmas palavras, in persona christi, onde acontece o milagre, e Cristo se faz presente no altar. A consagração das espécies, pão e vinho, ocorrem em dois momentos e é propriamente as mesmas palavras retiradas dos Evangelhos de São Mateus, São Marcos, e São Lucas e também da primeira carta aos Coríntios, 11, 24. Consagração do Pão: Durante a refeição, Jesus tomou o pão, benzeu-o, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai e comei, isto é meu corpo Consagração do Vinho: Tomou depois

Breves exposições sobre a relação do homem com a Verdade

'O que é a verdade?', perguntou Pilatos a Cristo, sem imaginar que estava, naquele momento, diante da própria Verdade encarnada “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.”(Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 14, 6) DEUS É A PRÓPRIA VERDADE. Ele É! O caminho do homem sobre a Terra é uma aventura magnífica, em que cada um é chamado a conformar-se com a Verdade, o que não é um simples jogo de palavras e ideias, mas é, antes, uma Pessoa Divina: o próprio Cristo. É necessário entender que existe uma realidade externa ao homem, que existe independente de cada indivíduo, e que cada pessoa deve se conformar com a ordem das coisas e não pretender fazer com que as coisas se conformem à sua própria vontade. Ora isso ocorre porque os seres humanos não são Deus; o ser das coisas não parte delas ou de si mesmo, mas sim do Criador que tudo dispôs “com medida, quantidade e peso” (Sb 11, 20). Pois, quem dentre nós é capaz de dar a si mesmo a própria existên

Ano Litúrgico

| Texto em pdf para download   CONSIDERAÇÕES INICIAIS 01  - Chama-se Ano Litúrgico o tempo em que a Igreja celebra todos os feitos salvíficos operados por Deus em Jesus Cristo.  "Através do ciclo anual, a Igreja comemora o mistério de Cristo, desde a Encarnação ao dia de Pentecostes e à espera da vinda do Senhor"  ( SC nº 102 ). 02  - Ano Litúrgico é, pois, um tempo repleto de sentido e de simbolismo religioso, de essência pascal, marcando, de maneira solene, o ingresso definitivo de Deus na história humana. É o momento de Deus no tempo, o "kairós" divino na realidade do mundo criado. Tempo, pois, aqui entendido como tempo favorável, "tempo de graça e de salvação", como nos revela o pensamento bíblico (Cf.  2Cor 6,2 ;  Is 49,8a ). 03  - As celebrações do Ano Litúrgico não olham apenas para o passado, comemorando-o. Olham também para o futuro, na perspectiva do eterno, e fazem do passado e do futuro um eterno presente, o "hoje&