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Mostrando postagens de 2020

Ascensão e Pentecostes

Com a sua Ascensão, o Senhor ressuscitado atrai o olhar dos Apóstolos – e também o nosso – às alturas do Céu para nos mostrar que a meta do nosso caminho é o Pai. Começa o tempo de uma presença nova do Senhor: parece que está mais escondido, mas de certo modo está mais perto de nós: começa o tempo da liturgia, que é toda uma grande oração ao Pai, pelo Filho, no Espírito Santo, uma oração em caudal manso e largo. Jesus desaparece da vista dos apóstolos, que talvez fiquem silenciosos no princípio. “Não sabemos se perceberam naquele momento o fato de que precisamente diante deles se estava abrindo um horizonte magnífico, infinito, o ponto de chegada definitivo da peregrinação terrena do homem. Talvez o tenham compreendido só no dia de Pentecostes, iluminados pelo Espírito Santo”. ( Bento XVI, Homilia, 28-V-2006). “Deus eterno e todo-poderoso, que quisestes incluir o sacramento da Páscoa no mistério dos cinquenta dias...”. A Igreja nos ensina a reconhecer nessa cifra a linguag

Ressuscitei e sempre estou contigo

O tempo da Páscoa, explosão de alegria, se estende desde a vigília Pascal até o domingo de Pentecostes. Nesses cinquenta dias a Igreja nos envolve em sua alegria pela vitória do Senhor sobre a morte. Cristo vive, e vem ao nosso encontro. “Vinde, benditos de meu Pai: tomai posse do reino preparado para vós desde o princípio do mundo, aleluia”. O tempo pascal é uma antecipação da felicidade que Jesus Cristo ganhou para nós com a sua vitória sobre a morte. O Senhor “foi entregue por nossos pecados” e ressuscitou “para nossa justificação”: para que, permanecendo n’Ele, nossa alegria seja completa. No conjunto do Ano litúrgico, o tempo pascal é o “tempo forte” por antonomásia, porque a mensagem cristã é anúncio alegre que surge com força da salvação realizada pelo Senhor em sua “páscoa”, sua passagem da morte à vida nova. “O tempo pascal é tempo de alegria, de uma alegria que não se restringe a esta época do ano litúrgico, mas que habita sempre no coração do cristão. Porque Cri

A memória do justo

Guardar lembranças, relembrar a história que já vivemos faz parte da vida humana. Em geral, guardamos com carinho fotografias de momentos alegres e de momentos difíceis. Assim, cada povo, cada cultura, cada religião tem uma maneira peculiar de fazer memória e lembrar pessoas, acontecimentos e valores que fazem parte da sua identidade. O ditado popular judaico: “a memória é o pilar da redenção e o esquecimento o começo da morte” resume o lugar e a importância de fazer memória na vida judaica, na qual predomina a riqueza da tradição contínua de todos os acontecimentos importantes, de geração em geração, para garantir a continuidade de sua história. A tradição oral, comunicada na família pelos sábios e mestres de Israel, sempre teve como primeiro objetivo ensinar e transmitir o passado em vista do presente para que, no futuro, a vida possa atrair o reinado de Deus. Na terra de Israel, ou inculturados na diáspora, a comunidade judaica não deixa de viver o chamado de Deus “Escu

CRISTO E OS SACRAMENTOS

O Sacramento é um sinal sensível, instituído permanentemente por Cristo, para dar Graça. São como que sete artérias principais do Corpo Místico, pelas quais é transmitido às nossas almas, segundo as nossas necessidades, o poder da Paixão de Cristo que dá vida. Cada Sacramento requer um ministro humano, mas a qualificação deste varia conforme o Sacramento. Só um Bispo pode ordenar e, salvo em casos especiais, só um padre pode consagrar o Santíssimo Sacramento do Altar, absolver os pecadores e ungir os moribundos; os ministros do Sacramento do Matrimônio são os nubentes; no entanto, atendendo à importância do Batismo, qualquer leigo o pode ministrar em caso de necessidade. Em todos os Sacramentos, porém, o ministro principal é Cristo; o ministro secundário e humano atua em seu Nome. Cristo vive ainda na sua Igreja – Ele prometeu que estaria com ela todos os dias, até à consumação dos séculos. Em parte alguma se manifesta mais evidente o seu Poder vivo do que na administração d

À procura de Cristo na oração

O principal fim da oração é cumprir o primeiro dever de todo homem, imposto pelo Primeiro Mandamento: prestar a Deus o culto devido. Esse culto inclui a adoração, que é o reconhecimento do domínio supremo de Deus sobre nós e da nossa dependência absoluta dele; inclui a ação de graças, porque devemos tudo à bondade de Deus; e compreende também o reconhecimento da nossa condição de pecadores, com um arrependimento sincero pelas nossas ofensas contra Deus e com a resolução de as expiar. Não há necessidade, é claro, de traduzir esses sentimentos em palavras, todas as vezes que oramos, mas convém que todos os dias e por qualquer forma exclamemos esses sentimentos. E não há para isso melhor meio do que aquele que nos indicou Nosso Senhor – rezar o Pai Nosso. Devemos, portanto, tomar todos os dias uma atitude formal de oração, de preferência de joelhos, e prestar assim a devida homenagem, embora curta, a Deus. Há outro fim que devemos ter em vista na oração, que é obter certa

Entenda melhor o significado de cada dia da semana santa

O Domingo de Ramos , abre a Semana Santa, e para aprofundar e melhor viver cada dia da “Semana Maior”, confira o significado das celebrações: Domingo de Ramos O Domingo de Ramos abre, por excelência, a Semana Santa, pois celebra a entrada triunfal de Jesus Cristo, em Jerusalém, poucos dias antes de sofrer a Paixão, a Morte e a Ressurreição. Este domingo é chamado assim, porque o povo cortou ramos de árvores, ramagens e folhas de palmeiras para cobrir o chão por onde o Senhor passaria montado num jumento. Com isso, Ele despertou, nos sacerdotes da época e mestres da Lei, inveja, desconfiança e medo de perder o poder. Começa, então, uma trama para condená-Lo à morte. A liturgia dos ramos não é uma repetição apenas da cena evangélica, mas um sacramento da nossa fé, na vitória do Cristo na história, marcada por tantos conflitos e desigualdades. Segunda-feira Santa Neste dia, proclama-se, durante a Missa, o Evangelho segundo São João. Seis dias antes da Páscoa, Jesus chega a Betânia para

Documento 107 CNBB Iniciação à vida cristã

IMPLANTAÇÃO DO DOCUMENTO 107 DA CNBB NA PARÓQUIA “INICIAÇÃO À VIDA CRISTÔ: Itinerário para formar discípulos missionários INTRODUÇÃO O Documento 107 – Iniciação à Vida Cristã – (a partir de agora mencionado pela sigla “IVC”) afirma que a resposta aos desafios da evangelização hoje, principalmente na transmissão da fé cristã, depende da renovação da consciência daqueles que atuam nas paróquias, em todas as pastorais, como participantes da ação catequética. Esta postura nova é que vai gerar a tão desejada pastoral orgânica, que só acontece quando há um objetivo comum para todas as pastorais: ser anunciador da Boa Nova através da postura missionária, acolhendo aqueles que atenderem ao chamado e desejaram fazer a experiência do encontro com Jesus. A necessidade desta renovação pastoral se dá por conta da mudança dos interlocutores (as pessoas que procuram os sacramentos). Mudaram os valores, os modelos, as alegrias, as esperanças, as tristezas e alegrias das pessoas de