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Mostrando postagens de fevereiro, 2015

"Católico praticante" ?!

QUANDO, NUM encontro social, a conversa gira em torno de assuntos religiosos, é bem comum ver alguém declarar, com a maior naturalidade: “Sou católico não praticante”... Interessante é que a maioria parece achar muito normal e lógica essa afirmação, que raramente é contestada. Dias depois, numa outra oportunidade, numa outra conversa, é possível que alguém volte a fazer a mesma afirmação, e todos continuam achando tudo muito normal e lógico. Entretanto, perguntamos nós, como poderia alguém “ser” e, ao mesmo tempo, não “praticar”?  Essa ideia de que se pode acreditar na Igreja, – e mais além e mais importante, considerar-se membro desta Igreja, – sem colocar em prática a sua fé, infelizmente, é tão comum que já se tornou a mentalidade predominante em muitos ambientes. A justificativa de tal comportamento varia de pessoa para pessoa: existem aqueles que deixaram de lado a prática religiosa devido à decepção com algum líder ou administrador de sua comunidade: talvez o p

Livro de Esdras

Ao fim dos profetizados 70 anos da desolação de Jerusalém sob Babilônia. É verdade que Babilônia tinha a reputação de nunca soltar seus cativos, mas a palavra de Deus se provaria mais forte do que o poderio de Babilônia. Estava à vista a libertação do povo do Senhor. O templo de Deus, que havia sido arrasado, seria reconstruído, e o altar de Deus receberia de novo os sacrifícios de expiação. Jerusalém conheceria outra vez o brado e o louvor do verdadeiro adorador do Senhor Deus. Jeremias havia profetizado a duração da desolação, e Isaías havia profetizado como se daria a libertação dos cativos. Isaías até chamara a Ciro, da Pérsia, de ‘o pastor do Senhor ’ que derrubaria a altiva Babilônia de sua posição como terceira potência mundial da história bíblica. Isa.44:28; 45:1, 2; Jer.25:12.  O livro de Esdras relata como Deus cumpriu sua promessa profética através de Jeremias (Jr 29.10-14), no sentido de restaurar o povo judeu depois de setenta anos de exílio, ao trazê-lo de volta à

Exorcista adverte: há sombras perigosas em "Cinquenta Tons de Cinza"

Líderes da Igreja católica o consideram  imoral . Grupos de combate à violência doméstica denunciam que ele glorifica perigosamente a  violência sexual  contra as mulheres. Críticos literários e de cinema afirmam que ele não tem uma história discernível nem razão suficiente para existir. No entanto, “ Cinquenta Tons de Cinza ” quebrou recordes de bilheteria, arrecadando 81,7 milhões de dólares nos três primeiros dias de exibição. É a segunda maior estreia de todos os tempos para um mês de fevereiro, atrás apenas de “A Paixão de Cristo” (83,9 milhões de dólares, em 2004). É um ligeiro alívio saber que mais gente se viu atraída pelo sacrifício de Cristo do que por um filme sadomasoquista. Ainda assim, o fenômeno da atração exercida por “Cinquenta Tons de Cinza” desperta preocupações quanto à atual capacidade humana de discernimento entre o nocivo e o saudável. Para avaliar a partir de mais um ponto de vista os elementos moralmente criticáveis do film

A NOITE ESCURA DE MADRE TERESA

Ainda não faz muito tempo, a imprensa divulgou o conteúdo de cartas que Madre Teresa de Calcutá escreveu durante 66 anos a colegas e superiores.  Aliás, tal conteúdo é tema do livro Mother Teresa: Come Be My Ligth, cuja tradução em língua portuguesa já foi publicada. Nas cartas, Madre Teresa fala da aridez espiritual pela qual passou, do sentimento experimentado de que Deus a havia abandonado, do perturbador silêncio de Deus em sua vida.   O fato assustou a muitos, pois que se puseram a perguntar: "Como pode uma religiosa como Madre Teresa, que se entregou totalmente ao serviço de Deus, passar por tormentos na vida espiritual?", ou ainda: "Terá Madre Teresa duvidado da existência de Deus?" As provações na vida espiritual não são desconhecidas dos santos. O que Madre Teresa expressou em suas cartas é bastante conhecido entre os grandes mestres da vida espiritual.  E não nos devemos escandalizar com isso. Deus tem seus caminhos para conduzir o homem à santid

Sacerdotes católicos heróis no holocausto nazista

A notícia que reproduzimos abaixo ( ACI Digital ) traz algumas informações muito interessantes e especialmente úteis para a instrução daqueles que gostam de, irresponsavelmente, repetir certas teorias da conspiração absurdas sobre um suposto envolvimento entre a Igreja e o regime nazista. POR OCASIÃO DOS 70 ANOS da libertação do campo de extermínio de Auschwitz, foi publicado na França um livro que resgata o valor e o heroísmo dos sacerdotes católicos durante a Segunda Guerra Mundial, dos quais mais de 2500 foram enviados pelos nazistas ao campo de concentração de Dachau, local onde muitos deles morreram. O livro, cujo título é “A Barraca dos Padres, Dachau, 1938-1945” ( 'La Baraque des Prêtres' , editora Tallander, 2015), foi escrito pelo jornalista Guillaume Zeller, editor chefe da agência  Direct Matin  que ficou impressionado pela “dignidade assombrosa (dos sacerdotes), mantida apesar dos esforços das SS por desumanizar e degradar os prisioneiros” proveniente

Instrução sobre a Quaresma

A Quaresma são os quarenta e seis dias, da Quarta-feira de Cinzas ao Domingo da Páscoa, em que jejuam os cristãos, exceto aos Domingos . Nosso Senhor Jesus Cristo jejum por quarenta dias Afirmam os Santos Padres (como se pode ver em Cornélio da Lápide, Bellarmino etc.) que a Quaresma foi instituição dos Apóstolos, para honrarmos e imitarmos o jejum de Cristo S.N., satisfazermos a Justiça divina, e, assim, nos preparamos à digna celebração da Páscoa. Nesse tempo sagrado, substituindo a Igreja o luto às profanas alegrias, bradando a Deus a implorar Seu auxílio, a pedir-lhe a conversão dos pecadores, exorta-nos, e como que nos obriga, a entrarmos em contas conosco. Façamos-lhe a vontade, cumpramos com o preceito do jejum, e juntemos a essa penitência exterior a do coração, sondando o abismo de nossa consciência, lavando os pecados nas lágrimas da compunção e no sangue de Cristo, frequentando mais os Sacramentos, ouçamos a Missa todas as vezes que pudermos, apliquemo-nos à liç

Quanto é cara a Deus a alma que se lhe entrega toda

Ego dilecto meo, et ad me conversio eius — “Eu sou para o meu amado e Ele para mim se volta” (Cant. 7, 10). Meu irmão, cuida em expulsar do teu coração tudo que não seja Deus, ou não conduza ao seu amor e consagra-te a Ele inteiramente e sem reserva. Não será justo por ventura que sejas todo daquele que se fez todo teu? Além disso lembra-te de que Jesus Cristo ama mais uma alma que inteiramente se Lhe consagra do que mil almas tíbias e imperfeitas. São as almas generosas e todas de Deus que estão destinadas a preencher o coro dos Serafins. Deus ama todos aqueles que O amam (1). Muitos, porém, consagram-se a Deus, mas conservam ainda no coração alguma afeição às criaturas, a qual os impede de serem inteiramente de Deus. Ora, como é que Deus se quererá dar todo à alma que juntamente com Ele ama as criaturas? Com razão usará Deus de reserva para com a alma que se mostra reservada para com Ele. Ao contrário, Deus se dá todo às almas que expulsam do coração tudo que não seja

O pecado da avareza

Todos nós, em algum momento de nossas vidas, nos rendemos a um dos pecados capitais, porque somos ainda fracos e imperfeitos, e assim seremos até o dia glorioso em que, se Nosso Senhor assim o quiser, entraremos definitivamente no Reino dos Céus. Isto não significa que devamos nos conformar e nos entregar ao pecado, mas sim que precisamos ter humildade e reconhecer as nossas fraquezas diante de Deus, para que possamos, aos poucos e todos os dias, superá-las. Fazemos parte de uma sociedade para a qual quem mais possui parece valer mais do que aqueles que não têm acesso a muitos bens: os itens de consumo que se tornam símbolos de status social, as novidades tecnológicas cada vez mais impressionantes e que não param de surgir a todo instante, as belas roupas da moda, os prazeres e luxos que a modernidade oferece... Somos bombardeados a todo instante com propaganda, na TV, em publicações escritas, na internet...  Nas ruas vemos enormes  outdoors  nos muros, nas fachadas, nas

Significado e importância da Quaresma

COM A IMPOSIÇÃO das cinzas, inicia-se uma estação espiritual particularmente relevante para todo cristão que quer se preparar dignamente para viver o Mistério Pascal, Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Este tempo vigoroso do Ano litúrgico se caracteriza pela mensagem bíblica que pode ser resumida em uma palavra: "Convertei-vos" ( matanoeiete ). Este imperativo é proposto à mente dos fiéis mediante o austero rito da imposição das cinzas, o qual, com as palavras "Convertei-vos e crede no Evangelho" e com a expressão "Lembra-te de que és pó e ao pó voltarás", convida à reflexão sobre o dever da conversão, recordando a inexorável caducidade e efêmera fragilidade da vida humana neste mundo, sujeita à morte. A sugestiva cerimônia das cinzas eleva nossas mentes à realidade eterna que não passa jamais, a Deus; Princípio e Fim, Alfa e Ômega de nossa existência. A conversão não é, com efeito, nada mais que um voltar a Deus, valorizan