Muitas pessoas ficam com uma pulga atrás da orelha quando escultam o termo Missa do Galo. Em geral, isso se dá porque logo pensam: por que existe na Igreja uma celebração com um nome tão curioso como Missa do Galo? Porém esse termo não é o nome propriamente dito desta celebração eucarística do Natal.
O nome Missa do Galo é usado apenas em alguns países de língua portuguesa e espanhola. Entretanto, para a maior parte dos católicos do mundo, chama-se Missa da noite de Natal.
Quem acessa o calendário de atividades do Santo Padre pode verificar que, para o dia 24 de dezembro, não existe nenhuma informação dizendo que o Papa vai celebrar a Missa do Galo. Geralmente, lá há a seguinte descrição: "Natal do Senhor - Santa Missa da Noite de Natal". A informação é seguida do local onde acontecerá a celebração (regularmente, ocorre na Basílica de São Pedro, no Vaticano) e o horário.
De onde vem a expressão Missa do Galo?
Não há apenas uma explicação e existem várias lendas sobre a origem do nome Missa do Galo.
Uma das lendas aponta para o Papa Sisto III, que em 400, instituiu uma Missa para celebrar o nascimento de Cristo ad galli cantus, ou seja: "à hora que o galo canta". Com isso, o Pontífice queria assinalar que era o início do novo dia: meia noite.
Também existe a explicação de que a comunidade cristã de Jerusalém ia em peregrinação a Belém, para participar da Missa do Natal, na primeira vigília da noite dos judeus, na hora do primeiro canto do galo.
Também há quem diga que muitos anos atrás, se deu um acontecimento extraordinário: um galo cantou à meia noite da véspera para o dia de Natal, assinalando a chegada de Cristo.
Finalmente, há a lenda de um galo ter assistido ao nascimento do Menino Jesus – além do burro e da vaca – tendo ficado o animal com a tarefa de para sempre festejar e anunciar a data ao mundo.
Em um artigo publicado em 2010, a Agência Ecclesia apresenta mais um a razão para a origem do nome Missa do Galo, esta de origem espanhola. O texto "conta que antes de baterem as 12 badaladas da meia noite de 24 de dezembro, cada lavrador da província de Toledo, na Espanha, matava um galo, em memória daquele que cantou três vezes quando Pedro negou Jesus, por ocasião da sua morte". Posteriormente, a ave era "levada para a Igreja a fim de ser oferecida aos pobres, que viam assim, o seu Natal melhorado".