Pular para o conteúdo principal

A Igreja ensina que os primeiros catequistas são os pais. É com eles que toda criança deve aprender a conhecer a Deus, aprender a rezar e dar os primeiros passos na fé; conhecer os Mandamentos e os Sacramentos.


Os pais são educadores naturais, e os filhos assimilam seus ensinamentos sem restrições. É muito mais difícil levar alguém para Deus se isso não for feito, em primeiro lugar, pelos pais. É com o pai e a mãe que a criança tem de ouvir em primeiro lugar o nome de Jesus Cristo, Sua vida, Seus milagres, Seu amor por nós, Sua divindade, Sua doutrina, bem como a ternura para com nossa Mãe do Céu, a Virgem Maria. Eles são os responsáveis a dar-lhes o batismo, a primeira comunhão, a crisma e a catequese.
Quando fala aos pais sobre a educação dos filhos, São Paulo recomenda: “E vós, pais, não provoqueis à ira os vossos filhos, mas educai-os na disciplina e nas instruções do Senhor” (Ef 6, 4).
Aqui está uma orientação muito segura para os pais. Sem as “instruções do Senhor”, não será possível educar. Dom Bosco, grande mestre da juventude, ensinava que não é possível educar sem a religião. Seu método seguro de educar estava na trilogia: amor de Deus – estudo – religião.
Nunca se esquece as orações que se aprende a rezar no colo da mãe. Pobre filho que não tiver uma mãe que o ensine a rezar! É a melhor herança que recebida dos pais. Não é verdade que a ciência e a fé são antagônicas; essa luta só existe no coração de quem não foi educado na fé, desde o berço.
É vendo o pai e a mãe se ajoelharem que um filho se torna religioso, mais do que ouvindo muitos sermões. A melhor maneira de educar, também na fé, é pelo exemplo.
Se os pais rezam, os filhos aprendem a rezar; se os pais vivem conforme a lei de Deus, os filhos também vão viver assim, e isso se desdobra em outros exemplos. Os genitores precisam rezar com os filhos desde pequenos, cultivar em casa um lar católico, com imagens de santos em um oratório, o crucifixo nas paredes, etc.; tudo isso vai educando os filhos na fé. Alguém disse, um dia, que “quando Deus tem seu altar no coração da mãe, a casa toda se transforma em um templo.”
Um aspecto importante da educação religiosa de nossos filhos está ligado à escola.Infelizmente hoje se ensina muita coisa errada em termos de moral nas escolas; então, os pais precisam saber e fiscalizar o que os filhos aprendem ali. Os filhos precisam receber em casa uma orientação muito séria sobre a péssima educação moral que hoje é dada em muitas escolas, a fim de que não aprendam práticas anticristãs.
Outro cuidado que os pais precisam ter é com a televisão; saber selecionar os programas que os filhos podem ver, sem violência, sem sexo, entre outros. Mais uma vez aqui, é a família que será a única guardiã da boa formação dessa criança. Os pais precisam saber criar entretenimentos alternativos para tirá-las da frente do televisor, oferecendo-lhes brinquedos, jogos, contando-lhes histórias, etc.. Da mesma forma, ocorre com a internet: os pais não podem descuidar dela.
Mas, para levar os filhos para Deus é preciso também saber conquistá-los. Dar a eles tudo o que querem, a roupa da moda, a camisa de marca? Não! Conquista-os com aquilo que os pais são para seus filhos e não com aquilo que se dá a ele. Conquista-os dando-se a eles, afeto, tempo, carinho, atenção, ajudando-os sempre que precisam.
Diante de um mundo tão adverso, que quer arrancar os filhos das mãos de seus pais, estes têm que conquistá-los por aquilo que são para eles. É preciso que o filho tenha apreço pelos pais. Assim será fácil levá-lo para Deus. Muitos filhos não seguem os pais nos atos de piedade porque não foram conquistados por estes.
Conquistar o filho é nunca ofendê-lo com palavras ou humilhações ao corrigi-lo; mostrar paciência e dedicação sem limites, a exemplo de Nosso Senhor Jesus Cristo e nossa Mãe Santíssima.

Postagens mais visitadas deste blog

Símbolos e Significados

A palavra "símbolo" é derivada do grego antigo  symballein , que significa agregar. Seu uso figurado originou-se no costume de quebrar um bloco de argila para marcar o término de um contrato ou acordo: cada parte do acordo ficaria com um dos pedaços e, assim, quando juntassem os pedaços novamente, eles poderiam se encaixar como um quebra-cabeça. Os pedaços, cada um identificando uma das pessoas envolvidas, eram conhecidos como  symbola.  Portanto, um símbolo não representa somente algo, mas também sugere "algo" que está faltando, uma parte invisível que é necessário para alcançar a conclusão ou a totalidade. Consciente ou inconscientemente, o símbolo carrega o sentido de unir as coisas para criar algo mair do que a soma das partes, como nuanças de significado que resultam em uma ideia complexa. Longe de objetivar ser apologética, a seguinte relação de símbolos tem por objetivo apenas demonstrar o significado de cada um para a cultura ou religião que os adotou.

Como se constrói uma farsa?

26 de maio de 2013, a França produziu um dos acontecimentos mais emblemáticos e históricos deste século. Pacificamente, milhares de franceses, mais de um milhão, segundo os organizadores, marcharam pelas ruas da capital em defesa da família e do casamento. Jovens, crianças, idosos, homens e mulheres, famílias inteiras, caminharam sob um clima amistoso, contrariando os "conselhos" do ministro do interior, Manuel Valls[1]. Voltando no tempo, lá no já longínquo agosto de 2012, e comparando a situação de então com o que se viu ontem, podemos afirmar, sem dúvida nenhuma, que a França despertou, acordou de sua letargia.  E o que provocou este despertar? Com a vitória do socialista François Hollande para a presidência, foi colocada em implementação por sua ministra da Justiça, Christiane Taubira,  a guardiã dos selos, como se diz na França, uma "mudança de civilização"[2], que tem como norte a destruição dos últimos resquícios das tradições qu

Pai Nosso explicado

Pai Nosso - Um dia, em certo lugar, Jesus rezava. Quando terminou, um de seus discípulos pediu-lhe: “Senhor, ensina-nos a orar como João ensinou a seus discípulos”. È em resposta a este pedido que o Senhor confia a seus discípulos e à sua Igreja a oração cristã fundamental, o  Pai-Nosso. Pai Nosso que estais no céu... - Se rezamos verdadeiramente ao  "Nosso Pai" , saímos do individualismo, pois o Amor que acolhemos nos liberta  (do individualismo).  O  "nosso"  do início da Oração do Senhor, como o "nós" dos quatro últimos pedidos, não exclui ninguém. Para que seja dito em verdade, nossas divisões e oposições devem ser superadas. É com razão que estas palavras "Pai Nosso que estais no céu" provêm do coração dos justos, onde Deus habita como que em seu templo. Por elas também o que reza desejará ver morar em si aquele que ele invoca. Os sete pedidos - Depois de nos ter posto na presença de Deus, nosso Pai, para adorá-lo