Pular para o conteúdo principal

Nosso bebê vai chegar e agora?





A gravidez é uma das experiências mais significativas que uma mulher pode ter. Para algumas, o privilégio de gerar uma criança é cercado de alegria e expectativa, para outras é uma época de medo e apreensão. Mas pelo título deste artigo você já percebeu que considero a gravidez um momento do casal e não somente da mulher. Eu e minha esposa já engravidamos duas vezes e confesso que foram as experiências mais profundas e marcantes que vivemos. 

A confirmação de uma gravidez pode desencadear efeitos positivos ou negativos na vida da mulher ou do homem. Tudo vai depender da motivação. Independentemente da causa da gravidez, se foi planejada ou não, ter um bebê e poder criá-lo é um privilégio e ao mesmo tempo uma grande responsabilidade que Deus concede ao casal.

Hoje em dia há muitas literaturas sobre este tema, porém a maioria delas concentra-se na relação mãe-filho, como por exemplo: sobre o que comer ou o que vestir durante a gestação, como manter-se fisicamente e emocionalmente saudável, os cuidados e preocupações que antecedem ao parto, os estágios do desenvolvimento do bebê, etc. Claro que todas estas informações são úteis e valiosas, porém raramente o foco é destinado ao relacionamento conjugal e como marido e esposa, juntos, podem dar à futura criança um lar e não apenas uma casa para morar. 

Deus criou o casamento como base da família e quando a fundação é segura, o casal terá um ambiente próprio e saudável para o bebê nascer e se desenvolver. O melhor presente que os pais podem dar a seu filho, antes mesmo de nascer, é uma família onde exalam o amor, a paz e uma espiritualidade bíblica tão essencial nos dias de hoje. 

Bruce H. Wilkinson em “Sua caminhada diária através da Bíblia”, escreve o seguinte: "A coisa mais importante que um homem pode fazer por seus filhos é amar a mãe deles." Posso dizer também que a coisa mais importante que uma mulher pode fazer por seus filhos é amar o pai deles. Um casal que se ama e se respeita terá as ferramentas básicas para vivenciar o período da gestação de forma equilibrada e feliz.

A gravidez pode colocar muita tensão em um relacionamento conjugal. As mudanças físicas e hormonais que a mulher enfrenta são enormes. Conheço casais que experimentam crises durante a gravidez e na maioria das vezes, a criança que ainda está por nascer, é a que mais sofre.

Antes mesmo de iniciar o pré-natal, de saber o sexo, de escolher o nome ou de comprar as primeiras roupinhas para o bebê, o casal precisa entender que o momento que vão viver será único e especial em suas vidas. Portanto aqui vão algumas dicas para manter uma relação conjugal estável e segura em meio às mudanças proporcionadas pela gravidez:
Arranjem tempo um para o outro

Para a mulher é fácil distrair-se com as demandas da gravidez e colocar o marido em segundo plano. Para o marido é tentador e perigoso perder o interesse pela esposa. Exerçam a amizade e a parceria. Lembrem-se de que o bebê que está para nascer é obra de Deus na vida do casal. Para uma criança nascer é necessária a participação de um homem e uma mulher. Não existe “produção independente”.

Descansem o suficiente

Tudo muda para pior quando a fadiga chega, principalmente para a mulher. Carregar um bebê na barriga pode não parecer, mas pesa e cansa. No final da gestação, o casal precisa reduzir o ritmo e ambos precisam estar atentos a isso. Não sejam tentados a manter os mesmos horários e atividades que vocês tinham antes de engravidar. 

Comuniquem-se

Não basta falar apenas sobre o bebê. Expressar como vocês estão se sentindo é essencial. Dêem feed-back um para o outro, conversem sobre vocês dois. Comuniquem-se de forma clara e paciente. 

O sexo é liberado

Sexo é demonstração de amor e uma bênção de Deus para o casal. A intimidade física é parte necessária da relação matrimonial, principalmente durante a gravidez, a não ser por restrição médica. Caso precisem abster-se sexualmente, expressem o amor um para o outro de outras maneiras. 

Sejam amorosos

Sejam amorosos, atenciosos e compreensivos um com o outro durante a gravidez. Assim o bebê se sentirá seguro e confiante, ainda mesmo antes de nascer. Bons pais são inicialmente bons conjugues.

Orem juntos

A gravidez pode ser um momento de temor e preocupação para muitos casais. Gravidez não é doença, mas pode se transformar, para algumas mulheres, em um período de limitações e enfermidades. Criar um bebê, principalmente para casais mais novos, é um grande desafio, sem falar nas pressões financeiras. Lembrem-se de que vocês podem e devem levar tudo a Deus em oração e Ele promete que irá ajudá-los. 

Vocês já são a imagem de Deus para seu filho

A primeira imagem que os filhos têm de Deus é a vida de seus pais. Mesmo ainda em formação, demonstrem carinho e afeto por ele. Conversem e orem por ele e com ele. Pode parecer uma atitude estranha, mas faz muita diferença. Após o nascimento, não deixem de consagrá-lo ao Senhor.

A gravidez é um momento importante de amadurecimento e fortalecimento da relação conjugal. Quando o homem e a mulher, grávidos, entendem que precisam agir da maneira correta, tudo irá muito bem. E quando o grande dia do nascimento chegar será a celebração da vida e da esperança. Para o casal eu desejo uma boa gravidez, um bom parto e que Deus abençoe o futuro bebê.

Por: José Paulo Moura Antunes

Postagens mais visitadas deste blog

Pai Nosso explicado

Pai Nosso - Um dia, em certo lugar, Jesus rezava. Quando terminou, um de seus discípulos pediu-lhe: “Senhor, ensina-nos a orar como João ensinou a seus discípulos”. È em resposta a este pedido que o Senhor confia a seus discípulos e à sua Igreja a oração cristã fundamental, o  Pai-Nosso. Pai Nosso que estais no céu... - Se rezamos verdadeiramente ao  "Nosso Pai" , saímos do individualismo, pois o Amor que acolhemos nos liberta  (do individualismo).  O  "nosso"  do início da Oração do Senhor, como o "nós" dos quatro últimos pedidos, não exclui ninguém. Para que seja dito em verdade, nossas divisões e oposições devem ser superadas. É com razão que estas palavras "Pai Nosso que estais no céu" provêm do coração dos justos, onde Deus habita como que em seu templo. Por elas também o que reza desejará ver morar em si aquele que ele invoca. Os sete pedidos - Depois de nos ter posto na presença de Deus, nosso Pai, para adorá-lo...

O EXÍLIO BABILÔNICO

Introdução O exílio marcou profundamente o povo de Israel, embora sua duração fosse relativamente pequena. De 587 a 538 a E.C., Israel não conhecerá mais independência. O reino do Norte já havia desaparecido em 722 a.E.C. com a destruição da capital, Samaria. E a maior parte da população dispersou-se entre outros povos dominados pela Assíria, o reino do Sul também terminará tragicamente em 587 a.E.C. com a destruição da capital Jerusalém, e parte da população será deportada para a Babilônia. Tanto os que permaneceram em Judá como os que partirem para o exílio carregaram a imagem de uma cidade destruída e das instituições desfeitas: o Templo, o Culto, a Monarquia, a Classe Sacerdotal. Uns e outros, de forma diversa, viveram a experiência da dor, da saudade, da indignação, e a consciência de culpa pela catástrofe que se abateu sobre o reino de Judá. Os escritos que surgiram em Judá no período do exílio revelam a intensidade do sofrimento e da desolação que o povo viveu. ...

Nossa Senhora da Conceição Aparecida

NOSSA SENHORA da Santa Conceição Aparecida é o título completo que a Igreja dedicou à esta especial devoção brasileira à Santíssima Vigem Maria. Sua festa é celebrada em 12 de outubro. “Nossa Senhora Aparecida” é a diletíssima Padroeira do Brasil. Por que “Aparecida”? Tanto no Arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida quanto no Arquivo Romano da Companhia de Jesus constam os registros históricos da origem da imagem de Nossa Senhora, cunhada "Aparecida". A história foi registrada pelo Pe. José Alves Vilela em 1743, e confirmada pelo Pe. João de Morais e Aguiar em 1757. A história se inicia em meados de 1717, por ocasião da passagem do Conde de Assumar, D. Pedro de Almeida e Portugal, governador da Capitania de São Paulo e Minas de Ouro, pela povoação de Guaratinguetá, a caminho de Vila Rica (atual Ouro Preto, MG). Os pescadores Domingos Garcia, Felipe Pedroso e João Alves foram convocados a providenciar um bom pescado para recepcionar o Conde, e partiram a l...