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Analogias entre o segredo de La Salette e as profecias de Don Bosco



Panorama dos incêndios comunistas durante a Comuna de Paris, 1871
Panorama dos incêndios comunistas durante a Comuna de Paris, 1871
“Paris será queimada”: estas palavras do segredo, obviamente causaram muita impressão na França. Mélanie as confirmou repetidamente, como vimos em post anterior.

“Paris e o Papa! Paris e o Papa! Oh, infeliz Paris!” era uma exclamação frequente dela. Também em mais de uma ocasião advertiu a conhecidos de não irem à capital pois temia a proximidade do cumprimento da visão. Na versão oficial de 1851, Mélanie escreveu: “Paris, esta cidade suja de toda espécie de crimes, perecerá infalivelmente”.

Mélanie não foi a única a transmitir essa advertência divina à Cidade Luz. Também o fez São João Bosco.

Na Epifania de 1870, o santo de Turim teve um sonho profético. Nele viu três castigos sucessivos caírem sobre Paris e quatro sobre Roma.

Ruínas do Ministério das Finanças, incendiado pelos revolucionários comunistas, Comuna de Paris 1871
Ruínas do Ministério das Finanças, incendiado pelos revolucionários comunistas, Comuna de Paris 1871
Numa carta entregue ao Beato Pio IX, Dom Bosco comunicou a visão nestes termos:

“Na vigília da Epifania deste ano de 1870, senti desaparecerem todos os objetos materiais do meu quarto e me encontrei na contemplação de coisas sobrenaturais. (...) Eis uma ideia do que vi, com a palavra de Deus acomodada à palavra do homem. (...)

“As leis da França já não reconhecem o Criador e o Criador, se dará a conhecer e a visitará três vezes com o açoite do seu furor.

“Na primeira, humilhará sua soberba com derrotas, com o saque, com a destruição de suas colheitas, de seus animais e de seus homens.

“Na segunda, a grande prostituta da Babilônia, aquela que os bons chamam gemendo o prostíbulo da Europa, será privada do seu chefe e tomada pela desordem.

Profanação da igreja de S.Germain l'Auxerrois por um "clube de mulheres"
Profanação da igreja de St.Germain l'Auxerrois por um "clube de mulheres"
“Paris... Paris...! Em vez de te armar com o nome do Senhor, tu te rodeias de casas de imoralidade. Estas serão destroçadas por ti mesma.

“Teu ídolo será reduzido a cinzas, para que se cumpra que “mentita est iniquitas sibi” [a iniquidade se enganou a si mesma]. Teus inimigos te cercarão e te trarão a fome, o terror e a abominação das nações.

“Mas, ai de ti se não reconheceres a mão que te golpeia! Quero castigar a imoralidade, o abandono, o desprezo da minha lei, diz o Senhor.

“Na terceira, cairás em mãos estrangeiras. Teus inimigos verão de longe teus palácios envoltos em chamas, tuas habitações convertidas num amontoado de ruínas, banhadas com o sangue dos teus valentes, que já não terão vida”.

De fato, Paris sofreu enormes destruições em 1871, em decorrência da revolução comunista da Commune, a invasão prussiana e a guerra civil entre comunistas (communards) e republicanos (versaillais). Também sofreu muito na I Guerra Mundial.

Na II Guerra Mundial Hitler preparou a destruição da capital francesa, mas não chegou a efetivá-la.

Porém, os termos usados por Mélanie na resposta ao engenheiro Dausse – “perecerá infalivelmente” – excluem uma aplicação do segredo de La Salette a qualquer um desses desastres históricos.

Massacres revolucionárias durante a Revolução Francesa
Massacres revolucionárias durante a Revolução Francesa
A imoralidade de Paris e – o que é mais grave – os erros que se espalham a partir delas, como os da Revolução Francesa ou os de maio de 1968, continuam hoje sua obra corruptora.

De fato, aludindo à Revolução Francesa e aos iníquos princípios que ela espalhou no mundo, Maximin escreveu na redação de 1851: “A França corrompeu o universo, um dia será punida. A fé se extinguirá na França, três quartas partes da França não praticarão mais a Religião, ou quase nada. A outra parte a praticará sem praticá-la bem”.

Em carta de 7 de janeiro de 1872, depois das devastações da Comuna de 1871, Maximin esclareceu que o castigo anunciado sobre Paris ainda não tinha chegado.

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