A História da Fé Cristã e os pontos principais da nossa crença estão fundamentados (escritos, registrados, guardados) nas Sagradas Escrituras e no Magistério da Igreja (ou seja, relatados na Bíblia e no Catecismo da Igreja Católica).
Na Sagrada Escritura (Bíblia), a Palavra TESTAMENTO tem o mesmo sentido de ALIANÇA.
Para entendermos melhor a Bíblia, ela é dividida em Antigo Testamento e Novo Testamento. Ela começou a ser escrita por volta de 1.250 a.C., tempo em que viveu Moisés, e foi concluída por volta do ano 100d.C., por São João. Portanto, são aproximadamente 1.350 anos de escrita que nos conta a história do povo judeu (o povo que Deus escolheu para se revelar ao mundo); onde são contadas as guerras judaicas, seus costumes, sua religiosidade e o esforço para compreender e seguir um Deus único.
O povo judeu vivia em um mundo cheio de superstições, acreditavam em várias divindades (politeísta) e eram idólatras (criavam ídolos). Quando conhecem a Deus, através da revelação a Abraão, passam a ser monoteístas (acreditam num Deus único e onipotente).
1- E como se registrou todos os primeiros conhecimentos, a partir de Adão e Eva? E quem foi testemunha de tudo, se Adão e Eva tiveram Caim e Abel e um irmão matou o outro?
2- Mas como se sabe de tudo isso, se não haviam os meios de comunicação, televisivo, radiofônico ou escrito naquele tempo?
As histórias em geral e todo o conhecimento da época eram passados de pai para filho (geração por geração) e não se deixava a realidade se perder. Então, o homem acaba descobrindo sua vocação de descobridor das coisas, e consegue guardar esses conhecimentos através da impressão em cerâmicas. Portanto, primeiramente, a Bíblia foi cozinhada em chapas de argila que saíam dos fornos com o retrato dos acontecimentos. Através da mistura do barro e da água, moldavam os fatos, as primeiras palavras, os símbolos que levavam-os a se comunicar.
Posteriormente, utilizou-se o papiro para servir como uma folha de papel primitiva. O papiro era retirado de plantas que se desenvolviam nas margens do rio Nilo. Depois, utilizou-se o couro de carneiro, e inventaram assim os pergaminhos, mais tradicionais e conhecidos para nós. Seu último passo foi a reunião em livros do Antigo Testamento (Antes da vinda de Jesus Cristo ao mundo) e do Novo Testamento (de Cristo em diante).
A Bíblia, portanto, é um conjunto de livros considerados sagrados, perfeitos em questões de fé, pois neles Deus participa ativamente do mundo, se revela, se comunica e age na vida dos judeus, e através deles proclama-se a toda humanidade. Mas atenção: a Bíblia é inexata em questões geográficas e históricas. Ela é um livro de fé.
A santidade da Bíblia é retratada no § 81 do Catecismo da Igreja Católica: <A sagrada escritura é a Palavra de Deus enquanto é redigida sob a moção do Espírito Santo.>
É vontade de Deus quando vemos muitas guerras na Bíblia? É o Espírito Santo quem pede o olho-por-olho e dente-por-dente? Há situações parecidas com as de hoje: somos portadores da Palavra de Deus, mas não donos da Palavra; portanto, passíveis de erros comportamentais.
São 73 livros (46 do AT e 27 do NT). Em algumas edições evangélicas, não constam 7 livros: Tobias, Sabedoria, Judite, Eclesiástico, Baruc, Macabeus I e II.
Vamos manusear um pouco a Bíblia? Procure alguns trechos interessantes abaixo (se puder, compare as edições):
- Sabedoria 1, 1-8. (sobre bons pensamentos).
- Efésios 6, 1-4. (sobre respeito a família).
- João 8, 1-11 (sobre não julgar o próximo).
- Cânticos 5, 10-16. (sobre casais enamorados).
- Tiago 2, 14-19 (sobre Fé sem Obras).
- Êxodo 20, 1-17 (sobre os Mandamentos).
- Efésios 6, 10-18. (sobre a armadura do cristão contra o Mal).
Percebemos, ao longo da Bíblia, que a religião era um reflexo da situação política e cultural da época. Uma multidão de divindades eram temidas; temiam o sol, a lua, as estrelas, as tempestades, os mares, e neles acreditavam existir serpentes, monstros, demônios. Tudo isso era sintoma de uma desorganização política, um povo disperso e sem forças, ao qual Deus tem compaixão e se revela para ajudá-los a crer no que é verdade e no que não é.
Quando acontece essa revelação? Quando tudo começa?
Quando Deus se revela a Abraão, em Gênesis 12, 1-2 e 15, 1-8, e com ele firma uma Aliança. Aliança, na verdade, é sinônimo de compromisso. Veja o gesto dos noivos quando recebem o sacramento do matrimônio: eles trocam alianças, ou seja, firmam um compromisso de fidelidade.
Deus utiliza-se de várias pessoas (Noé, Abraão, Moisés, Jacó, Davi, os profetas…), confirmando seu compromisso de Amor para com a humanidade. A partir do povo judeu ele se revela ao mundo. Portanto, Ele se utiliza deste povo para se tornar conhecido universalmente.
Quando Deus age pelos profetas, o escritor, inspirado pelo Espírito Santo, escreve tudo o que é verdade e conhecimento sobre Deus e sua vontade. Algumas profecias se revelam ao longo do tempo, como Isaías 7, 14 (escrito 700 anos antes de se cumprirem) e o Salmo 21, 19, que se revela em João 19, 23-24 (depois de aproximados 1000 anos). Vemos, então, que 1000 dias para Deus podem ser 1, e vice-versa, pois Ele é o Senhor do tempo, das vontades, dos movimentos!
Reflexões:
A. Antes desse encontro, o que você pensava sobre a Bíblia? E o que você pensa sobre ela agora?
B. Como Deus se revela hoje para nós?
C. Com que frequência você lê a Bíblia?
D. A nossa fé está somente baseada na Sagrada Escritura (ou seja, na Bíblia)?
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