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O que são Heresia, Cisma e Apostasia?




"A Igreja, nos últimos tempos, será espoliada da sua virtude. O espírito profético esconder-se-á, não mais terá a graça de curar, terá diminuta a graça da abstinência, o ensino esvair-se-á, reduzir-se-á – senão desaparecerá de todo – o poder dos prodígios e dos milagres. Para o anticristo está se preparando um exército de sacerdotes apóstatas". São Gregório Magno

Vivemos em uma sociedade caracterizada pela evolução da tecnologia nos meio de comunicação que permite a grande parte da população um acesso quase irrestrito a todo tipo de informação e ao mesmo tempo a esta mesma população a divulgação de qualquer tipo de filosofia, pensamento ou ideal.
Esta realidade apresenta-se como uma faca de dois gumes: para aqueles que possuem uma firme base filosófica, moral e cultural é a possibilidade de cada vez mais solidificar seus alicerces e identificar em outras informações, às vezes de forma subliminar, tendências contrárias às suas convicções. Aos que sofrem de uma deficiência de conhecimento esta torrente de informações pode, claro, ser um auxílio para sua formação, entretanto existe o grande risco de servir para a deformação e destruição, transformando-os em simples instrumentos à cultura da morte instalada no mundo atualmente.
Para nós católicos, esse risco é ainda maior, com a crescente perseguição à Santa Igreja (cada vez mais clara e menos indireta) dificilmente encontramos fontes sérias acerca da Fé que professamos na mais simples busca por qualquer assunto relacionado à Esposa de Cristo encontraremos reportagens e artigos mal intencionados; estudos históricos tendenciosos com dados incorretos e inverdades tidas como verdade, e permeados da cultura marxista (realidade infelizmente presente nos meios acadêmicos brasileiros); por fim ainda encontraremos diversos trabalhos que de uma forma ou de outra negam as verdades católicas e que o fazem na maioria das vezes travestindo essa negação com a imagem de bondade.
Se envolvidos por este emaranhado infernal corremos o risco de pecar contra a virtude teologal da Fé, através da dúvida voluntária ou a involuntária: a dúvida voluntária sobre a fé negligencia ou recusa ter como verdadeiro o que Deus revelou e que a Igreja propõe para crer. A dúvida involuntária designa a hesitação em crer, a dificuldade de superar as objeções ligadas à fé ou, ainda, a ansiedade suscitada pela obscuridade da fé. Se for deliberadamente cultivada, a dúvida pode levar à cegueira do espírito.¹ Por fim podemos desenvolver a incredulidade, que consiste na negligência da verdade revelada ou na recusa voluntária de lhe dar o próprio assentimento².
Tal estado de pecado em relação à Fé nos coloca no caminho para incidir em Heresia, Apostasia e Cisma, que incorre em excomunhão latae sententiae3 segundo prescreve o Código de Direito Canônico de 1983.
Heresia
Diz-se heresia a negação pertinaz, depois de recebido o baptismo, de alguma verdade que se deve crer com fé divina e católica, ou ainda a dúvida pertinaz acerca da mesma.4
Pela definição de heresia, já se pressupõe que há a necessidade de que tenha recebido o batismo aquele a quem seja imputada a acusação de herege, para que consequentemente possa ser aplicada a pena prevista.
O Código de Direito Canônico é extremamente claro na definição de heresia, sendo importante a atenção ao elemento pertinácia do conceito, referente à consciência clara e continuada da negação.
Como católicos, devemos crer com fé divina e católica em tudo o que se contém na palavra de Deus escrita ou transmitida por Tradição, ou seja, no único depósito da fé confiado à Igreja, quando ao mesmo tempo é proposto como divinamente revelado quer pelo magistério solene da Igreja, quer pelo seu magistério ordinário e universal; isto é, o que se manifesta na adesão comum dos fiéis sob a condução do sagrado magistério; por conseguinte, todos têm a obrigação de evitar quaisquer doutrinas contrárias. Devemos ainda firmemente aceitar e acreditar também em tudo o que é proposto de maneira definitiva pelo magistério da Igreja em matéria de fé e costumes, isto é, tudo o que se requer para conservar santamente e expor fielmente o depósito da fé; opõe-se, portanto, à doutrina da Igreja Católica quem rejeitar tais proposições consideradas definitivas.5 Esta fé está obviamente relacionada a nossa certeza de que Cristo institui sua ÚNICA e VERDADEIRA Igreja após a profissão de fé de Pedro5 e nascida do lado aberto do Senhor na Cruz. A gravidade na dúvida de qualquer verdade transmitida pela Tradição, pela Sagrada Escritura ou pelo Magistério está no fato de, como ensinam os Santos Padres, ao desconfiar de uma só verdade coloca-se em suspeita toda Doutrina Católica e, por conseguinte a própria Igreja.
A Igreja ao longo da sua existência, combateu e tem combatido diversas heresias. Tal luta se deu desde os primeiros séculos. Expomos algumas de forma resumida sem atermo-nos nas variações das mesmas.
A heresia de Cerinto afirmava que Jesus não era o Cristo, Maria não era Virgem, Jesus era filho de José, e somente no batismo o Cristo, vindo do Supremo Princípio, que está acima de todas as coisas, desceu em Jesus e só a partir disso Jesus anunciou o Pai, este Cristo abandonou Jesus antes da sua paixão, morte e ressurreição.
Docetismo nega corporeidade de Jesus, pensamento embebido do gnosticismo o qual é caracterizado pelo menosprezo da matéria, da carne. Sendo o gnosticismo outra heresia.
Monarquianismo nega de certa forma a Santíssima Trindade, pois segundo esta heresia distinguir, em Deus, pessoas diferentes na unidade da divindade seria admitir um segundo Deus. Portanto o Filho, não seria outra pessoa distinta do Pai, mas sim o próprio Pai numa forma ou modalidade especial. Logo seria o próprio Pai quem teria encarnado e sofrido a paixão (patripassionismo).Ou ainda o Pai, o Filho e o Espírito Santo seriam apenas nomes dados às ações de Deus (Sabelianismo) ou Jesus não seria o Logos e sim uma dinamis, uma faculdade com a qual Deus opera no mundo.
Arianismo consistia em afirmar a existência de um único Deus, o Pai, eterno absoluto, imutável, incorruptível. E este ser não poderia comunicar-se, segundo sua concepção, seu ser, nem parcelas dele nem por criação, nem por geração. Deus não poderia gerar um filho. Para criar o mundo Deus teria criado o Logos, criatura superior a tudo, não eterna. E Jesus, homem comum, apenas um receptáculo deste Logos.
Pelagianismo propunha que a natureza humana não era tocada pelo pecado original e o homem seria capaz, com suas próprias forças, evitar o pecado, ou seja, por si mesmo sem auxílio sobrenatural, evitar todos os pecados e praticar todas as boas obras. A natureza humana seria autossuficiente.
As heresias supracitadas são algumas das várias que surgiram até, apenas, o séc V. Muitas são as heresias, mas a proposta da matéria não é somente descrever as mesmas. Entretanto no momento atual da Igreja faz-se necessário discorrer ainda sobre duas heresias.
Protestantismo – surge com Lutero e suas 95 teses, esta heresia carrega dentre vários os seguintes pontos: negação dos sacramentos (aceita somente o Batismo e a Eucaristia), negação do Magistério da Igreja e da Tradição – crê em Sola Scriptura –, defende a livre interpretação da Bíblia, rejeita o Papa e a hierarquia da Igreja, nega o sacerdócio ministerial, nega a Transubstanciação, nega a Virgindade de Maria, afirma a salvação só pela fé - "Pecco fortiter, sed fortius credo" (Peco intensamente, mas ainda mais intensamente creio). No texto Raízes do Protestantismo aqui no site podemos verificar mais características desta nefasta doutrina herética.
É interessante salientar que embora o CDC de 1983, não defina como hereges aqueles que nasceram nas comunidades cristãs separadas da Igreja (devido a ausência da consciência clara e contínua da culpabilidade da negação) deve-se entender que todas as seitas e denominações protestantes tem origem em uma heresia condenada pela Santa Igreja, então é necessária muita prudência e antes de tudo coragem profética acerca de certas iniciativas de “comunhão”; ou tentativas de igualar a Santa Igreja – fora da qual não há Salvação – com estas seitas; ou ainda com o adjetivo de “irmã” que se tenta imputar na relação entre estas denominações e a Igreja, colocando-as num mesmo patamar; ou buscando lhe dar uma origem católica ou um ramo da mesma árvore, pois não o são de forma alguma, representam entretanto o ramo da videira cortado e lançado fora.
Pauperismo – heresia condenada pelo Magistério da Igreja, segundo os seus propugnadores, a pobreza é o sinal distintivo da virtude evangélica, não sendo lícito possuir nenhum (!) bem material próprio, como também bens comunitários. Tal doutrina possui um viés notadamente gnóstico — ou seja, de aversão à matéria, como se esta fosse a distinção ontológica do mal —, e não por outro motivo foi pregada entre cátaros, valdenses, e “espirituais” franciscanos que, na Idade Média, fizeram de tudo para destruir a autoridade do Papa e, por conseguinte, a força do Papado. Em suma queriam transformar um conselho evangélico em dogma6
Esta heresia volta e meia retorna ganha força, a Teologia da Libertação além de outras coisas abraça esta heresia; comunidades novas que surgiram no Brasil, especialmente, difundiram – de forma inconsciente pelos seus membros – esta heresia em suas constituições e práticas, sendo levados por seus fundadores a abdicar e condenar até mesmo “riqueza” de conhecimento; por fim vemos esta heresia tomando força novamente com o advento e início do papado de Francisco, obviamente não pela boca do Santo Padre, mas sim pela má interpretação da sociedade em relação a suas atitudes, conduzidas pela má fé da mídia mundana que usa os atos externos do Sumo Pontífice para afrontar a própria Igreja na sua tradição litúrgica e de símbolos e nos predecessores de Francisco.
Cisma
Considera-se cisma a recusa da sujeição ao Sumo Pontífice ou da comunhão com os membros da Igreja que lhe estão sujeitos. 7
Para melhor explicar este ponto faz-se necessário relembrar o Grande Cisma do Oriente, a este complicado processo de separação da igreja Ortodoxa da Igreja Católica Apostólica Romana não se é possível datar de forma precisa, entretanto alguns eventos podem ser citados, de forma resumida, como passos para o desfecho final.
Inicialmente pode-se citar como estopim a questão do Filioque, que diz respeito à procedência do Espírito Santo, uma vez que para latinos e gregos a tradução do verbo proceder (ekporeúetai) não é a mesma. Para os gregos ekporeúetai significava procedência a partir de um Princípio absoluto, não procedente, não gerado, como somente é o Pai; o Filho é um Principio gerado, do qual, por conseguinte, não se pode dizer que dele procede (ekporeúetai) o Espírito Santo. Para os latinos traduzia-se ekporeúesthai por procedere, entendido como "derivar-se de, originar-se de, provir de ...", aplicaram o verbo latino para designar a relação do Filho com o Espírito Santo.8
Embora todo o processo de divergência tenha iniciado a partir de uma questão de tradução e teologal tal condição não configuraria um cisma em si. Ainda que desde o séc IV um Credo atribuído ao papa S. Dâmaso já mencionasse a proveniência do Espírito Santo a partir do Pai e do Filho, que diversos concílios desde o séc V, reafirmassem tal doutrina e declarassem anátema quem recusasse crer, ainda que no credo Niceno-Constantinopolitano houvesse a inserção do Filioque, alguns teólogos rejeitavam-no, isso ainda não era um cisma.
Contudo, mesmo com a permanência do dilema, a Santa Sé usava de prudência com o assunto até que no início do século XI, o Papa Bento VIII tornou a filioque unânime entre os latinos. Ainda no sec VIII, quando Fócio tornou-se patriarca de Constantinopla reuniu estas questões seculares ainda não resolvidas entre o ocidente e oriente e buscou separar a Igreja Oriental da comunhão com a Igreja de Cristo, o que foi revertido por Nicolau I, que destituiu Fócio e institui Inácio como patriarca. Fócio que era ambicioso e desejava exaltar Constantinopla em detrimento de Roma (consequentemente negando a primazia do papa), recorreu ao imperador bizantino, que retirou Inácio do patriarcado. O mesmo Inácio que havia negado comunhão ao imperador, pois este vivia em pecado público.
Aqui temos todos os elementos da problemática oriental, que iria acabar levando ao desastroso Cisma: um patriarca ambicioso, uma intervenção abusiva do imperador e o reconhecimento (que depois será o centro da questão do cisma) da autoridade suprema do Papa. O patriarca ambicioso, Fócio. O imperador que intervém diretamente na religião, destituindo o patriarca que lhe negara a comunhão corretamente. O Papa intervindo, como juiz supremo de todas as causas na Igreja Universal, no Ocidente e no Oriente.
A situação acalmou-se até que no séc X renovaram-se os ataques aos latinos e por fim com o Patriarca Miguel Cerulário (sem nenhum motivo aparente senão sua própria soberba, conseguiu infelizmente arrastar o clero oriental ao cisma como motivações muito menos doutrinárias, mas muito mais visíveis e de ordem prática: a questão do celibato dos padres, o uso de barba, a questão dos pães ázimos e outras de ordem disciplinar) consolidou a ruptura.
Neste ponto cabe dizer que em 1995 o Patriarca Bartolomeu esteve com o Papa João Paulo II e que deste encontro foi redigido um longo texto pelo Pontifício Conselho para União dos Cristãos, a pedido do papa, no qual é afirmado que a questão do Filioque se resume de certa forma a uma confusão linguística, entretanto o mesmo Sumo Pontífice, consciente da realidade de separação declara em sua Encíclica Ecclesia de Eucharistia: "Por isso, os fiéis católicos, (...) devem abster-se de participar na comunhão distribuída nas suas celebrações (dos "irmãos separados"), para não dar o seu aval a ambiguidades sobre a natureza da Eucaristia e, consequentemente, faltar à sua obrigação de testemunhar com clareza a verdade... Se não é legítima em caso algum a concelebração quando falta a plena comunhão, o mesmo não acontece relativamente à administração da Eucaristia, em circunstâncias especiais, a indivíduos pertencentes a Igrejas ou Comunidades eclesiais que não estão em plena comunhão com a Igreja Católica. De facto, neste caso tem-se como objetivo prover a uma grave necessidade espiritual em ordem à salvação eterna dos fiéis, e não realizar uma intercomunhão, o que é impossível enquanto não forem plenamente reatados os laços visíveis da comunhão eclesial.”
No Ocidente ocorreu também um Grande Cisma, no período de 1378 e 1471, a partir do retorno de Roma como moradia do Papa em detrimento de Avignon, com Papa Urbano VI que além de realizar duras críticas aos membros do Colégio de Cardeais recusou-se a restabelecer a sede pontifícia na cidade francesa. Tal situação chegou a gerar dois antipapas, que obviamente negavam a primazia do Bispo de Roma e comunhão como o mesmo, e só foi resolvida com Martinho V que restabeleceu a unidade.
Apostasia
Apostasia é definida como o repúdio total da fé cristã. 8
Tal pecado contra fé, infelizmente tem se tornado extremamente comum nos nossos dias, especialmente entre jovens católicos, que foram obviamente batizados, e ainda fizeram a Primeira Comunhão, Crismaram, mas que hoje encontram-se em estado de negação à Fé Católica e à Sã Doutrina.
De certo, seria inocência afirmar que toda esta crise de fé da sociedade atual é fruto somente da revolução da comunicação com o advento da internet. Existe uma realidade muito mais profunda e maquiavélica que se utiliza, dentre tantos meios, desta revolução tecnológica. Uma realidade que busca destruir os pilares da sociedade ocidental – moral judaico-cristã, direito romano e filosofia grega – a fim de implantar uma nova ordem social.
Sendo a Santa Igreja o maior expoente do alicerce da fé e moral de nosso mundo, obviamente os ataques estarão concentrados nela e naquilo que a representa (ataques vindos de fora e outros realizados por dentro), podemos notar este movimentos através de um laicismo anticatólico exemplificado no caso da cidade de Oxford, na qual o governo proibiu a celebração pública do Natal, transformando tudo em Festival das Luzes de Inverno (!); o ensino nas escolas, realizados por professores, em sua maioria, impregnados do ideal marxista que incutem o ódio à Igreja nos seus alunos através de inverdades históricas e pela divulgação somente das falhas dos membros da Igreja em detrimento a tudo aquilo que a Igreja realizou e realiza de maravilhoso no mundo.
Somado a isso temos, infelizmente diversos membros corrompidos do Clero que longe de formar suas ovelhas na fé deformam-nas com falsas doutrinas e teologias, ou ainda escandalizam os fiéis com seus pecados públicos. Temos ainda os leigos catequistas de crianças e adultos que assumem a missão de informar e formar os catecúmenos sobre a doutrina católica, mas que não possuem formação nenhuma e não fornecem uma sólida base para aqueles que estão iniciando na fé católica. Podemos citar ainda os inúmeros grupos jovens corrompidos pela TL e, portanto manchados pelo marxismo que afastam os participantes destas reuniões da verdadeira doutrina e da submissão ao Papa.
Aliados ao relativismo imperante na sociedade atual temos como resultado a apostasia, o abandono completo à necessidade de todo católico crer com fé divina e católica em tudo o que se contém na palavra de Deus escrita ou transmitida por Tradição, ou seja, no único depósito da fé confiado à Igreja, quando ao mesmo tempo é proposto como divinamente revelado quer pelo magistério solene da Igreja, quer pelo seu magistério ordinário e universal; isto é, o que se manifesta na adesão comum dos fiéis sob a condução do sagrado magistério; por conseguinte, todos têm a obrigação de evitar quaisquer doutrinas contrárias9. Portanto tendo essa condição de fé fundamento naquilo que é necessário para Salvação, o fim último desta realidade é o sério comprometimento da ressurreição dos corpos para vida eterna na segunda vinda de Cristo.
Sejamos firmes na nossa fé, obviamente abertos a Graça Divina, orando e vigiando; e intercedendo em união da Igreja Triunfante por todos que estão em estado de pecado contra a virtude da Fé ou que se encontram na iminência de pecar, para que retornem ao seio daquela a quem foi confiado o depósito da Fé – A Santa Mãe Igreja.




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