Pular para o conteúdo principal

Amor de Deus, por Santa Teresa de Lisieux

Ao contrario de certos místicos que se entregam à perfeição para atingir o Amor, Irmã Teresa do Menino Jesus tomava como via de perfeição o próprio amor.O amor foi o objetivo de toda a sua vida, o móvel de todas as suas ações.
“Os grandes santos trabalharam para a glória de Deus, mas eu, que sou apenas uma alma pequenina, trabalho para dar-Lhe prazer, para satisfazer seus “caprichos”.


Sentir-me-ia feliz de passar pelos maiores sofrimentos, sem que Ele o soubesse, se fosse possível, não com o fim de proporcionar-Lhe uma glória passageira – seria belo demais! – mas afim de que um sorriso aflorasse em seus lábios…Há muitos que querem ser úteis!Meu ideal é ser brinquedinho inútil nas mãos do Menino Jesus…Eu sou um “capricho” do menino Jesus!…”
Durante a sua doença fez-me essa confidência: “Desejei sempre e unicamente dar prazer a Deus.Se tivesse procurado a acumular méritos, a esta hora, estaria desesperada.”
Sim, porque sabendo que todas as nossas justiças são manchadas diante de Deus (1), em sua humildade bela contava por nada as obras que fizera e não media senão o amor que as espirava.
“Nosso Senhor nos ama tanto, que dizia ela, e tem tanta pena de deixar-nos na terra, cumprindo nosso tempo de prova!Não deveríamos estar repetindo constantemente que aqui estamos mal, nem mesmo dar-Lhe mostras de que o percebemos!”.
E se ela transpirava no verão ou se sofria muito com o frio no inverno, tinha o pensamento delicado de não enxugar o rosto, nem esfregar as mãos, senão às furtadelas, como para não dar a Deus o tempo de vê-la…”.
Assim também, quando se entregava a um exercício de penitência prescrito pela regra: “Esforçava-me por sorrir, confiava ela, afim de que Deus, como que enganado pela expressão de meu rosto, não soubesse que eu sofria”.

Em sua linguagem ingênua, dizia: “Se chegando no Céu não encontrar tudo o que desejei, tomarei bem cuidado de não o demonstrar e Nosso Senhor não notará minha decepção!…”

Postagens mais visitadas deste blog

Símbolos e Significados

A palavra "símbolo" é derivada do grego antigo  symballein , que significa agregar. Seu uso figurado originou-se no costume de quebrar um bloco de argila para marcar o término de um contrato ou acordo: cada parte do acordo ficaria com um dos pedaços e, assim, quando juntassem os pedaços novamente, eles poderiam se encaixar como um quebra-cabeça. Os pedaços, cada um identificando uma das pessoas envolvidas, eram conhecidos como  symbola.  Portanto, um símbolo não representa somente algo, mas também sugere "algo" que está faltando, uma parte invisível que é necessário para alcançar a conclusão ou a totalidade. Consciente ou inconscientemente, o símbolo carrega o sentido de unir as coisas para criar algo mair do que a soma das partes, como nuanças de significado que resultam em uma ideia complexa. Longe de objetivar ser apologética, a seguinte relação de símbolos tem por objetivo apenas demonstrar o significado de cada um para a cultura ou religião que os adotou.

Como se constrói uma farsa?

26 de maio de 2013, a França produziu um dos acontecimentos mais emblemáticos e históricos deste século. Pacificamente, milhares de franceses, mais de um milhão, segundo os organizadores, marcharam pelas ruas da capital em defesa da família e do casamento. Jovens, crianças, idosos, homens e mulheres, famílias inteiras, caminharam sob um clima amistoso, contrariando os "conselhos" do ministro do interior, Manuel Valls[1]. Voltando no tempo, lá no já longínquo agosto de 2012, e comparando a situação de então com o que se viu ontem, podemos afirmar, sem dúvida nenhuma, que a França despertou, acordou de sua letargia.  E o que provocou este despertar? Com a vitória do socialista François Hollande para a presidência, foi colocada em implementação por sua ministra da Justiça, Christiane Taubira,  a guardiã dos selos, como se diz na França, uma "mudança de civilização"[2], que tem como norte a destruição dos últimos resquícios das tradições qu

Pai Nosso explicado

Pai Nosso - Um dia, em certo lugar, Jesus rezava. Quando terminou, um de seus discípulos pediu-lhe: “Senhor, ensina-nos a orar como João ensinou a seus discípulos”. È em resposta a este pedido que o Senhor confia a seus discípulos e à sua Igreja a oração cristã fundamental, o  Pai-Nosso. Pai Nosso que estais no céu... - Se rezamos verdadeiramente ao  "Nosso Pai" , saímos do individualismo, pois o Amor que acolhemos nos liberta  (do individualismo).  O  "nosso"  do início da Oração do Senhor, como o "nós" dos quatro últimos pedidos, não exclui ninguém. Para que seja dito em verdade, nossas divisões e oposições devem ser superadas. É com razão que estas palavras "Pai Nosso que estais no céu" provêm do coração dos justos, onde Deus habita como que em seu templo. Por elas também o que reza desejará ver morar em si aquele que ele invoca. Os sete pedidos - Depois de nos ter posto na presença de Deus, nosso Pai, para adorá-lo