"O zelo por tua casa me consome"(Sl 69,10)
Pouco á pouco tem se perdido aquele ardor e desejo de pertença exclusiva á Deus e ao seu mistério. O secularismo invade a cada dia de uma forma que se perde a intimidade conosco e por conseqüência com Deus, deixando de lado a vida interior.
Novas correntes surgem com certo liberalismo e legalismo em relação à fé, os costumes e principalmente a moral Cristã, desmembrando a vida interior da vida cotidiana e fazendo dos cristãos, homens de fé material e subjetiva.
Isto é comprovado claramente, quando verificamos a dureza e insensibilidade de muitos diante dos Mistérios de Cristo, sua presença real, sua liturgia e seus sacramentos, como também a falta de ardor missionário cotidiano, pois estamos em “terra” de missão e a cada dia mais e mais pessoas se afastam de seu Criador e de seu projeto salvifico.
Estamos vivendo um tempo muito difícil na Igreja, tempo este, de dessacralização, de charlatanismo e desmistificação ou o racionalismo material e também o ateísmo numa forma às vezes “doce” que seria o Deísmo. (Deus existe, mas aqui não esta).
A partir do momento que o mistério é tirado do coração do homem uma parte de sua essência é muito prejudica, pois é no mistério que se encontra com Deus. Tenta se de todas as formas entender o agir de Deus ou até mesmo limitar sua ação de forma racional e não se entende mais até onde vai seu amor e seu mistério. A Igreja é a detentora do mistério é por onde Cristo se revela e com ela e nela, que os cristãos podem prestar culto de adoração à majestade Divina, mas, nunca a Igreja foi tão desacreditada como nestes tempos, nunca o magistério e o mistério foram tratados de forma tão subjetiva, ora por mazelas, ora por “curandeirismo”, ora por nivelamento com qualquer outra forma de culto ou portador.
Enquanto os cristãos católicos não entenderem a luta que a Igreja, de forma “incruenta” vivendo, pouco ou nada se poderá fazer, pois como que inimigos agem de forma "sonsa" dentro da Igreja, afastando a si mesmo e a outros do mistério de Cristo e da sua Igreja, pois á uma falha no entendimento do que é ser cristão e do que se vive, no dia a dia.
Uma alma que é capaz de se dizer cristão católico, comungar, participar dos sacramentos e não vive a excelência da fé em atos, se assemelha profundamente ao demônio em seus atos e deveres, pois presta culto a Divindade, mas não a ama e tão pouco vive as exigências deste amor, e muitas vezes por amor ao dinheiro, a carreira, a fama e ao poder dentro da Igreja, como eclesiástico ou leigo; deixando de lado praticamente a existência de Deus, como se Ele fosse um ser que não se “mete” nos negócios aqui e se faz o que bem entende e nada ocorrerá; pois já não vivemos como no AT, onde uma falha era punida automaticamente por Deus!
Temos pena de almas assim; pedófilos, abortistas, homossexuais (que não vivem em castidade), impiedosos, maçons... entre outros que estão no nosso meio se passando por um de nós, mas nunca foram dos nossos, pois pensam poder conseguir fugir de um juízo maior, dito que já não crêem no que a Igreja crê, mas como servos de Satã; estão em nosso meio, tentando destruir aquilo que nos foi depositado como fé. Sim! Servos de Satanás, palavra dura que melhor pode demonstrar, quem são estes que cultuam tudo exceto a Cristo como Senhor!
E nós, que com todos os nossos limites e forças amamos a Deus e a sua Igreja e queremos ser fiéis travamos não somente uma luta espiritual, mas também contra todo movimento, que tenta á todo custo tirar ou ferir nossa essência para com Deus, ou seja, os principados e potestades do mal tomaram “formas” e nos atacam de todos os lados e adentram também no Templo Santo de Deus e quem pode contra eles?
Primeiramente temos o juramento de Nosso Senhor “em que às potencias do inferno não irão prevalecer” e também temos á nós aqueles á quem Deus chamou para este zelo esponsal, zelo de “noiva” pelas coisas de seu casamento, aquela luta que começa no interior e explana em atitudes proféticas e em não aceitar os distúrbios causados na Casa de Deus, lutar pela dignidade da vida humana desde a sua concepção, não aceitar um regime materialista e ateu no mundo e impor o respeito e magnitude pelas coisas sagradas e santas! O catolicismo nunca foi sinal de pacifismo todas as vezes que isso parecia ocorrer na Igreja ela foi sacudida, pois é na hora que Ela é sacudida que se separa o joio do trigo, como na peneira; é desta forma que se levantam os santos que Deus destinou para este determinado tempo a sua Igreja e quem sabe novos mártires da fé.
Este é um tempo para escolher de que lado vamos ficar, a começar com a nossa vida de testemunho de amor a Igreja e a Cristo, e este testemunho não é simplesmente estar diante dos outros falando do amor de Cristo e a Igreja, não é, pois muitos que assim se portam estão ali para enganar, roubar e matar é um tempo do interior todo entregue a Cristo e a partir desta mobilização interna que cria este amor esponsal com defeitos e pecados, que chega a doer quando você enxerga as hipocrisias, gritar: - Eis o lobo!