Pular para o conteúdo principal

Por que você é um libertário e provavelmente não sabe


gunpoint1.jpgVocê abomina a iniciação de violência gratuita contra inocentes?
Se um vizinho seu não está disposto a contribuir tanto quanto você gostaria para um projeto social, você pensaria em:
1) Utilizar uma arma para obrigá-lo a contribuir?
2) Contratar uma quadrilha armada que irá ameaçar sequestrá-lo ou confiscar seu dinheiro caso ele não contribua?
3) Utilizar o governo no lugar da quadrilha armada caso ele não contribua?  (Afinal, todos os programas governamentais, em última instância, envolvem o uso de violência contra aqueles que se recusarem a acatá-los — leia-se financiá-los).
Se duas pessoas voluntariamente fizerem um acordo mutuamente benéfico, e que não envolva agressão contra terceiros, você pensaria em:
1) Utilizar uma arma para impedi-los?
2) Contratar uma quadrilha armada para ameaçar sequestrá-los caso eles se mantenham decididos a seguir adiante nesse seu acordo consensual?
3) Utilizar o governo no lugar da quadrilha armada para obrigá-los a cancelar seu acordo?
Da mesma forma, se uma empresa e um indivíduo concordarem voluntariamente com algum arranjo que seja benéfico para ambos, sem envolver nenhum tipo de agressão, você cogitaria:
1) Utilizar uma arma para impedi-los?
2) Contratar uma quadrilha armada para ameaçar sequestrá-los caso eles se mantenham decididos a seguir adiante nesse seu acordo consensual?
3) Utilizar o governo no lugar da quadrilha armada para obrigá-los a cancelar seu acordo?
Se um governo estrangeiro não está atacando militarmente seu país, você apoiaria a ideia de utilizar um exército para iniciar violência contra o país e as pessoas que vivem sob aquele governo?
Se você respondeu 'não!' para todas as perguntas acima, você é alguém disposto a tolerar tudo que seja pacífico.  Você pratica o princípio do 'viva e deixe viver'.  Você se opõe à iniciação de violência contra qualquer pessoa ou conjunto de pessoas que não tenha atacado ninguém, e que, assim como você, apenas querem viver suas vidas em paz.
Para você, não há motivos para se agredir inocentes apenas pelo fato de eles não estarem dispostos a obedecer a alguma grande ideia sua ou de terceiros.
É por isso que você é um libertário.

Postagens mais visitadas deste blog

Símbolos e Significados

A palavra "símbolo" é derivada do grego antigo  symballein , que significa agregar. Seu uso figurado originou-se no costume de quebrar um bloco de argila para marcar o término de um contrato ou acordo: cada parte do acordo ficaria com um dos pedaços e, assim, quando juntassem os pedaços novamente, eles poderiam se encaixar como um quebra-cabeça. Os pedaços, cada um identificando uma das pessoas envolvidas, eram conhecidos como  symbola.  Portanto, um símbolo não representa somente algo, mas também sugere "algo" que está faltando, uma parte invisível que é necessário para alcançar a conclusão ou a totalidade. Consciente ou inconscientemente, o símbolo carrega o sentido de unir as coisas para criar algo mair do que a soma das partes, como nuanças de significado que resultam em uma ideia complexa. Longe de objetivar ser apologética, a seguinte relação de símbolos tem por objetivo apenas demonstrar o significado de cada um para a cultura ou religião que os adotou.

Como se constrói uma farsa?

26 de maio de 2013, a França produziu um dos acontecimentos mais emblemáticos e históricos deste século. Pacificamente, milhares de franceses, mais de um milhão, segundo os organizadores, marcharam pelas ruas da capital em defesa da família e do casamento. Jovens, crianças, idosos, homens e mulheres, famílias inteiras, caminharam sob um clima amistoso, contrariando os "conselhos" do ministro do interior, Manuel Valls[1]. Voltando no tempo, lá no já longínquo agosto de 2012, e comparando a situação de então com o que se viu ontem, podemos afirmar, sem dúvida nenhuma, que a França despertou, acordou de sua letargia.  E o que provocou este despertar? Com a vitória do socialista François Hollande para a presidência, foi colocada em implementação por sua ministra da Justiça, Christiane Taubira,  a guardiã dos selos, como se diz na França, uma "mudança de civilização"[2], que tem como norte a destruição dos últimos resquícios das tradições qu

Pai Nosso explicado

Pai Nosso - Um dia, em certo lugar, Jesus rezava. Quando terminou, um de seus discípulos pediu-lhe: “Senhor, ensina-nos a orar como João ensinou a seus discípulos”. È em resposta a este pedido que o Senhor confia a seus discípulos e à sua Igreja a oração cristã fundamental, o  Pai-Nosso. Pai Nosso que estais no céu... - Se rezamos verdadeiramente ao  "Nosso Pai" , saímos do individualismo, pois o Amor que acolhemos nos liberta  (do individualismo).  O  "nosso"  do início da Oração do Senhor, como o "nós" dos quatro últimos pedidos, não exclui ninguém. Para que seja dito em verdade, nossas divisões e oposições devem ser superadas. É com razão que estas palavras "Pai Nosso que estais no céu" provêm do coração dos justos, onde Deus habita como que em seu templo. Por elas também o que reza desejará ver morar em si aquele que ele invoca. Os sete pedidos - Depois de nos ter posto na presença de Deus, nosso Pai, para adorá-lo