Diante das tristes e assustadoras estatísticas sobre a violência doméstica, conheça algumas respostas pastorais e caminhos oferecidos pela Igreja
© Diego Cervo/SHUTTERSTOCK
Em muitos países, outubro é o mês de conscientização sobre aviolência doméstica. As estatísticas são assustadoras. Segundo uma pesquisa de 2010, realizada pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças, uma em cada quatro mulheres, e um em cada sete homens foram vítimas de violência física grave por parte do seu parceiro(a) – namorado(a), cônjuge – em algum momento da vida.
Quase 50% das mulheres e homens sofreram agressões psicológicas por parte do parceiro(a). A violência doméstica começa cedo: em mais da metade das pessoas que sofreram algum tipo de violência doméstica, esta ocorreu pela primeira vez antes dos 25 anos de idade.
A violência doméstica destrói a paz que deve residir nas relações e sobretudo na família, considerada como "igreja doméstica". O Beato João Paulo II descreveu a família como "berço da vida e do amor".
A violência doméstica substitui a vida pelo dano e inclusive pela morte; substitui o amor pela ira e pelo medo; rompe a confiança entre marido e mulher, entre pais e filhos. Infelizmente, é um ciclo que tende a se repetir na seguinte geração, porque as crianças imitam seus pais abusivos e as meninas aprendem a esperar o abuso dos homens.
Por trás das tristes estatísticas sobre a violência doméstica, há pessoas, homens e mulheres criados à imagem de Deus. Qual é a resposta da Igreja Católica a esta experiência tão trágica, que atinge tantas pessoas?
Em sua declaração "Quando peço ajuda: uma resposta pastoral à violência contra a mulher", publicada em 1992 e reafirmada em 2002, os bispos dos EUA rejeitaram inequivocamente a violência doméstica.
"Como pastores da Igreja nos EUA, nós nos unimos aos bispos de outros países, especialmente do Canadá e de Nova Zelândia, ao declarar fortemente que a violência contra a mulher, no lar ou fora dele, nunca se justifica. Aviolência, em qualquer forma – física, sexual, psicológica ou verbal –, é pecaminosa e, muitas vezes, também é crime."
"Quando peço ajuda" continua sendo a pedra angular da resposta da Igreja à violência doméstica. Nela, os bispos se dirigem a quatro tipos de pessoas: as vítimas da violência doméstica (especialmente – ainda que não exclusivamente – mulheres), o clero e funcionários da Igreja, os abusadores (predominantemente – ainda que não exclusivamente – homens) e a sociedade em geral.
A declaração oferece primeiramente uma visão geral da violência doméstica, definindo-a como "qualquer tipo de comportamento utilizado por uma pessoa par controlar outra por meio do medo e da intimidação".
O abuso não é só físico, mas inclui também abuso sexual, psicológico, verbal e econômico. Além disso os bispos identificam a esterilização forçada e o aborto como formas de abuso.
Os prelados afirmam claramente que a Bíblia e o magistério da Igreja nunca podem ser usados para justificar aviolência. "Uma interpretação correta das Escrituras permite que as pessoas construam relações baseadas no amor", destaca o documento, acrescentando que as vítimas dos maus tratos não têm culpa.
Com relação às mulheres que sofrem abusos dos seus maridos, os bispos afirmam claramente que, em última instância, "elas devem tomar suas próprias decisões quanto a permanecer ou sair de casa".
Na última seção de "Quando peço ajuda", os bispos oferecem sugestões para a ação das mulheres maltratadas, dos homens que maltratam, dos sacerdotes e os agentes de pastoral, que costumam ser os primeiros em responder a uma situação de abuso.
O comunicado conclui com uma oração extraída do Salmo 55. Para ler o documento completo (em inglês ou espanhol), clique aqui.
(Artigo original publicado em inglês e traduzido pela Aleteia)
© Diego Cervo/SHUTTERSTOCK
Em muitos países, outubro é o mês de conscientização sobre aviolência doméstica. As estatísticas são assustadoras. Segundo uma pesquisa de 2010, realizada pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças, uma em cada quatro mulheres, e um em cada sete homens foram vítimas de violência física grave por parte do seu parceiro(a) – namorado(a), cônjuge – em algum momento da vida.
Quase 50% das mulheres e homens sofreram agressões psicológicas por parte do parceiro(a). A violência doméstica começa cedo: em mais da metade das pessoas que sofreram algum tipo de violência doméstica, esta ocorreu pela primeira vez antes dos 25 anos de idade.
A violência doméstica destrói a paz que deve residir nas relações e sobretudo na família, considerada como "igreja doméstica". O Beato João Paulo II descreveu a família como "berço da vida e do amor".
A violência doméstica substitui a vida pelo dano e inclusive pela morte; substitui o amor pela ira e pelo medo; rompe a confiança entre marido e mulher, entre pais e filhos. Infelizmente, é um ciclo que tende a se repetir na seguinte geração, porque as crianças imitam seus pais abusivos e as meninas aprendem a esperar o abuso dos homens.
Por trás das tristes estatísticas sobre a violência doméstica, há pessoas, homens e mulheres criados à imagem de Deus. Qual é a resposta da Igreja Católica a esta experiência tão trágica, que atinge tantas pessoas?
Em sua declaração "Quando peço ajuda: uma resposta pastoral à violência contra a mulher", publicada em 1992 e reafirmada em 2002, os bispos dos EUA rejeitaram inequivocamente a violência doméstica.
"Como pastores da Igreja nos EUA, nós nos unimos aos bispos de outros países, especialmente do Canadá e de Nova Zelândia, ao declarar fortemente que a violência contra a mulher, no lar ou fora dele, nunca se justifica. Aviolência, em qualquer forma – física, sexual, psicológica ou verbal –, é pecaminosa e, muitas vezes, também é crime."
"Quando peço ajuda" continua sendo a pedra angular da resposta da Igreja à violência doméstica. Nela, os bispos se dirigem a quatro tipos de pessoas: as vítimas da violência doméstica (especialmente – ainda que não exclusivamente – mulheres), o clero e funcionários da Igreja, os abusadores (predominantemente – ainda que não exclusivamente – homens) e a sociedade em geral.
A declaração oferece primeiramente uma visão geral da violência doméstica, definindo-a como "qualquer tipo de comportamento utilizado por uma pessoa par controlar outra por meio do medo e da intimidação".
O abuso não é só físico, mas inclui também abuso sexual, psicológico, verbal e econômico. Além disso os bispos identificam a esterilização forçada e o aborto como formas de abuso.
Os prelados afirmam claramente que a Bíblia e o magistério da Igreja nunca podem ser usados para justificar aviolência. "Uma interpretação correta das Escrituras permite que as pessoas construam relações baseadas no amor", destaca o documento, acrescentando que as vítimas dos maus tratos não têm culpa.
Com relação às mulheres que sofrem abusos dos seus maridos, os bispos afirmam claramente que, em última instância, "elas devem tomar suas próprias decisões quanto a permanecer ou sair de casa".
Na última seção de "Quando peço ajuda", os bispos oferecem sugestões para a ação das mulheres maltratadas, dos homens que maltratam, dos sacerdotes e os agentes de pastoral, que costumam ser os primeiros em responder a uma situação de abuso.
O comunicado conclui com uma oração extraída do Salmo 55. Para ler o documento completo (em inglês ou espanhol), clique aqui.
(Artigo original publicado em inglês e traduzido pela Aleteia)