Por Dom Fernando Arêas Rifan*
Lumen Fidei – a Luz da Fé – é o título da primeira carta encíclica do Papa Francisco, sobre a primeira das três virtudes teologais. O Papa Bento XVI já havia escrito as encíclicas sobre a Caridade – Deus caritas est – em 2005, sobre a Esperança – Spe salvi – em 2007 – e sobre o desenvolvimento integral humano na caridade e na verdade – Caritas in veritate - em 2009. Faltava, para completar a trilogia, uma encíclica sobre a Fé. Começada pelo Papa emérito, foi completada e promulgada pelo atual Pontífice, neste Ano da Fé.
“A providência quis que a coluna faltante fosse um presente do papa emérito ao seu sucessor e, ao mesmo tempo, um símbolo de unidade, pois, ao assumir e completar a obra iniciada pelo seu predecessor, o Papa Francisco dá testemunho com ele da unidade da fé”, explicou o Cardeal Marc Ouellet.
Conforme o mesmo Cardeal, que apresentou a encíclica, o Papa explica em linguagem acessível o que é a fé; apresenta a fé cristã como luz proveniente da escuta da palavra de Deus na história. “A fé não é uma luz que dissolve todas as nossas trevas, mas a lâmpada que guia os nossos passos na noite e o que nos basta para o caminho”. A fé é uma abertura ao amor de Cristo e estende o eu às dimensões de um nós, que, na Igreja, não é somente humano, mas propriamente divino, com uma participação na Trinidade de Deus. A encíclica se vincula de maneira inteiramente natural ao nós, à família, que é o lugar por excelência da transmissão da fé; “penso, diz o Papa, antes de mais nada, na união estável de um homem e uma mulher”. A Lumen Fidei considera que o fiel se encontra envolvido na verdade por ele confessada e, por este mesmo fato, é transformado e introduzido em uma história de amor que dilata o seu ser, tornando-o membro de uma grande comunhão.
O Papa Francisco com Bento XVI expõem juntos a fé da Igreja, na sua beleza, que é confessada no interior do corpo de Cristo como comunhão concreta dos fiéis. Mostram assim o caminho que a Igreja deve trilhar para cumprir sua missão no mundo de hoje. É uma encíclica com uma forte conotação pastoral, em que o Papa Francisco, com a sua sensibilidade de pastor, consegue traduzir muitas questões de caráter perfeitamente teológico em temáticas que podem ajudar na reflexão e na catequese. Por isso é importante o convite conclusivo da encíclica: “não deixemos que nos roubem a esperança”.
Conforme explicou o prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Dom Gerard Müller, a encíclica Lumen Fidei nos convida a reconhecer que “a fé, graças à luz que vem de Deus, ilumina todo o caminho e toda a existência do homem. Ela não nos separa da realidade, mas nos permite entender todo o seu significado mais profundo, descobrir o quanto Deus nos ama”. Dom Müller classificou como “afortunado” o fato de o texto ter sido “escrito pela mão de dois pontífices”, revelando, apesar das diferenças de estilo, “a substancial continuidade do magistério de Bento XVI na mensagem do papa Francisco”.
*Bispo Administrador Apostólico da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney.
Lumen Fidei – a Luz da Fé – é o título da primeira carta encíclica do Papa Francisco, sobre a primeira das três virtudes teologais. O Papa Bento XVI já havia escrito as encíclicas sobre a Caridade – Deus caritas est – em 2005, sobre a Esperança – Spe salvi – em 2007 – e sobre o desenvolvimento integral humano na caridade e na verdade – Caritas in veritate - em 2009. Faltava, para completar a trilogia, uma encíclica sobre a Fé. Começada pelo Papa emérito, foi completada e promulgada pelo atual Pontífice, neste Ano da Fé.
“A providência quis que a coluna faltante fosse um presente do papa emérito ao seu sucessor e, ao mesmo tempo, um símbolo de unidade, pois, ao assumir e completar a obra iniciada pelo seu predecessor, o Papa Francisco dá testemunho com ele da unidade da fé”, explicou o Cardeal Marc Ouellet.
Conforme o mesmo Cardeal, que apresentou a encíclica, o Papa explica em linguagem acessível o que é a fé; apresenta a fé cristã como luz proveniente da escuta da palavra de Deus na história. “A fé não é uma luz que dissolve todas as nossas trevas, mas a lâmpada que guia os nossos passos na noite e o que nos basta para o caminho”. A fé é uma abertura ao amor de Cristo e estende o eu às dimensões de um nós, que, na Igreja, não é somente humano, mas propriamente divino, com uma participação na Trinidade de Deus. A encíclica se vincula de maneira inteiramente natural ao nós, à família, que é o lugar por excelência da transmissão da fé; “penso, diz o Papa, antes de mais nada, na união estável de um homem e uma mulher”. A Lumen Fidei considera que o fiel se encontra envolvido na verdade por ele confessada e, por este mesmo fato, é transformado e introduzido em uma história de amor que dilata o seu ser, tornando-o membro de uma grande comunhão.
O Papa Francisco com Bento XVI expõem juntos a fé da Igreja, na sua beleza, que é confessada no interior do corpo de Cristo como comunhão concreta dos fiéis. Mostram assim o caminho que a Igreja deve trilhar para cumprir sua missão no mundo de hoje. É uma encíclica com uma forte conotação pastoral, em que o Papa Francisco, com a sua sensibilidade de pastor, consegue traduzir muitas questões de caráter perfeitamente teológico em temáticas que podem ajudar na reflexão e na catequese. Por isso é importante o convite conclusivo da encíclica: “não deixemos que nos roubem a esperança”.
Conforme explicou o prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Dom Gerard Müller, a encíclica Lumen Fidei nos convida a reconhecer que “a fé, graças à luz que vem de Deus, ilumina todo o caminho e toda a existência do homem. Ela não nos separa da realidade, mas nos permite entender todo o seu significado mais profundo, descobrir o quanto Deus nos ama”. Dom Müller classificou como “afortunado” o fato de o texto ter sido “escrito pela mão de dois pontífices”, revelando, apesar das diferenças de estilo, “a substancial continuidade do magistério de Bento XVI na mensagem do papa Francisco”.
*Bispo Administrador Apostólico da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney.