** Leia antes a primeira parte deste post
RECEBEMOS, de mais um leitor espírita inconformado com a publicação de nossa postagem puramente informativa sobre Chico Xavier, uma mensagem que publicamos em duas partes, por ser longa, com diversos questionamentos cuja elucidação poderá ser do interesse público. Segue abaixo a segunda e conclusiva parte, seguida de nossas respostas (não estamos autorizados a divulgar o nome do leitor):
RECEBEMOS, de mais um leitor espírita inconformado com a publicação de nossa postagem puramente informativa sobre Chico Xavier, uma mensagem que publicamos em duas partes, por ser longa, com diversos questionamentos cuja elucidação poderá ser do interesse público. Segue abaixo a segunda e conclusiva parte, seguida de nossas respostas (não estamos autorizados a divulgar o nome do leitor):
"Então amigo, não julgue e sim faça sua parte...Estude sim mas faça sua parte, não seja um fanático, e sim um exemplo do bem e para o bem...Não sou tão bom em palavras ou na língua portuguesa mas busco meu humilde conhecimento para aprender com os bons homens deste mundo, com suas escrituras, obras, com o bem, pois todos colocam lições boas em nossas vidas. O equivoco, o erro, as falhas humanas esqueço e busco tirar o que estes colocaram de bom como ensinamento e exemplo...Entenda o que Deus nos colocou, entenda a missão de Jesus neste mundo, se não entender quando Jesus vier vamos novamente matá-lo por nosso julgamento ignóbil, por nossa curta visão, por nosso fanatismo e por nossa falta de absorver o bem. Em tudo podemos tirar o bem, basta mudarmos nossa visão de doutores da lei, donos da verdade e donos do certo...o que é certo neste mundo, quem garante que esta ou aquela religião é verdadeira, quem garante que tais escrituras foram as relíquias de Deus e de Jesus...Que Deus lhe ilumine, e busque aprender, tire o melhor de cada religião, por que nem Deus nem Jesus disse esta é a religião ou escritura verdadeira, mas disse sim: Ame a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Se entender isto não mais julgarás, não mais condenará seu irmão, não vai querer ser o certo e sim irá buscar aprender com tudo e com todos... Em tudo podemos tirar o bem...O mais importante é o que você tem feito para o bem seu, de seu semelhante, quantas horas você esta guardando para o auxílio ao próximo, para visitar o enfermo, o preso, o desabrigado, os necessitados, o que tem feito de bem, como trato seus entes querido, como tem tratado seu próximo."
NOSSA RESPOSTA
Prezado leitor espírita,
Continuo reproduzindo o seu texto, destacando-o, e respondendo parte por parte, para que você compreenda bem o que estou dizendo:
"Então amigo, não julgue e sim faça sua parte... Estude sim mas faça sua parte, não seja um fanático, e sim um exemplo do bem e para o bem..."
Como já expliquei na primeira parte desta resposta, emitir opinião a respeito de um assunto que se conheça bem, apresentando fatos biográficos e acompanhados das devidas fontes, não é "julgamento". Se apresentar o erro, o engano e/ou o dolo fosse "julgar", então Jesus teria julgado os fariseus, chamando-os de "hipócritas", "raça de víboras", "sepulcros podres", etc (conf. Mt 12, 34; 23, 13-15; 23,27 e outros).
O curioso é que, ao mesmo tempo em que me diz para não julgar, você me julga. Para defender Chico Xavier, você julga quem escreveu o artigo. Você não admite que “julguem” o ídolo, o grande mito que não pode ser questionado, mas você julga quem apresenta os fatos comprometedores da vida dele!
Você não me conhece, eu que sou o principal autor daquele artigo, então como pode saber se estou ou não "fazendo a minha parte"? Se você me manda fazer a minha parte, fica subentendido que eu não estou fazendo, e você sem me conhecer e sem saber o que eu faço forma um juízo arbitrário a meu respeito. Isto é julgamento!
O que eu faço e também o que deixo de fazer é bem conhecido por Deus, que (Ele sim) me julgará no tempo oportuno. Tento fazer o melhor que posso, mas por certo sou falho. Especificamente neste blog, o que estou tentando fazer é cumprir a minha obrigação enquanto cristão, teólogo e diretor de um apostolado cristão, buscando esclarecer a verdade dos fatos a quem a procura.
Tenho muitíssimos defeitos, mas sou, sim, "fanático" pela verdade, pela vida e pelo amor. Tudo isso encontro em Deus e não em mitos fabricados.
O curioso é que, ao mesmo tempo em que me diz para não julgar, você me julga. Para defender Chico Xavier, você julga quem escreveu o artigo. Você não admite que “julguem” o ídolo, o grande mito que não pode ser questionado, mas você julga quem apresenta os fatos comprometedores da vida dele!
Você não me conhece, eu que sou o principal autor daquele artigo, então como pode saber se estou ou não "fazendo a minha parte"? Se você me manda fazer a minha parte, fica subentendido que eu não estou fazendo, e você sem me conhecer e sem saber o que eu faço forma um juízo arbitrário a meu respeito. Isto é julgamento!
O que eu faço e também o que deixo de fazer é bem conhecido por Deus, que (Ele sim) me julgará no tempo oportuno. Tento fazer o melhor que posso, mas por certo sou falho. Especificamente neste blog, o que estou tentando fazer é cumprir a minha obrigação enquanto cristão, teólogo e diretor de um apostolado cristão, buscando esclarecer a verdade dos fatos a quem a procura.
Tenho muitíssimos defeitos, mas sou, sim, "fanático" pela verdade, pela vida e pelo amor. Tudo isso encontro em Deus e não em mitos fabricados.
"Não sou tão bom em palavras ou na língua portuguesa mas busco meu humilde conhecimento para aprender com os bons homens deste mundo, com suas escrituras, obras, com o bem, pois todos colocam lições boas em nossas vidas."
Até nisso você se equivocou. Você é bom, sim, sua escrita está acima da média. Agora, concordo que deve continuar buscando, de preferência ajustando o foco. Em vez de doutrinas bonitas, confortadoras, agradáveis, busque a Verdade.
"O equivoco, o erro, as falhas humanas esqueço e busco tirar o que estes colocaram de bom como ensinamento e exemplo..."
Seguindo esse mesmo raciocínio, eu poderia tirar o bem de qualquer pessoa. Eu poderia me tornar um seguidor, por exemplo, de Adolf Hitler, sem problemas. Afinal, nós não devemos olhar os erros, as falhas... Hitler tinha inúmeras qualidades, seja como comunicador, líder, orador. Gostava de crianças e de animais, era amante das artes... O (enorme) problema é que suas falhas eram gravíssimas, então eu quero distância da filosofia nazista. - O pastor maluco Jim Jones também falava manso, tinha doces ensinamentos, suaves palavras... Tanto que levou mais de quatrocentas pessoas ao suicídio, só com a sua boa lábia.
Sim, os erros dos homens são fundamentais para sabermos se eles são dignos de nossa atenção e confiança. Se eu olhar só o lado bom de todo mundo, dando crédito a todos, terminarei caindo num abismo bem profundo.
"Entenda o que Deus nos colocou, entenda a missão de Jesus neste mundo, se não entender quando Jesus vier vamos novamente matá-lo por nosso julgamento ignóbil, por nossa curta visão, por nosso fanatismo e por nossa falta de absorver o bem."
O que eu já disse, repito: de que Jesus você está falando? A Mensagem do cristianismo vai infinitamente além das regras morais e da caridade ao próximo. O espiritismo procura observar as regras morais do cristianismo sem observar a sua essência, a sua espiritualidade mais profunda, o seu sentido último. As boas obras são reflexos da fé, consequências dela, e não o contrário. O cristão mostra a sua fé pelas suas boas obras, e não atinge a fé praticando boas obras.
"Em tudo podemos tirar o bem, basta mudarmos nossa visão de doutores da lei, donos da verdade e donos do certo...o que é certo neste mundo, quem garante que esta ou aquela religião é verdadeira, quem garante que tais escrituras foram as relíquias de Deus e de Jesus..."
Deus nos deu a consciência do bem e do mal, do certo e do errado, essa grande preciosidade que nos torna humanos. Devo jogá-la fora, para que as pessoas não pensem que eu me acho "dono da verdade"? Devo deixar de corrigir ou orientar o meu próximo, tirando-o do engano para conduzi-lo ao bom caminho, sempre que puder? Bem, eu lhe informo quem me garante que o cristianismo é a religião verdadeira: o próprio Jesus Cristo, que é Deus encarnado.
Claro, somos todos livres para crer nEle ou não. Eu fiz a minha opção e aderi ao Evangelho (insisto, não estou falando da caricatura do 'evangelho segundo o espiritismo', e sim do Evangelho de verdade, que a Igreja preserva há dois milênios e que eu posso lhe apresentar, se você quiser).
"Que Deus lhe ilumine, e busque aprender..."
Obrigado pelos votos de benção. Quanto a buscar aprender, tenho feito isso a minha vida inteira, desde a minha infância, e Deus me deu muitas respostas, inclusive com milagres e experiências profundíssimas que mudaram a minha vida para sempre. Mesmo assim, sei que sou e sei nada, e continuarei buscando. Devolvo-lhe o mesmo conselho.
"...tire o melhor de cada religião..."
Como diz Jesus, quem encontra o Tesouro da Verdade deve vender tudo o que tem para comprar esse único Tesouro. Tudo de positivo que cada religião possa ter encontra-se no cristianismo em sua forma plena e mais perfeita. Quem lhe diz isso é alguém que já passou por muitas religiões, que já foi espírita (sim), praticou yoga devocional, quis ser monge budista e etc. Só no cristianismo autêntico, que se encontra na única Igreja instituída por Jesus, encontrei mais que o "melhor": encontrei a perfeita doutrina que leva a Deus.
"...por que nem Deus nem Jesus disse esta é a religião ou escritura verdadeira, mas disse sim: Ame a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Se entender isto não mais julgarás, não mais condenará seu irmão, não vai querer ser o certo e sim irá buscar aprender com tudo e com todos... Em tudo podemos tirar o bem..."
Pela terceira vez, fico me perguntando de que Jesus e de que deus você estaria falando. O Jesus que eu conheço diz: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai senão por Mim." (João 14,6).
Mais: como eu poderia cumprir o Primeiro Mandamento, - amar a Deus sobre todas as coisas, - sem conhecer Deus?? Primeiro é preciso conhecer Deus, chegar-se a Ele, integrar o seu Corpo Místico (que é a Igreja, como dizem os Evangelhos e as cartas dos Apóstolos), e então será possível amá-lo sobre todas as coisas, para poder amar também ao meu próximo como a mim mesmo.
Sei que por falar a verdade sem rodeios (assim como fazia São Francisco de Assis, que você citou), por não tentar ser "politicamente correto", você acha que eu não tenho amor pelas pessoas, mas a realidade é exatamente o contrário. Por muito amar é que muito tento resgatar almas. - Meus pais eram severos, tinha às vezes palavras duras, e tudo era reflexo do seu grande amor. Na grande História da humanidade, narrada na Bíblia, Deus foi muitas vezes duro, mas também a dureza era reflexo do seu profundíssimo Amor, Ele que chegou ao ponto de oferecer a vida de seu Filho unigênito pelo nosso bem.
Sei que por falar a verdade sem rodeios (assim como fazia São Francisco de Assis, que você citou), por não tentar ser "politicamente correto", você acha que eu não tenho amor pelas pessoas, mas a realidade é exatamente o contrário. Por muito amar é que muito tento resgatar almas. - Meus pais eram severos, tinha às vezes palavras duras, e tudo era reflexo do seu grande amor. Na grande História da humanidade, narrada na Bíblia, Deus foi muitas vezes duro, mas também a dureza era reflexo do seu profundíssimo Amor, Ele que chegou ao ponto de oferecer a vida de seu Filho unigênito pelo nosso bem.
"O mais importante é o que você tem feito para o bem seu, de seu semelhante, quantas horas você esta guardando para o auxílio ao próximo, para visitar o enfermo, o preso, o desabrigado, os necessitados, o que tem feito de bem, como trato seus entes querido, como tem tratado seu próximo."
Essas coisas devem ficar entre nós e Deus, como diz o SENHOR: "Que a tua mão esquerda não saiba o que está fazendo a direita", e não fazer como os falsos fariseus, que mandavam tocar trombetas diante de si quando distribuíam esmolas, para serem admirados. Aí está algo que a Igreja Católica cumpre fielmente, porque se fizesse propaganda de todas as suas muitíssimas obras de caridade e de toda a assistência social que promove e sustenta, não seria tão injustamente criticada.
Aqui, porém, finalizando essa longa conversa, preciso perguntar: existirá uma só maneira de se fazer o bem? Oferecer um prato de comida, um agasalho para um pobre é fazer o bem, sem dúvida. E salvar a sua alma imortal, não é fazer um bem ainda maior? O que é mais importante? Certamente, para quem acredita em reencarnação, a saúde da alma não é coisa tão urgente, porque afinal teremos infinitas oportunidades para renascer e recomeçar tudo de novo, sem lembrar do mal feito em outras vidas...
Encerrando, deixo eu uma pergunta: como seria possível responder hoje por atos cometidos em outras vidas, os quais nem sabemos quais são, já que não nos lembramos deles? Seria possível "evoluir" dessa maneira?
Se você vai à escola e tem uma aula sobre determinada matéria, mas depois esquece de tudo o que viu e ouviu, o aprendizado obviamente volta à estaca zero, simplesmente porque a aprendizagem é um processo cumulativo. Nenhum ser humano nunca poderia evoluir se continuasse perdendo sua memória de uma aula para a outra, porque o aprender é como somar: todo dia você vai acrescentando conhecimento e experiência, até chegar no ponto desejado. O total é o que você aprende, é o seu grau de evolução, seja intelectual, intuitiva ou moral. Sem memória ativa não pode haver aprendizado.
Da mesma maneira seria num longo processo de reencarnações: eu aprendo uma coisa numa vida, mas ao reencarnar, esqueço tudo o que aprendi. Como evoluir dessa maneira? A lógica mais elementar demonstra a incoerência e impossibilidade dessa tese pagã absurda plagiada por Allan Kardec do hinduísmo.
Da mesma maneira seria num longo processo de reencarnações: eu aprendo uma coisa numa vida, mas ao reencarnar, esqueço tudo o que aprendi. Como evoluir dessa maneira? A lógica mais elementar demonstra a incoerência e impossibilidade dessa tese pagã absurda plagiada por Allan Kardec do hinduísmo.
Finalizo com um link que vai levá-lo a alguns posts que, creio, poderão ajudá-lo nos seus estudos, já que você se apresenta como muito humilde e disposto a aprender (num deles, mostro como Allan Kardec, o pai do espiritismo 'que não julga ninguém' chama a Igreja Católica de mentirosa, criminosa, plagiadora, etc., numa série de graves calúnias que demonstram o seu verdadeiro caráter):
* * *
Prezado leitor espírita, fique claro que apesar de todas as diferenças e dificuldades, meu desejo mais sincero é o seu bem, sua redenção e seu encontro com o Cristo Salvador. Conte com minhas orações. Um abraço fraterno, e que a Luz do SENHOR brilhe sobre a sua vida.