REPRODUZIMOS abaixo uma uma interessante reflexão publicada no site "O Catequista", a respeito de uma cruz muito específica que todo apologeta católico é obrigado a carregar diariamente. Não necessariamente concordo com todas as opiniões expressas no texto, mas considerar o assunto é válido.
Nas redes sociais, muitos católicos desperdiçam um tempo precioso de suas vidas debatendo com pessoas hostis à sua fé. Alguns poucos são sagazes e ganham os debates, mas dificilmente convencem alguém. E o pior é que boa parte dos católicos, sem o devido preparo para minar o falatório desonesto de seus opositores, acaba mesmo é ficando sem argumentos.
Nas redes sociais, muitos católicos desperdiçam um tempo precioso de suas vidas debatendo com pessoas hostis à sua fé. Alguns poucos são sagazes e ganham os debates, mas dificilmente convencem alguém. E o pior é que boa parte dos católicos, sem o devido preparo para minar o falatório desonesto de seus opositores, acaba mesmo é ficando sem argumentos.
Eu sei que é duro ficar quieto ao ver nossa fé e valores sendo esculhambados. Na verdade, temos mesmo que abrir a boca nas salas de aula, nas reuniões entre amigos e com a família, até para exigir o devido respeito por parte daqueles com quem convivemos. Mas, no mundo virtual, penso que 99,9% dessas discussões são uma grande furada.
Ainda que o católico seja habilidoso na defesa de sua fé e ganhe o debate, quase nunca seu opositor reconhecerá que está errado. Isso acontece, basicamente, por dois motivos:
1 - Nosso tempo apresenta um patético fenômeno: há uma multidão de gente que, mesmo só conhecendo um determinado tema “de orelhada” ou porque leu três linhas em alguma matéria furreca de jornal, se acha altamente informada sobre aquele assunto. Ninguém estuda nada profundamente, mas todo o mundo se acha entendedor de tudo.
2 - Nas redes sociais, o desejo de fazer uma boa figura é potencializado. Assim, o anticatólico, ainda que não consiga sustentar seus argumentos, nunca dará o braço a torcer, por causa de sua vaidade. Fará de tudo para que a “plateia” online não perceba que ele é só um cara pretensioso falando do que não sabe.
Vejamos o exemplo de uma situação muito comum em um debate entre um católico com um anticatólico. O anticatólico diz que Pio XII foi o Papa de Hitler. O católico prova pro sujeito por A+B que o Papa Pio XII foi um dos maiores heróis do povo judeu, e salvou tantas vidas quanto pôde.
Expectativa: o outro reconhece que estava equivocado e agradece pelo esclarecimento.
Realidade: o caluniador estúpido, não se dando por vencido, desvia o foco do assunto e começa a falar da Inquisição e da pedofilia praticada por padres vomitando mentiras e clichês.
É importante desenvolver o feeling para sacar com quais pessoas vale debater ou não na web. Assim, percebemos quem deseja mesmo dialogar de forma honesta, e quem está fechado em seu mundinho, querendo apenas difamar nossa religião a qualquer custo, - mesmo à custa da verdade.
De modo geral, eu sou pessimista quanto a debates nas redes sociais. Já caí várias vezes na esparrela de discutir com amigos ou estranhos tapados no Facebook. O resultado? Frustração e aborrecimentos.
Na última, debatendo no Facebook com um amigo católico liberal (do tipo que acha que a Igreja deve 'mudar seus dogmas'), posso dizer que ganhei o debate, mas não lucrei nada com isso. Sem conseguir sustentar seus absurdos, meu amigo partiu para a desqualificação pessoal, e tudo o que consegui foi ser chamada de retrógrada e farisaica. Se estivéssemos frente a frente, imagino que a conversa teria fluído melhor, sem a influência nefasta da imagem que o outro quer fazer para a “plateia”.
Nas redes sociais, as pérolas que oferecemos, – fatos históricos vindos de fontes confiáveis, ponderações teológicas e filosóficas bem fundamentadas, – são tidas pelos anticatólicos como nada. Por não serem minimamente capazes de reconhecer o valor dessas coisas, eles não tiram qualquer proveito delas. Antes, pisoteiam nossos tesouros e os afundam na imundície da lama intelectual e espiritual em que chafurdam.
Aqui (no site 'O Catequista'), muitas vezes os leitores rebatem os nossos nossos artigos, e a gente troca ideias. Mas o público ao qual nos dedicamos é bem específico: católicos que se submetem ao Papa e pessoas não-católicas interessadas sinceramente em entender melhor o catolicismo.
Já dedicamos numerosos posts especiais a pessoas que enviaram comentários discordando de nós, – inclusive protestantes e pessoas sem religião, – por se tratarem de ponderações pertinentes, ainda que em desacordo com nossas afirmações. O resto, a gente não dá papo. Vem aqui dizer que a Igreja é a prostituta do Apocalipse, que quem crê em Deus é trouxa etc., a gente nem se coça: comentário direto pra lixeira.
Acho que é mil vezes mais útil a gente rezar o Terço pela conversão dos pecadores, a exemplo dos Pastorinhos de Fátima, do que se dedicar a debates, quase sempre inúteis, nas redes sociais.
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Fonte:
Artigo "Católicos, não joguem pérolas aos porcos!", do website "O Catequista", disponível em
http://ocatequista.com.br/archives/11328#sthash.1igyFjLa.dpuf
Fonte:
Artigo "Católicos, não joguem pérolas aos porcos!", do website "O Catequista", disponível em
http://ocatequista.com.br/archives/11328#sthash.1igyFjLa.dpuf