Voltando a trabalhar a questão do aborto, estou tentando agora responder algumas questões sobre o tema. A de hoje é: O Aborto traz consequências psicológicas para a mulher que pratica?
Após um estudo feito pelo Instituto Jérôme Lejeune os especialistas chegaram a conclusão que as mulheres que abortam (ainda que de forma livre e espontânea), no geral, manifestam um estado depressivo e diversos distúrbios: culpa, perda de auto estima, depressão, impulsos suicidas, ansiedade, insônia, revolta, transtornos sexuais, pesadelos em que o bebê a odeia ou a chama…
Atualmente estas conseqüências são bem conhecidas. São identificadas como “Síndrome Pós-Aborto”. No geral, estes sintomas se agravam sempre em que a mulher encontra uma grávida, vê um bebê em um carrinho, passa diante de uma clínica ou pensa no aniversário da criança. Enganam-se aqueles que pensam que isto é um assunto novo. Encontramos, na obra “A psicopatologia da vida cotidiana”, de Sigmund Freud, descrições sobre o assunto. Também, no livro “Além do princípio de prazer”, Freud salienta:
“Fica-se também estupefato com os resultados inesperados que se podem seguir a um aborto artificial, à morte de um filho não nascido, decidido sem remorso e sem hesitação.”
Em um estudo com 331 mulheres russas e 217 mulheres norte-americanas,19 foram encontradas os seguintes sintomas ¹:
- 65% das mulheres norte-americanas sondadas experimentou múltiplos sintomas de desordem de stress pós-traumático, os quais atribuíam ao seu aborto.
- 64% das mulheres norte-americanas sentiram-se pressionadas por outros a escolher o aborto, em comparação com 37% das mulheres russas.
- De um modo geral, as mulheres referiram mais reações negativas do que positivas.
- A reação positiva mais mencionada foi o alívio, mas apenas 7% das mulheres russas e 14% das americanas a mencionaram.
- As mulheres norte-americanas eram mais propensas a atribuir aos seus abortos pensamentos subsequentes de suicídio (36%), um aumento de consumo de drogas e álcool (27%) problemas sexuais (24%), problemas relacionais (27%), sentimento de culpa (78%) e incapacidade de auto-perdão (24%).
- Aproximadamente 2% das mulheres americanas atribuíram ao seu aborto uma hospitalização psiquiátrica subsequente.
No Estados Unidos, Brenda Major, professora de Psicologia na Universidade do Sul da Califórnia, em Santa Bárbara, não argumenta contra a síndrome pós-parto, porém considera que o tratamento psicológico é fundamental para a sua recuperação das mulheres que passam por algum abalo. Um outro estudo recente publicado no British Journal of Psychiatry concluiu que mulheres que fizeram aborto têm 30% mais chances e desenvolverem problemas mentais.
No entanto engana-se quem pensa que Síndrome Pós-Aborto se restringe unicamente a mulher. Ela muitas vezes acontece nos familiares ligados à mulher que praticou o aborto (marido, pais, irmãos e outros)…