21 Jul – A situação dos cristãos no Iraque vai se tornando cada vez mais dramática. Neste último final de semana, a Mitra Diocesana de Mossul foi incendiada, e o Mosteiro de Mar Behnam, a dez minutos da cidade de Qaraqosh, foi tomado pelos fundamentalistas do ISIL (Estado Islâmico do Iraque e Levante), os mesmos que na semana passada obrigaram os fiéis a fugirem de Mossul depois de marcar suas casas com a frase “imóvel de propriedade do ISIL”.
O mosteiro é dedicado ao príncipe mártir assírio Behnam e a sua irmã Sarah, e data do século IV, sendo um dos lugares de culto mais antigos e venerados pelos cristãos locais. A notícia do incêndio foi dada pelo patriarca da Igreja Católica Síria, Ignace Joseph III Younan, à Rádio Vaticano, depois de reunir-se no sábado, na Santa Sé, com o Secretário para as Relações com os Estados, Dom Dominique Mamberti.
O Arcebispo siro-católico de Mossul, Dom Yohanna Petros Moshe, denunciou à agência Fides: "Neste domingo (20/7), os milicianos jihadistas do ISIL, que há algumas semanas proclamaram o 'Califado Islâmico' nos territórios que controlam no Iraque e na Síria, tomaram posse do antigo mosteiro de Mar Behnam, a dez minutos da cidade de Qaraqosh, onde vivem monges siro-católicos". Os fundamentalistas islâmicos “obrigaram os três monges e umas poucas famílias que viviam no mosteiro a ir embora, deixando as chaves”, indicou ainda o Arcebispo.
A agência Fides assinalou que, por agora, não há mais notícias confirmadas sobre o que esteja acontecendo no mosteiro, mas a situação é gravíssima. Temem-se mais atos de violência, vandalismo e profanação, como os que já se registraram em outros lugares de culto cristãos tomados pelos jihadistas.
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Fonte:
ACI Digital com EWTN Noticias