Pular para o conteúdo principal

O Cativeiro de Babilónia - A Grande Caminhada

Durante as guerras de Nabuco com o reino de Judá, houve duas deportações de judeus para Babilónia.
A primeira deportação foi levada a efeito quando da rendição voluntária do rei Joaquim, de Judá, em 598 A.C., para evitar a destruição da cidade de Jerusalém e do seu Templo. Mas, por razões várias, especialmente a insubordinação dos judeus à tirania babilónica, de Nabucodonosor, este, cerca de 11 anos depois, voltou a cercar Jerusalém (587 A.C.) e, ao fim de 18 meses de cerco, tomou a cidade, que arrasou e destruiu o seu Templo, deportando mais judeus para Babilónia. Assim, os judeus ficaram cativos, em Babilónia, entre 48 a 60 anos. Os primeiros deportados na rendição do Rei Joaquim ficaram cativos dos babilónios, 60 anos e os segundos deportados quando da destruição de Jerusalém e do Templo, cerca de 48 anos.

Mas eis que, o Senhor da Esfera fez nascer uma criança iluminada, lá pelo planalto iraniano!


Podia ser assim! O Senhor ordenar a Ciro a libertação dos espezinhados!

Foram as vozes dos anjos que levaram a boa nova desde o Eufrates ao Jordão e, mais tarde, essas vozes, embrenharam-se nas pétalas das flores que, levadas pelos ventos e semeadas pelas correntes dos rios e dos mares, sopradas pelo bafo de Eolos e iluminadas pela luz e sabedoria do meu amigo Apolo, correram todo o mundo até o meu amigo Verdi as recordar na sua música, procurando, também com elas, recordar aos italianos que, deveriam juntar-se na saga da sua luta contra os austríacos, os seus "babilónios". Esta música pode ser, em todo mundo, uma mensagem contra todas as tiranias.

O avô dessa criança, o rei dos Medos, teve um sonho e os sacerdotes, seus concelheiros, lhe disseram que iria ter um neto que tomaria o lugar de rei dos medos e todo o mundo, em redor. Mas o rei não queria um neto que os augúrios lhe diziam viria a ter mais poder do que ele. Por isso, Astiages, rei dos Medos e avô de Ciro II, o Grande, entregou o seu neto ao seu mordomo Harpago e ordenou-lhe que o levasse e o matasse nas montanhas.

Harpago, ao observar a criança, concluiu que era muito linda e achou disparatada a ordem do seu rei. Por isso, em vez de matar a criança, deu-a a um pastor para tomar conta dela. Mas Astiages acabou por descobrir a traição! Por isso, mandou matar o filho de Harpago e deu-lho a comer num jantar e Harpago apenas teve conhecimento do que fora o seu jantar quando, no fim, lhe entregaram a cabeça do filho numa bandeja.


O túmulo de Ciro II, o Grande, em Persagade, fundador do Império Persa, libertador do povo judeu do Cativeiro de Babilónia - foto tirada da Wikipédia, da autoria de Truth Seeker 


 Como é bela a terra que foi de Ciro. Beautiful Iran

Entretanto, Ciro tornou-se rei dos persas e, Harpago liderou uma revolta que derrotou Astiages e o levou prisioneiro perante Ciro II. Ciro perdoou a vida ao seu avô (terá tido a mesma atitude que César teve mais tarde quando disse: "longa vida aos meus inimigos para que assistam de pé à minha vitória"! Por isso, Ciro perdoou a vida do avô mas avançou sobre o reino dos medos e tomou Ecbatna, a sua capital, arrastando com ela todo o território da Média. De seguida virou-se para os inimigos dos medos, tomou o Reino da Lídia, e todo o território até ao Turquestão de hoje. Por fim, preparou tudo para tomar o Reino de Babilónia e conseguiu-o.


Ide, reconstruide Jerusalém e o vosso Templo

Ciro tinha uma missão atribuída pelo Senhor da Esfera. Tomar Babilónia e libertar os escravos judeus. Assim, em 539 A.C., Ciro tomou o Reino de Babilónia e em 537, dois anos depois, ordenou que os judeus fossem autorizados a regressar à sua terra e reconstruir o seu Templo.
Assim, Ciro ficou com dois povos agradecidos pela sua atitude, o Reino de Judá e os Fenícios que sempre lhe agradeceram terem tomado Babilónia o que permitiu aos fenícios viverem em paz. Como os fenícios tinham uma boa força naval para a época, essa força esteve sempre ao serviço dos persas até que o meu amigo Alexandre lhe pôs termo, cerca de 200 anos depois.

Ciro, o Grande, morreu numa batalha contra os Massagetas, um povo persa que tinha os seus pousios entre o mar Cáspio e o mar Aral, sucedendo-lhe seu filho Cambises do qual falaremos, por aqui, mais tarde.
O que nos ficou de Ciro II, o Grande, foi a conquista do neo-Império Babilónico, a libertação dos judeus, a unificação dos povos persas e medos, a tolerância religiosa, a permissão de que fossem os príncipes locais a administrarem os seus povos e não permitir que os poderosos escravizassem seus súbditos.
Agora, com Cambises, Xerxes e Dario, vêm aí as guerras persas contra a Grécia. 

**************************
Caminhadas do Ventor, por Trilhos de Sonhos e de Ralidades, cujas histórias contou ao Quico e o Quico contou-as, para vós, brincando. Foi sob o Tecto do seu amigo Apolo que aprendeu a conhecer os seus amigos, ... como o porco

Postagens mais visitadas deste blog

Símbolos e Significados

A palavra "símbolo" é derivada do grego antigo  symballein , que significa agregar. Seu uso figurado originou-se no costume de quebrar um bloco de argila para marcar o término de um contrato ou acordo: cada parte do acordo ficaria com um dos pedaços e, assim, quando juntassem os pedaços novamente, eles poderiam se encaixar como um quebra-cabeça. Os pedaços, cada um identificando uma das pessoas envolvidas, eram conhecidos como  symbola.  Portanto, um símbolo não representa somente algo, mas também sugere "algo" que está faltando, uma parte invisível que é necessário para alcançar a conclusão ou a totalidade. Consciente ou inconscientemente, o símbolo carrega o sentido de unir as coisas para criar algo mair do que a soma das partes, como nuanças de significado que resultam em uma ideia complexa. Longe de objetivar ser apologética, a seguinte relação de símbolos tem por objetivo apenas demonstrar o significado de cada um para a cultura ou religião que os adotou.

Como se constrói uma farsa?

26 de maio de 2013, a França produziu um dos acontecimentos mais emblemáticos e históricos deste século. Pacificamente, milhares de franceses, mais de um milhão, segundo os organizadores, marcharam pelas ruas da capital em defesa da família e do casamento. Jovens, crianças, idosos, homens e mulheres, famílias inteiras, caminharam sob um clima amistoso, contrariando os "conselhos" do ministro do interior, Manuel Valls[1]. Voltando no tempo, lá no já longínquo agosto de 2012, e comparando a situação de então com o que se viu ontem, podemos afirmar, sem dúvida nenhuma, que a França despertou, acordou de sua letargia.  E o que provocou este despertar? Com a vitória do socialista François Hollande para a presidência, foi colocada em implementação por sua ministra da Justiça, Christiane Taubira,  a guardiã dos selos, como se diz na França, uma "mudança de civilização"[2], que tem como norte a destruição dos últimos resquícios das tradições qu

Pai Nosso explicado

Pai Nosso - Um dia, em certo lugar, Jesus rezava. Quando terminou, um de seus discípulos pediu-lhe: “Senhor, ensina-nos a orar como João ensinou a seus discípulos”. È em resposta a este pedido que o Senhor confia a seus discípulos e à sua Igreja a oração cristã fundamental, o  Pai-Nosso. Pai Nosso que estais no céu... - Se rezamos verdadeiramente ao  "Nosso Pai" , saímos do individualismo, pois o Amor que acolhemos nos liberta  (do individualismo).  O  "nosso"  do início da Oração do Senhor, como o "nós" dos quatro últimos pedidos, não exclui ninguém. Para que seja dito em verdade, nossas divisões e oposições devem ser superadas. É com razão que estas palavras "Pai Nosso que estais no céu" provêm do coração dos justos, onde Deus habita como que em seu templo. Por elas também o que reza desejará ver morar em si aquele que ele invoca. Os sete pedidos - Depois de nos ter posto na presença de Deus, nosso Pai, para adorá-lo