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OS BENEFÍCIOS DE UMA BOA CONFISSÃO


"Não vim chamar os justos, mas os pecadores" (Mateus 9,13).
"Os homens receberam de Deus um poder que não foi dado aos Anjos nem aos Arcanjos. Nunca foi dito aos espíritos celestes, ‘O que ligardes e desligardes na terra será ligado e desligado no céu’. Os príncipes deste mundo só podem ligar e desligar o corpo. O poder do sacerdote vai mais além; alcança a alma, e exerce-se não só em batizar, mas ainda mais em perdoar os pecados. Não coremos, pois, ao confessar as nossas faltas. Quem se envergonhar de revelar os seus pecados a um homem, e não os confessar, será envergonhado no Dia do Juízo na presença de todo o Universo." (S. João Crisóstomo, Tratado sobre os Sacerdotes, Liv. 3.)

O mês de julho é dedicado à devoção ao Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, uma ocasião propícia para a reflexão, a emenda de vida, um exame de consciência profundo e salutar. E lembrando que em agosto faremos a Consagração ao Imaculado Coração de Maria, julho se torna um mês propício para uma preparação à confissão, tema de nosso artigo de hoje.

Para quem quiser aproveitar essa inigualável oportunidade, saibam que, durante o mês de julho, o Padre Cardozo irá preparar os fiéis para fazerem uma boa confissão, até mesmo uma confissão geral. Portanto, entrem em contato com ele, e aproveitem a visita em sua cidade!!! 



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BENEFÍCIOS DE UMA BOA CONFISSÃO


 Há inúmeros bons livros sobre o tema, e indicarei alguns, no final, assim como alguns links, para aprofundar o estudo, mas hoje vamos falar do BENEFÍCIO DE UMA BOA CONFISSÃO. 

Primeiro, contudo, vamos às necessárias conceituações:

1. O QUE É PECADO? 


O pecado é uma transgressão à lei de Deus (I João 3,4) e uma rebelião contra Deus (Deuteronômio 9,7; Josué 1,18). O pecado é uma inclinação para o mal; é uma falta contra a razão, a verdade, a consciência reta. É uma falta ao amor verdadeiro, para com Deus e para com o próximo, por causa de um apego perverso a certos bens. Ele fere a natureza do homem. Cometer um pecado é praticar uma determinada atitude sabendo que está errada e tendo a liberdade em fazê-la, sem nenhuma coação. É uma escolha pessoal. 

a. Pecado original. Pecado original é aquele com que todos nós nascemos, herdado de nossos primeiros pais, Adão e Eva. Chama-se “original” porque fica na origem da existência humana (Gn 3,1-24). Os principais efeitos do pecado original são (1) nos fazer nascer sem a Graça Santificante, privados do direito ao Céu e (2) ser a causa de nossas más inclinações. É Dogma de Fé e é apagado pelo Batismo, mas suas consequências persistem.

b. Pecado mortal. Pecado mortal é dizer, fazer, pensar ou desejar algo contra a lei de Deus, ou a lei humana, em matéria grave, com plena advertência e pleno consentimento. Este pecado se chama mortal porque mata a alma de quem o comete, tirando-lhe a vida sobrenatural.  


Os principais efeitos do pecado mortal são (1) nos fazer ofender a Deus gravemente, (2) nos fazer perder a Graça Santificante, a vida sobrenatural, os méritos adquiridos e o direito ao Céu; (3) desfigura e contamina a nossa alma e (4) nos faz escravos do Demônio e do pecado, e merecedores do Inferno. O perdão do pecado mortal só se alcança através do Sacramento da Confissão. Caso não haja arrependimento, este pecado acarreta a morte eterna.

Condições necessárias para um pecado ser mortal:  

1. Matéria séria;  
2. Reflexão suficiente;  
3. Pleno consentimento da vontade.

c. Pecado venial. Pecado venial é dizer, fazer, pensar ou desejar algo contra a lei de Deus, ou lei humana, em matéria grave, sem plena advertência ou sem pleno consentimento. Chama-se venial porque, por causa dele, não merecemos a pena eterna nem perdemos a graça de Deus.  


Os principais efeitos do pecado venial são (1) nos fazer ofender a Deus, que é nosso Criador e nosso Pai; (2) diminui em nós o fervor da caridade e nos dispõe ao pecado mortal; (3) nos faz merecedores da pena temporal do Purgatório. O pecado venial é perdoado ouvindo-se a Missa, ao comungar, ao dizer o Confiteor (vide no Anexo), ao receber a Bênção Episcopal; pela água benta, pelo pão bento, ao rezar o Pai Nosso, ao ouvir sermão, e, por fim, ao golpear o peito pedindo perdão a Deus. Ao pedir perdão a Deus damos a entender que, para conseguir por estas coisas o perdão dos pecados veniais, temos de ter alguma dor sobrenatural dos pecados cometidos.

d. Pecados capitais. São as más tendências da nossa natureza. Chamam-se capitais, porque são cabeças e princípios, como fontes e raízes de outros vícios que deles nascem. Podem ser mortais ou veniais. São eles: soberba (orgulho), avareza, luxúria, ira, gula, inveja e preguiça:

  • A soberba é um apetite desordenado de ser preferido a outros.
  • A avareza é um apetite desordenado de possuir os bens da Terra.
  • A luxúria é um apetite desordenado de deleites sujos e carnais.
  • A ira é um apetite desordenado de vingança.
  • A gula é um apetite desordenado de comer e de beber.
  • A inveja é um pesar pelo bem alheio.
  • A acídia ou Preguiça é um decaimento do ânimo no bem obrar.

Os pecados capitais podem ser combatidos com a prática da virtude contrária:  

  • contra a soberba, humildade;  
  • contra a avareza, generosidade;  
  • contra a luxúria, castidade;  
  • contra a ira, paciência;  
  • contra a gula, temperança;  
  • contra a inveja, caridade;  
  • contra a preguiça, diligência.

e. Vícios. São as más inclinações da natureza humana, como consequência de repetição dos pecados, mesmo veniais.


Embora o pecado seja um ato PESSOAL, temos a responsabilidade nos pecados cometidos por outros quando neles operamos:

  • participando neles, direta e voluntariamente;
  • mandando, aconselhando, louvando ou aprovando esses pecados;
  • não revelando ou não os impedindo, quando a isso somos obrigados;
  • protegendo os que fazem mal.


2. O QUE É A CONFISSÃO? 

Confissão ou Penitência é o sacramento instituído para nos perdoar os pecados cometidos depois do Batismo. Pela confissão, o homem sinceramente arrependido, e com o firme propósito de não mais pecar, confessa seus pecados a um padre, esperando obter a absolvição.  


O Sacramento da Penitência, (1) apaga os pecados cometidos depois do Batismo; (2) perdoa-nos a pena eterna merecida pelo pecado mortal e uma parte, ao menos, da pena temporal; (3) restitui-nos a Graça Santificante, ou a aumenta, se não a havíamos perdido; (4) concede-nos graças especiais para evitarmos o pecado e praticarmos a virtude.  

Estamos obrigados a confessar os pecados mortais não confessados, e é bom e proveitoso confessar também os pecados veniais. Àquele que, depois da última confissão, tem apenas pecados veniais, lhe será conveniente, para assegurar a dor e o propósito, confessar também algum pecado mortal já confessado.

Para receber dignamente o Sacramento da Penitência, são necessárias cinco coisas: “exame de consciência”, “contrição de coração”, “propósito de emenda”, “confissão dos pecados” e “cumprir a penitência”.

a) Exame de consciência é fazer os esforços necessários para lembrar-se, um a um, dos pecados não confessados, percorrendo os Mandamentos de Deus e da Igreja, os lugares por onde andou e ocupações que teve, depois de haver pedido a Deus luz para conhecer suas culpas.

b) A contrição de coração pode ser de duas maneiras: uma “perfeita” e outra “menos perfeita”, que se chama “atrição”. 

Contrição perfeita é uma dor ou pesar de haver ofendido a Deus por se Ele quem é – isto é, por ser infinitamente bom e digno de ser amado – com propósito de confessar-se, emendar-se e cumprir a penitência.

Atrição é uma dor ou pesar por haver ofendido a Deus, seja pela feiura do pecado, seja por temor do Inferno, ou por haver perdido a glória etc., com propósito de confessar-se, emendar-se e cumprir a penitência.
Destas dores é melhor a da perfeita contrição, porque aquela nasce do amor filial e esta, do temor; e porque, pela dor de contrição perfeita, antes que um se confesse, seus pecados mortais lhes são perdoados e se põe em graça de Deus, mas pela atrição apenas não se conseguem estes efeitos. Para alguém confessar-se bem basta a atrição; mas melhor e mais segura é a contrição perfeita, e aquele que se confessa deve procurar ter esta última. Há de se ter a dor antes que o Confessor absolva ao penitente. A dor dos pecados deve ser interna, sobrenatural e universal.

c) Propósito é uma firme resolução de nunca mais ofender a Deus gravemente. Deve ser interno, firme, universal e eficaz.

d) Confissão dos pecados é manifestar verbalmente, sem engano nem mentira, todos os pecados mortais ao Confessor, com intenção de cumprir a penitência. É chamada de confissão de boca.   

Confissão de boca é uma acusação dos pecados, do seu número e das circunstâncias que mudam a sua espécie, sem deixar de declarar nenhum pecado mortal, feita a um sacerdote aprovado, com o fim de receber a absolvição.  
Faz mal a confissão aquele que cala culpavelmente algum pecado mortal, ou confessa algum pecado grave que não tenha cometido, ou faz a confissão sem dor, ou sem propósito, ou sem ânimo de cumprir a penitência. Aquele que faz mal a confissão comete um grande sacrilégio, e fica com a obrigação de voltar a confessar-se dos pecados que confessou, dos que calou e, além disso, do pecado de sacrilégio que cometeu.

Aquele que, depois de ter confessado, se recordar de algum pecado grave que esqueceu sem culpa pode comungar, mas deve confessá-lo na próxima confissão. 

  • Pecado esquecido na confissão, fica perdoado se eu fiz bem o exame de consciência.
  • Pecado escondido na confissão não fica perdoado e eu não posso comungar: tenho de fazer outra confissão.
Podem crer não haver tido dor nem propósito verdadeiro em suas confissões os que não se afastam das ocasiões de pecado, e os que, depois de uma ou outra confissão, caem sempre nos mesmos pecados, sem haver feito esforço para emendar-se.

Para alguém se estimular a formar dor e propósito verdadeiros é conveniente, antes de chegar-se a confessar, pedir ao Senhor que o socorra com Seus auxílios, meditar por um momento nos benefícios que o Senhor lhe tem feito, ou em Sua paixão e morte, ou em sua bondade, e, uma ou mais vezes, dizer o “ato de contrição”.

e) Cumprir a penitência é satisfazer a Deus pela pena temporal devida pelos pecados cumprindo a penitência imposta.  


Deve-se cumprir a penitência o quanto antes, pois aquele que não a cumpre ou demora muito tempo em cumpri-la pode pecar gravemente, se a penitência é grave. Podemos satisfazer a Deus com toda espécie de boas ações feitas em graça de Deus, e também com as indulgências, que são graças pelas quais se concede a remissão da pena temporal que se há de pagar pelos pecados nesta vida ou na outra. Ganham-se as indulgências fazendo, em estado de graça, o que se ordena a este fim.

Sendo o pecado mortal o maior mal que pode sobrevir ao homem, não deve alguém expor sua salvação permanecendo em pecado, pois não sabe quando há de morrer, mas deve procurar ter verdadeira dor de perfeita contrição de seus pecados, com propósito de emendar-se e de confessar-se.


3. POR QUE CONFESSAR A UM PADRE

Foi Nosso Senhor Jesus Cristo, Deus verdadeiro, que instituiu o Sacramento da Reconciliação pela confissão dos pecados: “Então, soprou sobre eles e falou: ‘Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados serão perdoados, e àqueles a quem os retiverdes serão retidos’...” (Jo. 20,22; Lc. 24,36), confiando esta tarefa aos Apóstolos e seus sucessores, os padres.

A autoridade que Jesus deu aos Apóstolos para perdoar pecados era a mesma que Lhe foi dada pelo Pai para perdoar pecados na terra, não como Filho de Deus, mas como o Filho do Homem (Mateus 9,6). Jesus perdoou pecados enquanto estava no mundo, mesmo os Fariseus desprezando Sua autoridade; de fato, até então os Judeus acreditavam que somente Deus podia perdoar pecados. 


Nós, os Católicos, acreditamos que nenhum padre, como homem e indivíduo, por mais pio ou estudado que seja, tem o poder de, separado de Deus, perdoar pecados. No entanto, no confessionário, depois de realizada a preparação para Sacramento, ao recitar a fórmula da absolvição, o Sacerdote perdoa os pecados do penitente como se estivesse se confessando na presença de Cristo. Assim, o perdão vem de Deus, não do padre, que está atuando na condição de ”Persona Christi”, enquanto sucessor dos Apóstolos.

Do mesmo modo que nos outros sacramentos, na confissão também Deus se serve dos homens para comunicar a Sua graça. O perdão não é apenas uma questão entre Deus e o pecador, pois afasta o pecador da comunhão dos Santos. Para ser aceito novamente, o sacerdote, representante e ministro de Deus e da Igreja, recebe a sua conversão e concede a absolvição dos pecados. Não há sacramento nenhum recebido diretamente de Deus. Todos se recebem por meio da Igreja. Não há, portanto, a confissão diretamente com Deus.


4. UM CONFESSOR ESTÁVEL  


Há pessoas que procuram o confessor que "tem menos gente à espera diante do confessionário". A pessoa prudente, que realmente deseja tirar a maior vantagem da Confissão, escolhe um confessor estável, a quem sempre procura e se dá a conhecer: "Virei regularmente confessar-me com o senhor, Padre". E, se tiver qualquer problema que deseja tratar com o sacerdote, acrescenta: "Queria ouvir os seus conselhos a respeito de minha vocação", ou: "Ando com dificuldade a respeito da fé", ou ainda: "Espero que V. Revma. me ajude a vencer tal e tal tentação".  

Quando uma pessoa tiver declarado o seu desejo de ajuda, conselho e direção, o confessor sentir-se-á com a maior vontade de fazer tudo o que tiver ao seu alcance. Age muitíssimo bem o penitente que tenha contraído um hábito de pecar, ou que tenta decidir a sua vocação, ou que sofre de dificuldades na fé, ou que se vê em frente de dificuldades no lar ou no lugar de trabalho, ou que seriamente deseja sua própria santificação quando escolhe um confessor estável. Em breve o confessor saberá como tratar com esta pessoa, como um médico sabe tratar um paciente que recorre sempre a ele. O católico com um confessor estável, ao qual ele se explica e do qual pede e aceita conselhos, está bem encaminhado na estrada para a felicidade, o sucesso e o céu.


5. DOS BENEFÍCIOS DE UMA BOA CONFISSÃO
 

Você tem o direito de esperar o seguinte da Confissão: 

  • Perdão dos pecados. Este é o objetivo essencial da Confissão, mas somente um dos objetivos.
  • Ajuda para vencer as dificuldades quaisquer que sejam. O confessor é um sábio guia e diretor. Ele espera seja-lhe permitido ajudá-lo com sua experiência profissional e com sua sabedoria
  • Ajuda para planejar e levar adiante uma vida cheia e útil.
O sacerdote não está interessado unicamente em perdoar pecadores; ele deseja ajudar as pessoas boas a se tornarem melhores, e as melhores a se tornarem santas. Ele gosta de ajudar a mocidade em achar o trabalho de vida conveniente, e está feliz quando pode contribuir para que gente mais velha possa fazer mais perfeitamente a obra que Deus lhes deu para fazer. Ele é um mentor, um conselheiro experimentado. Ele gosta de ser chamado para ajudar. 
* Lembre-se, no entanto, que o confessionário não é lugar para fofocas, contar pecados alheios, desabafar frustrações etc. Seja objetivo e, dentro do possível, rápido, para não atrasar a Santa Missa!

BENEFÍCIOS CORPORAIS:


A Bíblia mostra que perdão e cura estão intimamente relacionadas. Sl 103:3 e Is 33:24. O dr. James Pennebaker , da Escola de MedicinaJohns Hopkins diz, em The Journal of Abnormal Psichology, que há benefícios para a saúde quando nossos segredos mais penosos são compartilhados com os outros e que o ato de confiar em alguém protege o corpo contra tensões internas prejudiciais que são o castigo por levarmos um fardo emocional, como, por exemplo, um remorso reprimido. Os fatos foram também confirmados por pesquisas recentes da Universidade de Harvard. O jornal Lexington Herald-Leader (EUA) publicou, em 23/09/84, um artigo afirmando que a confissão, sem levar em conta o que possa fazer para a alma, faz bem para o corpo. Estudos mostram de modo convincente que as pessoas que confiam a outras seus sentimentos e segredos perturbados ou algum evento traumático, em lugar de suportarem sozinhas os problemas, são menos vulneráveis às moléstias. (A Cura das Memórias - David A Seamands, pág.48)

* * *


Dito isso, vamos à preparação para uma boa confissão:

ANTES DO EXAME: é salutar começar com uma oração. Peçamos primeiro ao Espírito Santo que nos ilumine, rezando o Vinde Espírito Santo
 (vide no Anexo). 

Em seguida: Meu Deus, dai-me a luz para conhecer os pecados que cometi, as suas causas e os meios de os evitar... (vide no Anexo).  

Depois, façamos um exame de consciência sério, com serenidade, sobre a nossa vida, os mandamentos da Lei de Deus e da Santa Igreja, os pecados capitais e os nossos deveres de estado.  


EXAME DE CONSCIÊNCIA: para fazer uma confissão íntegra, é útil anotar em um papel à parte os pecados a serem confessados.

Não se pretende dar um questionário completo sobre os pecados, mas traçamos apenas linhas gerais que guiarão normalmente uma pessoa a um rápido e fácil conhecimento de seus pecados. (No Anexo, há um formulário que será útil a este propósito.)

Se houver qualquer coisa que está fora destas linhas gerais, ou se houver qualquer problema que alguém não entende, o recurso mais simples consiste em expor o caso ao confessor: "Há ainda uma coisa que não está clara". Mas, geralmente, esta simples série de perguntas e sugestões deveria trazer à luz da memória do penitente tudo quanto poderia ser matéria para a Confissão. 

1. Qual tem sido o meu maior pecado desde a última Confissão? Tornou-se este pecado um hábito para mim? É uma coisa que acontece frequentemente em minha vida? Tal pecado estará, geralmente, fundamentado numa real fraqueza de caráter. É o pecado que mais perigosamente se interpõe entre mim e minha salvação.

2. Qual tem sido a minha atitude para com Deus? Creio n'Ele e trato de amá-lo e de confiar n'Ele? Assisti fielmente à Santa Missa? Honrei a Deus com minhas orações e meus serviços? Tenho um sincero respeito para com seus mandamentos? Sou leal à Igreja Católica e às suas leis? Tenho observado os dias de jejum e abstinência prescritos?

3. Qual tem sido a minha conduta pessoal? Tenho sido limpo e decente? Tenho me precavido contra pecados em pensamentos e desejos? Aceitei como verdade as coisas que Deus revelou e a Igreja ensinou? Tenho me mostrado orgulhoso no trato com outros e tenho me gabado de dons pessoais? Tenho sido temperado no uso de comida e bebida;

4. Qual tem sido a minha conduta para com outros? Tenho sido honesto nos meus negócios com eles e respeitado seus direitos e propriedades? Mostrei-me cuidadoso quanto a seu bom nome e reputação? Levei, por meu pecado, outros a pecar? Fiz, por palavras ou ações, com que outros tomassem parte em pecados? Tenho brigado com outros, abusado deles ou os prejudicado fisicamente?

5. Tenho cumprido o meu dever? Cada um de nós tem em seu estado de vida ou profissão deveres para com outros; deveres de pais, de filhos de homens de determinada profissão, de comerciante, de patrão, de empregado. Isto significa que somos devedores de trabalho honesto, bondade, procedimento justo, caridade para com outros que dependem de nós quanto à sua felicidade ou serviços. Como agi sob tal ponto de vista?

   

DEPOIS DO EXAME: Por mais completa que seja a Confissão, por mais exata a relação dos pecados, se falta o arrependimento, melhor fora se a Confissão não fosse feita.

Daí a necessidade de expressar perante Deus a nossa mágoa, o nosso arrependimento profundo por causa dos pecados do passado e a necessidade da determinação de não cometê-los de novo. É provável que, durante a Confissão, o padre diga: "Faça um bom ato de contrição". Se o arrependimento for formulado nesta ocasião, é o quanto basta. Quem, porém, deseja estar certo de uma boa Confissão, faz o ato de contrição ANTES de entrar no confessionário. Diz a Deus, com toda a sinceridade, que está arrependido de seus pecados. Manifesta ao bom e generoso Deus sua vergonha e mágoa por causa do seu passado (Vide orações no Anexo).

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A CONFISSÃO



Estando diante do confessor, nos ajoelhamos e sem esperar que ele fale — embora geralmente possamos ouvi-lo dando-nos a benção inicial — dizemos:

A. "Padre, dai-me a vossa benção, porque pequei."

B. "Há ... (número de dias, semanas, meses) desde a minha última Confissão". 

Esta indicação é de grande valor para o sacerdote, pois lhe possibilita julgar se os pecados que confessamos são hábitos. Por exemplo: três pensamentos impuros, voluntariamente entretidos durante um dia ou uma semana, seriam um hábito; três durante um ano não seriam um hábito.

Se a nossa última Confissão ou uma das anteriores NÃO foi boa (por causa de falta de arrependimento, por termos calado propositalmente um pecado mortal, por não termos tido a intenção de pôr em ordem o passado, ou por qualquer outra razão séria), a forma usada será diferente. Diremos: "As minhas duas (indicar o número correto) últimas confissões" ou "Minhas confissões durante o ano passado (ou ... anos passados)" ou "as minhas confissões desde a minha primeira Comunhão não foram bem feitas, porque (diga a razão) calei um pecado grave na Confissão... não estava arrependido... não tinha vontade de romper com o pecado". Em tal caso, o sacerdote provavelmente interromperá logo o penitente a fim de ajudá-lo.

C. "Desde então me acuso dos seguintes pecados:"

O penitente diz então a espécie ou as espécies dos pecados mortais que cometeu, acrescentando quantas vezes os cometeu. Espécie e número devem ser mencionados somente quando se trata de pecados mortais.

D. Depois de ter confessado todos os pecados mortais e os pecados veniais que quis dizer, o penitente diz esta ou semelhante formula:
"Destes pecados e de todos os que talvez tenha cometido e dos quais não me posso lembrar agora, peço humildemente perdão a Deus e a vossa absolvição, especialmente destes pecados de minha vida passada".
Então menciona alguns pecados do passado: 
  • Para aumentar o arrependimento.
  • Para apresentar aqueles pecados outra vez à misericórdia divina, caso se devesse ainda alguma pena do Purgatório por causa deles.
  • Para precaver-se contra a sua repetição no futuro.

O penitente agora escuta atentamente, enquanto o sacerdote lhe dá os conselhos necessários, faz qualquer pergunta que julgue importante para tornar completa a Confissão e indica a penitência.

O católico instruído sabe que o padre não está pesquisando curiosamente, quando faz perguntas. É simplesmente o melhor modo de ajudar o penitente a fazer a Confissão tão perfeita quanto possível e de socorrê-lo nas suas lutas futuras contra o pecado.

E. Enquanto o sacerdote esta dando a absolvição, o penitente diz mais uma vez a Deus que esta arrependido, usando uma fórmula costumada (ato de contrição, vide no Anexo) ou falando simplesmente assim como lhe vem do coração.


DEPOIS DA CONFISSÃO 

A penitência é uma parte essencial da Confissão. Por isto, o homem prudente reza-a logo. Deixar de cumprir deliberadamente a penitência imposta por um pecado mortal é por sua vez pecado mortal. Esquecer a penitência não torna inválida a Confissão, mas pelo fato de as orações impostas como penitência fazerem parte de todo o Sacramento da Penitência, elas têm um valor especial para remover as penas do Purgatório merecidas pelos pecados.

Quando a absolvição for dada, o penitente brevemente agradece a Deus pela graça da Confissão, renova a promessa de levar vida melhor e volta às suas ocupações regulares.

CONCLUSÃO


Que modo melhor, mais bondoso, mais eficiente de ajudar ao pecador poderia Deus ter designado do que o sacramento da Confissão?

Por isto, o católico bem instruído considera privilégio ir frequentemente confessar-se. Ele o considera um precioso e seguro modo de voltar a Deus depois do pecado, um meio de aliviar uma consciência perturbada e de obter o conselho experimentado e a direção de um confessor treinado; uma preparação para sua Confissão final, que ele fará como uma das partes dos últimos sacramentos antes de morrer.

 

APÊNDICE


1. FÓRMULA INICIAL DA CONFISSÃO (sugestão):

Abençoai-me, Padre, porque pequei. Confessei-me há, mais ou menos, um mês atrás e, por graça de Deus recebi a absolvição, cumpri a penitência e fui à Comunhão. Acuso-me dos seguintes pecados:

(elencar os pecados)

Acuso-me destes pecados e de todos os que não me lembro neste momento, dos da minha vida passada, mas sobretudo de (se houver da vida passada)...

Peço perdão a Deus e a vós, Padre, a penitência e a absolvição.


2. ORAÇÕES 


Escolha as que preferir. 
  

PARA ANTES DO EXAME DE CONSCIÊNCIA/CONFISSÃO:

1. Vinde Espírito Santo, enchei os nossos corações e acendei neles o fogo de Vosso amor. Enviai, Senhor, o Vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da Terra.
Oremos: Ó Deus, que iluminastes os corações dos Vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, concedei-nos que pelo mesmo Espírito apreciemos tudo o que é reto e nos alegremos com a sua consolação. Amém.

2. Senhor, iluminai-me para me ver a mim próprio tal como Vós me vedes, e dai-me a graça de me arrepender verdadeira e efetivamente dos meus pecados. O Virgem Santíssima, ajudai-me a fazer uma boa confissão.

3. Meu Senhor e meu Deus, dá-me luz para conhecer os meus pecados, e graça para deles me arrepender. Minha Mãe Imaculada, São José, meu pai e senhor, meu Anjo da Guarda, intercedei por mim. Amém. 

4. Meu Deus, por causa dos meus pecados crucifiquei de novo o Vosso Divino Filho e escarneci dEle. Por isto sou merecedor da Vossa cólera e expus-me ao fogo do Inferno. E como fui ingrato para conVosco, meu Pai do Céu, que me criastes do nada, me redimistes pelo preciosíssimo sangue do Vosso Filho e me santificastes pelos Vossos santos Sacramentos e pelo Espírito Santo! Mas Vós poupastes-me pela Vossa misericórdia, para que eu pudesse fazer esta confissão. Recebei-me, pois, como Vosso filho pródigo e dai-me a graça de uma boa confissão, para que possa recomeçar a amar-Vos de todo o meu coração e de toda a minha alma, e para que possa, a partir de agora, cumprir os Vossos Mandamentos e sofrer com paciência os castigos temporais que possam cair sobre mim. Espero, pela Vossa bondade e poder, obter a vida eterna no Paraíso. Por Jesus Cristo, Nosso Senhor. Amém.

5. A SÃO JOSÉ: Santíssimo e inocentíssimo José, vós sempre guardastes a vossa alma de qualquer pecado que pudesse manchá-la e ofender a Deus; não fiz eu assim, que muitas vezes ofendi Sua Divina Majestade e quebrei Sua santa lei. Perdi meu Deus, pobre de mim! Como aparecerei em Sua presença tão cheio de pecados? Eu não ouso, Santo meu de minha alma, senão acompanhado de vós. Socorrei-me, vinde em meu auxílio para que eu me aproxime de seu Filho, peça perdão de meus pecados e obtenha misericórdia. Dai-me conhecer os meus pecados, e a graça e a inteligência para detestá-los e confessá-los com fé, como se confessasse diretamente com Deus. Ó gloriosíssimo, peço-vos pelo amor que tendes à Santíssima Virgem e ao bom Jesus que ofendi. Pelo Sangue de Jesus, escutai-me São José.


PARA DEPOIS DA CONFISSÃO:

   1. Confiteor Deo omnipotenti, beatæ Mariæ semper Virgini, beato Michæli Archangelo, beato Ioanni Baptistæ, sanctis Apostolis Petro et Paulo, et omnibus Sanctis, quia peccavi nimis cogitatione, verbo et opere: mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa. Ideo precor beatam Mariam semper Virginem, beatum Michælem Archangelum, beatum Ioannem Baptistam, sanctos Apostolos Petrum et Paulum, et omnes Sanctos, orare pro me ad Dominum Deum nostrum. Amém.

    
2. Ato de Contrição: Meu Deus, porque sois infinitamente bom e Vos amo de todo o meu coração, pesa-me de Vos ter ofendido, e com o auxílio da Vossa divina graça, proponho firmemente emendar-me e nunca mais Vos tornar a ofender. Peço e espero o perdão das minhas culpas pela Vossa infinita misericórdia. Amém.

    
3. Ato de contrição: Meu Jesus crucificado, por minha culpa, estou muito arrependido de ter pecado, pois ofendi a vós que sois tão bom, e mereci ser castigado neste mundo e no outro. Mas perdoai-me, Senhor, não quero mais pecar. Amém.

    
4. Resumo do ato de contrição que usava o Ven. Marcos de Aviano, religioso capuchinho, morto em odor de santidade:

    Eu, ruim e indigna criatura, me lanço a vossos pés, Deus meu, e, com o coração contrito e aflito, reconheço e confesso diante de Vós, Redentor de minha alma, que, desde o instante em que nasci até agora, tenho cometido inumeráveis negligências e pecados.
   
    Tenho-Vos ofendido, Deus meu! Pequei, Senhor! Porém, detesto os meus pecados e me arrependo do íntimo do coração. Por isso, prometo solenemente não mais pecar. Porém, se Vós, em vossa altíssima sabedoria, preveis que posso novamente ofender-Vos e cair outra vez no vosso desagrado, de todo o coração Vos peço que me leveis agora desta vida, em vossa graça. Oxalá a minha dor fosse tão grande que o propósito de não mais Vos ofender permanecesse sempre imutável! Porque Vos devo infinito agradecimento pela vossa divina bondade e porque mereceis que Vos ame sobre todas as coisas, arrependo-me de meus pecados, não tanto para livrar-me dos tormentos eternos que por eles mereci, nem para gozar das delicias do Céu, que tão inconsideradamente desprezei, como porque vos desagradam a Vós, Deus meu, que, por vossa bondade e infinitas perfeições, sois digno de infinito amor. Oxalá todas as criaturas vos mostrem sem interrupção, amor, reverência e agradecimento. Amém.

   
5. Ato de amor perfeito e contrição perfeita, atribuído a São Francisco Xavier:

    Não me move meu Deus, para querer-te,
    O Céu que me tens prometido,
    Nem me move o inferno, tão temido,
    Para deixar por isso de ofender-te.
    Tu me moves, Deus meu, move-me o ver-te
    Cravado em uma cruz, escarnecido;
    Move-me o ver teu Corpo tão ferido,
    Movem-me tuas afrontas e tua morte;
    Move-me, enfim, teu amor e de tal maneira
    Que, ainda que não houvesse Céu, te amaria,
    E, ainda que não houvesse inferno, te temeria.
    Nada tens que dar-me porque te quero;
    Porque, se não esperasse o que espero,
    Te queria o mesmo que te quero.

   
6. Ó meu Jesus, como sois bom! Podeis ter me deixado à morte enquanto estava no pecado, e que seria de mim? Graças, meu Senhor e meu Deus! Dai-me agora uma vontade firme de nunca mais tornar a vos ofender e de pôr em prática os conselhos que me deu o confessor. Virgem Santíssima, minha Mãe, alcançai-me a graça para não ofender mais ao vosso divino Filho e de perseverar no seu amor até a morte. Amém. (Reza o ato de contrição).

    
7. A SÃO JOSÉ: Venho agora, meu querido pai, cheio de satisfação e júbilo agradecer-vos o benefício que por vossa intercessão alcancei nesta confissão. Confio que Deus perdoou-me. Foi um benefício incalculável pelo que vos dou graças, meu glorioso santo. Protegei-me para que doravante não cometa mais nenhuma falta. Dai-me força para quebrar os maus costumes, firmeza para afastar-me das ocasiões de pecado e eficácia em meus propósitos. Não me abandoneis sem vossa proteção. Creio que esta confissão é o princípio da nova vida. Amém.

    
8. Oração da alma penitente - Pe. Baudrand
   Jesus, que podeis fazer mais do que ouso pedir-vos, concedei-me a graça de atrair para mim a vossa misericórdia por uma humilde e sincera penitência, de ganhar vosso juízo favorável por uma rápida conversão e de me conceder uma eternidade feliz pelo bom emprego do tempo. Que nenhum dos meus dias não seja preenchido por vossa glória e pela minha salvação, nenhum que eu não veja como o último de minha vida. Sejam eles preenchidos tão perfeitamente pela religião, pela caridade, pela humildade e por todas as virtudes cristãs, que não haja nenhum que não seja um degrau para chegar a esse dia sem noite e sem fim, a esses anos eternos que devem neste mundo ocupar e abrasar o meu coração e torná-lo um dia inteiramente feliz em vosso seio adorável. Fiat, fiat.

   
9. Eis me aqui, Senhor, confundido e penetrado de dor à vista de minhas faltas. Detesto-as, em Vossa presença, com grande pesar de ter ofendido um Deus tão bom, e digno de ser amado. Castigai-me, se quiserdes; sim, que sou ingrato. Como levei tão longe a minha malícia e iniquidade, até ofender um Deus que se deu à morte por mim! Peço-vos humildemente perdão de minhas faltas, e rogo-Vos me concedais a graça de fazer desde hoje até à morte uma sincera penitência.

    
10. Meu Senhor Jesus, Tu cujo amor por mim foi suficientemente grande para Te fazer descer do céu para me salvar, querido Senhor, mostra-me o meu pecado, mostra-me a minha indignidade, ensina-me a arrepender-me sinceramente, perdoa-me na Tua misericórdia. Peço-Te, meu querido Salvador, que tomes posse da minha pessoa. Só o Teu perdão o pode fazer; não posso salvar-me sozinho; não sou capaz de recuperar o que perdi. Sem Ti, não posso voltar-me para Ti, nem agradar-Te. Se apenas contar com as minhas forças, irei de mal a pior, vou fraquejar completamente, vou endurecer por negligência. Farei de mim o centro de mim próprio, em vez de o fazer de Ti. Adorarei qualquer ídolo moldado por mim, em vez de Te adorar a Ti, o único verdadeiro Deus, o meu Criador, se não mo impedires com a Tua graça. Oh meu querido Senhor, escuta-me! Já vivi o suficiente neste estado: a pairar, indeciso e medíocre; quero ser o Teu fiel servidor, não quero pecar mais. Sê misericordioso para comigo, faz com que me seja possível, pela Tua graça, tornar-me naquilo que sei que devia ser. (John Henry Newman).

    
11. Oração de ação de graças (do ofício de Ação de Graças).
    Senhor Jesus Cristo nosso Deus, vida e força de todos aqueles que colocam sua fé Nele e Cuja bondade e amor por nós são infinitos! Nós, Teus indignos servos com temor nos prostramos diante de Tua magnitude, e Te trazemos nossos agradecimentos por Tua piedosa bondade a nós revelada. Nós Te louvamos, Te adoramos, Te glorificamos, Te veneramos e humildemente de novo Te damos graças. Com humildade pedimos a Tua incontável misericórdia: Como outrora Tu aceitaste nossas súplicas e as atendeste, assim também no futuro, permita que possamos permanecer no Teu amor, no amor ao próximo e em todas as boas ações. Permita também que sempre possamos Te agradecer e Te louvar junto com Teu Pai, Santo e Onipotente e o Espírito Santo, Amém.

    
12. Oração de Agradecimento
    Ó bondade, ó misericórdia infinita do meu Deus! Graças Vos rendo por me haverdes perdoado os meus pecados, e de novo os detesto de todo o meu coração. Concedei-me a graça, meu Salvador, pela virtude do Sacramento da Penitência que acabo de receber, de não recair nestes pecados, e de levar de hoje em diante uma vida toda nova, sempre assistido pela vossa graça e perseverando no vosso amor até a hora da minha morte. Amém.

    1 Pai Nosso, 10 Ave Marias e 1 Glória ao Pai
.





3. AUXILIO PARA EXAMINAR E ANOTAR OS PECADOS:

O que segue não é um “catálogo” completo dos pecados. É apenas um auxílio. Cada um analisa a sua própria consciência, como também as circunstâncias dos atos cometidos. Deve-se evitar a escrupulosidade, que poderia se tornar um tormento insuportável para o penitente. Da mesma forma não se deve ser superficial, mas na calma, com sinceridade e seriedade, olhar o verdadeiro estado espiritual da nossa vida.

O exame de consciência pode ser feito em referência aos Mandamentos de Deus e da Igreja, como também, analisando os três relacionamentos básicos: com Deus (e com a Igreja), com o próximo e consigo mesmo.

A. EXAME DE CONSCIÊNCIA PARA ADULTOS:

a. PECADOS EM RELAÇÃO AOS DEVERES PARA COM DEUS.

• O Senhor disse: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração” (Dt 6,5).
• Não amar a Deus sobre todas as coisas.
• Preocupar-se demais com as coisas terrenas.
• Usar o nome de Deus sem respeito. Blasfemar contra Deus.
• Não participar da Missa ou das Celebrações aos domingos e Dias de Guarda.
• Não participar da Missa piedosa, atenciosa e ativamente.
• Receber indignamente qualquer um dos Sacramentos.
• Não rezar todos os dias. Rezar de qualquer jeito, com pressa, sem pensar.
• Não aprofundar a fé através da catequese, da participação dos cursos, retiros, seminários, do estudo da Bíblia e Catecismo.
• Ler livros contra a religião.
• Ter vergonha de ser cristão-católico.
• Não ter confiança em Deus e na sua misericórdia.
• Duvidar de verdades reveladas por Deus e ensinadas pela Igreja.
• Jurar falso ou sem necessidade.
• Não cumprir votos e promessas feitas a Deus. Ser supersticioso.
• Consultar espíritos, feiticeiros, benzedores, pais de santos, cartomantes, etc.
• Abandonar a Igreja para se tornar indiferente ou adepto de uma seita.
• Falar mal de Deus, de Nossa Senhora, dos santos, da Igreja ou de seus ministros.
• Trabalhar sem necessidade aos domingos e dias santos ou mandar os outros trabalharem.
• Não se confessar ao menos uma vez ao ano.
• Ocultar por qualquer motivo algum pecado durante a confissão.
• Não jejuar nos dias e nos tempos de penitência.
• Não guardar jejum eucarístico, uma hora antes da Comunhão.
• Não ajudar a Igreja nas suas despesas e necessidades.
• Não participar dos eventos, das obras de apostolado e de caridade promovidos pela Igreja.
• Não pagar o dízimo de acordo com a posição econômica.
• Vestir-se indecentemente (roupa curta, transparente, imprópria em geral), principalmente nas celebrações da Igreja.
• Portar-se indevidamente na Igreja (conversar, distrair-se voluntariamente, não prestar atenção...).
• Não se comportar como cristão na vida pública e particular.

b. PECADOS EM RELAÇÃO AO PRÓXIMO. 

• O Senhor disse: “Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei” (J 13,34).
• Não amar o próximo verdadeiramente.
• Utilizá-lo para o proveito próprio, fazendo-lhe o que não se deseja para si mesmo.
• Escandalizar o próximo com palavras ou ações.
• Julgar e falar mal dos outros (até mesmo a verdade).
• Falar mal das pessoas ou das instituições, baseando-se apenas nos boatos ou suspeitas.
• Revelar, sem motivo justo, graves defeitos alheios.
• Caluniar.
• Atribuir ao próximo defeitos que não eram verdadeiros.
• Não reparar os prejuízos que isso causou.
• Ter ódio.
• Afastar-se do próximo por qualquer desentendimento, inimizade ou injúria.
• Não querer perdoar.
• Não aceitar o perdão.
• Deixar-se levar pela ira, magoando ou humilhando os outros.
• Não procurar a reparação dos danos.
• Fazer distinção entre as pessoas.
• Ter inveja.
• Ter ciúmes.
• Não querer que os outros estejam bem.
• Desejar mal aos outros.
• Maltratar alguém com palavras ou ações.
• Brigar.
• Xingar.
• Vingar-se.
• Rogar praga.
• Desprezar.
• Zombar, principalmente os pobres, velhos, deficientes ou de outra raça.
• Não contribuir para o bem da família pela paciência, tolerância, solidariedade.
• Não obedecer e não respeitar os pais, superiores, autoridades constituídas.
• Ter vergonha dos pais.
• Não ajudar os pais quando velhos, doentes, necessitados.
• Não criar e não cuidar devidamente da educação religiosa dos filhos.
• Desleixar a obrigação de ajudar aos filhos cumprirem os seus deveres religiosos.
• Ser autoritário e não buscar o diálogo com os filhos.
• Dar mau exemplo aos filhos ou subordinados, não cumprindo os seus deveres religiosos, familiares, sociais ou profissionais.
• Opor-se à vocação do filho (ou a dos outros).
• Não ser fiel ao marido (à esposa) em desejos e relacionamentos com os outros.
• Não cumprir os deveres conjugais de marido (de esposa).
• Desperdiçar o dinheiro no jogo, na bebida etc.
• Dar mais atenção aos amigos do que à própria família.
• Não socorrer os necessitados e pobres. Explorar o outro.
• Não pagar o salário justo ao empregado. Ser egoísta.
• Prejudicar o outro usando de peso e medidas falsas, enganando nas mercadorias e nos negócios.
• Roubar.
• Furtar ou ser cúmplice.
• Reter a propriedade alheia contra a vontade do dono. Aceitar ou comprar as coisas roubadas.
• Não pagar impostos. Estragar as coisas dos outros.
• Ficar com coisas emprestadas.
• Não ser honesto e responsável no emprego.
• Deixar de pagar as dívidas. Ser desleal.
• Violar segredos.
• Mentir.
• Levantar calúnia e não reparar os danos.
• Deixar de advertir o próximo de algum perigo material ou espiritual, ou de corrigi-lo, como exige a caridade cristã.
• Prestar falso testemunho.
• Ser orgulhoso.
• Não impedir ou levar outros ao pecado.
• Matar.
• Ferir ou espancar alguém.
• Praticar o aborto, aconselhar ou ajudar na sua realização.
• Provocar o acidente ou um mal qualquer pela imprudência ou negligência.
• Não respeitar as leis do trânsito.
• Não respeitar os direitos dos outros.
• Usar o cargo ou autoridade para o interesse pessoal ou para dominar os outros.
• Abusar da confiança dos superiores.
• Prejudicar os superiores, subordinados ou colegas, causando-lhes um dano.
• Tolerar abusos ou injustiças que tinha obrigação de impedir.
• Deixar que pela preguiça acontecessem prejuízos no trabalho.
• Calar diante da injustiça e da falsidade.
• Recusar a dar testemunho de inocência do próximo.
• Trabalhar exageradamente, sem ter tempo para Deus, família e lazer.
• Não dedicar o tempo para o estudo, trabalho, oração, lazer. Não respeitar a intimidade e a privacidade dos outros (vida familiar, correspondência, mídia, telefone).
• Perturbar os outros pelo som alto, vida noturna barulhenta, etc.

c. PECADOS EM RELAÇÃO A SI MESMO

• O Senhor disse: “Sede perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5,48).
• Viver ignorando a Deus e os seus mandamentos.
• Não se esforçar para progredir na vida espiritual por meio da oração, da leitura da Palavra de Deus, da participação dos sacramentos e da mortificação.
• Não se esforçar pela própria santificação.
• Não praticar a abstinência e o jejum conforme manda a Igreja.
• Não usar devidamente o tempo e os dons recebidos de Deus.
• Prejudicar a saúde por excesso de comida e bebida; pelo fumo, álcool, drogas.
• Arriscar a vida sem necessidade.
• Desejar ou tentar suicidar-se. Fazer chantagem.
• Ser avarento, acumulando para si mesmo.
• Ser preguiçoso, vaidoso, sensual.
• Ter pensamentos e desejos impuros voluntariamente.
• Praticar atos contra a castidade (carícias, relações sexuais fora ou antes do casamento, masturbação, homossexualismo).
• Entreter-se com os olhares impuros ou aceitar sensações impuras.
• Seduzir as pessoas a pecarem contra a castidade.
• Usar os produtos anticoncepcionais.
• Tomar os “remédios” para evitar os filhos.
• Aconselhar os outros a tomá-los. Praticar danças eróticas.
• Ler livros e olhar revistas pornográficas. Assistir filmes pornográficos e imorais.
• Escandalizar no modo de se vestir e brincar.
• Ser malicioso.
• Dar apoio aos programas de ação social e à política imoral ou anticristã.
• Dizer palavrões.
• Ser ocioso e não cumprir as suas obrigações.
• Ser irresponsável.
• Não evitar as ocasiões do pecado.
• Subornar e receber o suborno.
• Ser omisso em procurar evitar, na medida do possível, as injustiças, subornos, escândalos, roubos, fraudes e outros abusos que prejudicam a convivência social.
• Sempre impor a própria vontade sem respeitar a liberdade e direito alheios.
• Não aceitar com paciência as dores e contrariedades da vida.
• Agir contra a própria consciência por temor ou hipocrisia.

DEUS AMA O PECADOR. Esta é uma verdade fundamental do Evangelho. “Eis aqui uma prova brilhante do amor de Deus por nós: quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós” (Rom 5,8). A parábola sobre cem ovelhas (Mt 18,11-14) e a do “filho pródigo” (Lc 15,11-32) devem nos encorajar a lançar-nos no braços de Deus. Sem Ele não há vida e não é possível ser feliz afastando se da fonte de felicidade.





B. EXAME DE CONSCIÊNCIA PARA AS CRIANÇAS
 

O MEU COMPORTAMENTO COM DEUS

- Rezo todos os dias, devagar e com atenção, as orações da manhã e da noite?
- Lembro-me de Deus durante o dia?
- Tenho o mau hábito de falar dEle com pouco respeito?
- Participo da Santa Missa todos os domingos e dias de guarda sem preguiça?
- Escuto com atenção a Palavra de Deus?
- Acompanho bem as orações?
- Chego cedo à Missa e assisto de boa vontade, não atrapalhando os outros?
- Tenho o desejo de conhecer melhor Nosso Senhor?
- Quero fazer sempre o que Ele diz e comportar-me como Ele quer?
- Na igreja, comporto-me com respeito?
- Lembro-me de que a igreja é a casa de Deus, não corro, não converso durante a missa, não passo pelo altar sem cumprimentar Jesus no sacrário com uma genuflexão bem feita?
- Vou à igreja bem vestido, com uma roupa própria e descente?
- Amo Nossa Senhora e converso todas as noites com Ela?
- Rezo a Ave-Maria, pensando que Ela é a Mãe de Jesus e me ama como a um filho?
- Falo todas as manhãs com o Anjo da Guarda para que me acompanhe e me proteja durante todo o dia?
- Quando recebo uma boa notícia, agradeço ao Senhor todas as coisas boas que Ele me deu? Sei que não fui eu que fiz tudo e lembro que é um presente do meu Pai-Deus?
- Faço exame de consciência todas as noites antes de dormir?
O MEU COMPORTAMENTO COM A FAMILIA E COM O PRÓXIMO
- Sou respeitoso e carinhoso com o meu pai e a minha mãe?
- Sei agradecer o carinho que os meus pais têm por mim?
- Respondo com má educação ou os deixo tristes com o meu comportamento?
- Obedeço rapidamente aos meus pais, sem reclamar?
- Sei que aquilo que me dizem é para o meu bem?
- Falo sempre a verdade, mesmo que tenha que passar vergonha?
- Gosto de ajudar em casa?
- Falo sempre a verdade aos meus pais?
- Trato com respeito os meus avós e as pessoas mais velhas?
- Sou egoísta com as minhas coisas? Sei emprestá-las sempre e dividi-las com os meus irmãos e amigos?
- Sou respeitoso e carinhoso com o meus irmãos, familiares, amigos e desconhecidos?
- Na escola, comporto-me bem com todos?
- Assisto bem às aulas, sem conversar enquanto o professor está ensinando ou sem perder o tempo ou atrapalhar meus colegas?
- Dedico ao estudo o tempo suficiente? E sem preguiça?
- Brigo com os meus companheiros?
- Evito as brigas quando sou provocado?
- Nas brincadeiras, não me importo em vencer ou perder, sou leal e respeito as regras do jogo?   
- Sei perder sem ficar com raiva?
- Sei ser amigo dos meus companheiros e ajuda-los nas necessidades?
- Faço brincadeiras de mau-gosto com eles?
- Sei perdoar os colegas quando me fazem um pequeno desaforo?
- Tenho inveja das coisas que eles fazem ou que eles têm?
- Sou sincero em minhas amizades?
- Falo sempre a verdade, mesmo que me custe?
- Invento coisas?
- Minto?
- Faço fofocas?
- Digo que fiz coisas certas, quando na verdade fiz tudo errado e mal feito?
- Sou mal-educado com os meus pais, professores, parentes, amigos ou estranhos?
O MEU COMPORTAMENTO COMIGO MESMO 
- Peguei coisas que não são minhas sem pedir?
- Roubei alguma coisa, até mesmo de pouco valor?
- Uso mal as minhas coisas, as desperdiço ou as estrago?
- Deixo de pegar para mim algumas coisas de que gosto, para oferecê-las a Jesus e dá-las aos pobres?
- Faço logo as coisas que devo fazer?
- Tenho má vontade e preguiça?
- Escolho as coisas mais fáceis e deixo as mais difíceis para a última hora?
- Faço todos os dias os meus deveres da escola?
- Sigo sempre as orientações dos professores?
- Deixo as coisas pela metade, faço tudo até o fim?
- Sou desordenado?
- Deixo as coisas que uso jogadas de qualquer jeito?
- Sei ter e seguir um horário?
- Sou pontual nos meus compromissos?
- Falto à aula por preguiça?
- Sou guloso e caprichoso demais?
- Estou sempre reclamando?
- Sei contentar-me com o que me dão?
- Me deixei levar pela curiosidade ruim?
- Olhei revistas e fotografias indecentes, ou programas (filmes etc.) de televisão que não prestam?
- Joguei jogos (brincadeiras, vídeo-games etc.) que não prestam?
- Sei ter respeito por mim mesmo e pelo meu corpo?
- Evito gestos ou atos contrários à santa pureza?
- Cuido da higiene e da modéstia?
- Uso uma linguagem grosseira?
- Falo palavrões?
- Ofendo os outros?

4. AUXÍLIOS ULTERIORES PARA UMA BOA CONFISSÃO.

a. São boas leituras ou manuais piedosos de como preparar esse sacramento que nos foi dado para nosso bem.  

  1. A Confissão
  2. A Contrição Perfeita – uma Chave para o Céu
  3. A Penitência ou Confissão (FSSPX)
  4. A Santa Confissão - Livreto Antigo (oito páginas)
  5. Breve Preparação para a Confissão
  6. Como Devemos Confessar
  7. Confessai-vos Bem – Pe. Luis Chiavarino
  8. Confessar-Se Com O Auxílio De São José
  9. Confissão Breve
  10. Eu me Confesso
  11. Exame de Consciência dum Cristão Medíocre - Jacques Debout
  12. Exame de Consciência I (com pecados)
  13. Exame de Consciência I (só os Pecados) formulário de ajuda
  14. Exame de Consciência para Adultos
  15. Exame de Consciência para Confissão
  16. Exame de Consciência para Crianças
  17. Modo prático de fazer o Exame de Consciência
  18. O Conhecimento De Si Próprio
  19. O funestíssimo porque tantas confissões mal feitas
  20. O pequeno número dos que são salvos - São Leonardo de Porto Maurício
  21. O Sacramento da Confissão (capela.org)
  22. O Sacramento da Confissão. Confessai-vos bem !!!
  23. O Sacramento da Penitência
  24. O Sacramento da Penitência II
  25. Os Sete Pecados Capitais Segundo São Gregório Magno E São Tomás De Aquino.
  26. Para confessar bem (folder)
  27. Pequeno Catecismo da Penitência
  28. Preparação à Confissão (completo)
  29. Preparação à Confissão (folder)
  30. Reflexões Para Confissões
  31. Sentenças e avisos úteis para a direção da alma no caminho da perfeição cristã
  32. Sermões de São João Maria Vianney o Cura D’Ars
  33. Sobre a Confissão (folder)
  34. Tu e a confissão

Fonte:

http://farfalline.blogspot.com.br/

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Símbolos e Significados

A palavra "símbolo" é derivada do grego antigo  symballein , que significa agregar. Seu uso figurado originou-se no costume de quebrar um bloco de argila para marcar o término de um contrato ou acordo: cada parte do acordo ficaria com um dos pedaços e, assim, quando juntassem os pedaços novamente, eles poderiam se encaixar como um quebra-cabeça. Os pedaços, cada um identificando uma das pessoas envolvidas, eram conhecidos como  symbola.  Portanto, um símbolo não representa somente algo, mas também sugere "algo" que está faltando, uma parte invisível que é necessário para alcançar a conclusão ou a totalidade. Consciente ou inconscientemente, o símbolo carrega o sentido de unir as coisas para criar algo mair do que a soma das partes, como nuanças de significado que resultam em uma ideia complexa. Longe de objetivar ser apologética, a seguinte relação de símbolos tem por objetivo apenas demonstrar o significado de cada um para a cultura ou religião que os adotou.

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Pai Nosso - Um dia, em certo lugar, Jesus rezava. Quando terminou, um de seus discípulos pediu-lhe: “Senhor, ensina-nos a orar como João ensinou a seus discípulos”. È em resposta a este pedido que o Senhor confia a seus discípulos e à sua Igreja a oração cristã fundamental, o  Pai-Nosso. Pai Nosso que estais no céu... - Se rezamos verdadeiramente ao  "Nosso Pai" , saímos do individualismo, pois o Amor que acolhemos nos liberta  (do individualismo).  O  "nosso"  do início da Oração do Senhor, como o "nós" dos quatro últimos pedidos, não exclui ninguém. Para que seja dito em verdade, nossas divisões e oposições devem ser superadas. É com razão que estas palavras "Pai Nosso que estais no céu" provêm do coração dos justos, onde Deus habita como que em seu templo. Por elas também o que reza desejará ver morar em si aquele que ele invoca. Os sete pedidos - Depois de nos ter posto na presença de Deus, nosso Pai, para adorá-lo