Iniciava a noite. O padre José, depois de ter cumprido com suas obrigações, fechava a igreja para ir à casa paroquial rezar o Breviário – oração obrigatória a todos os padres. Ia caminhando pela rua e observou que não tardaria a chover. Chegando em sua casa, se acomodou na cadeira e começou a rezar o Ofício Divino (Breviário).
Essa oração, na verdade composta de várias orações e leituras magníficas, compõe um livro, que se reza de conformidade com o tempo litúrgico. Ao terminar de rezar, já tarde da noite, resolveu ir dormir. A chuva já se fazia forte. Adormeceu por volta das 23 horas. Porém, muito cansado pelos afazeres do dia, teve um pesadelo.
Essa oração, na verdade composta de várias orações e leituras magníficas, compõe um livro, que se reza de conformidade com o tempo litúrgico. Ao terminar de rezar, já tarde da noite, resolveu ir dormir. A chuva já se fazia forte. Adormeceu por volta das 23 horas. Porém, muito cansado pelos afazeres do dia, teve um pesadelo.
Sonhou que à meia noite, ao badalar dos sinos do grande relógio de parede, alguém batia na porta com muita força e insistentemente. Ainda em sonhos, levantou e foi ver o que estava ocorrendo.
“Quem será que bate apavoradamente, numa hora dessas...” – pensou.
Abriu a porta, e debaixo daquela chuva torrencial, um homem todo encapotado lhe falou:
- “Padre, por favor, minha mulher está morrendo, precisa vir comigo para lhe dar a extrema unção.”
Em sonhos, o padre pensava:
“Pode ser um bandido, pode ser uma mentira...” - a chuva estava muito forte e fazia frio – “mas pode ser verdade também.”
A indecisão: ia ou não ia atender aquele pedido aflito, pois o homem tinha aparência meio suspeita. Enfim, pensou um pouco e decidiu ir, pois se fosse verdade, não deveria deixar de dar os últimos sacramentos para uma moribunda.
- “Espere um pouco, meu filho. Vou colocar um agasalho melhor.”
E assim, depois de preparado para enfrentar a chuva e os perigos que poderiam advir, o padre apareceu novamente, fechando a porta para acompanhar o estranho.
Naquela época se andava de carruagem, e tendo subido nela, o cavalo começou a galopar desenfreadamente.
Como andava muito e nunca chegava o padre colocou a cabeça para fora e perguntou:
- “Meu filho, ainda falta muito?”
Ao que o estranho que estava dirigindo a carruagem gritou entre o barulho da chuva e trovões:
- “Já, já chegamos, padre. Estou fazendo o que posso para chegar logo”.
A carruagem chacoalhava muito, os cavalos corriam sem parar. Parecia que a coisa era realmente grave e séria. Passado mais algum tempo, e nenhuma casa pelo caminho... Só estrada de terra molhada. O padre estava ficando impaciente. Mais uma vez perguntou:
- “Meu filho, onde está sua mulher? Demora muito ainda?”
Ao que o estranho respondeu:
- “Já chegamos, é logo ali depois da fileira de árvores.”
Passado a fileira de árvores, realmente apareceu uma casinha muito humilde e pequena.
O estranho desceu, abriu a porta para o Padre lhe ajudando a descer da carruagem.
A porta da casa já estava meia aberta, o padre a empurrou e se viu numa sala pequena. Depois da sala uma cortina grossa. O padre perguntou:
- “Onde está sua mulher?”
O estranho respondeu:
- “No quarto, atrás da cortina, pode entrar”.
Ao que o padre abriu a cortina, detrás dela apareceu um horrível demônio com uma faca na mão tentando esfaqueá-lo desesperadamente e com muito ódio.
Ante tal pesadelo, o padre acordou assustado. Suspirava muito e suava frio de susto. Mas percebeu que não foi só o pesadelo que o havia acordado. Mas o som muito forte de alguém batendo desesperadamente em sua porta. O relógio estava tocando suas badaladas, pois era meia noite, assim como no pesadelo que tivera.
O padre mais assustado ainda, pensou:
“Quem poderia ser numa hora dessas... Talvez eu não devesse abrir a porta. O pesadelo pode ter sido um aviso de Deus. Pode ser um bandido que poderia me assaltar e assassinar.”
No entanto a pessoa, não parava de bater na porta e cada vez mais forte, com muita insistência. O padre pensou:
“Não se deve dar importância aos sonhos, afinal foi apenas um pesadelo, apesar da coincidência.”
Caminhou até a porta e abriu a porta. O susto foi tão grande que quase o padre tombou para trás. Era o mesmo estranho do sonho que lhe pedia:
- “Padre, por favor, minha mulher está morrendo, precisa vir comigo para lhe dar a extrema unção.”
O padre pensou:
“Não pode ser possível... a mesma pessoa do sonho... o mesmo pedido de ajuda... a mesma noite de tempestade, as mesmas badaladas do relógio... Era um aviso realmente.”
- “Meu filho, não poderei ir lhe atender, a chuva está forte e a noite muito fria.” – disse-lhe o padre com muito medo.
Ao que o estranho respondeu:
- “Padre, eu vos suplico, somos uma família católica. O Sr. não pode deixar minha mulher morrer sem os últimos sacramentos.”
O padre vendo o desespero na face do estranho, novamente pensou que não deveria dar atenção ao pesadelo. Além do mais não deveria deixar de dar os últimos sacramentos para uma moribunda. Assim lhe disse:
- “Espere um pouco, meu filho. Vou colocar um agasalho melhor.”
E assim, depois de preparado para enfrentar a chuva e os perigos que poderiam advir, o padre apareceu novamente, fechando a porta para acompanhar o estranho.
Tudo era coincidentemente igual ao pesadelo. O mesmo estranho, o mesmo pedido, a mesma carruagem, a mesma noite chuvosa, os relâmpagos e os trovões...
O padre ia rezando para que Deus o protegesse.
Como andava muito e nunca chegava o padre colocou a cabeça para fora e perguntou:
- “Meu filho, ainda falta muito?”
Ao que o estranho que estava dirigindo a carruagem gritou entre o barulho da chuva e trovões:
- “Já, já chegamos, padre. Estou fazendo o que posso para chegar logo”.
Ora, esse diálogo já havia ocorrido no pesadelo. Tudo estava acontecendo igual.
A carruagem chacoalhava muito, os cavalos corriam sem parar.
Então o padre pensou:
“Não vou perguntar mais nada, pois assim não fica igual ao pesadelo que eu tive...”
Mas a demora era demasiada, a paciência se esgotava, nunca se chegava ao local...
Então o padre não agüentou e perguntou:
- “Meu filho, onde está sua mulher? Demora muito ainda?”
Ao que o estranho respondeu:
- “Já chegamos, é logo ali depois da fileira de árvores.”
Nossa! Que coisa terrível. Tudo estava acontecendo igual o pesadelo que o padre tivera.
Passado a fileira de árvores, realmente apareceu uma casinha muito humilde e pequena.
O estranho desceu, abriu a porta para o Padre lhe ajudando a descer da carruagem.
A porta da casa já estava meia aberta, o padre a empurrou e se viu numa sala pequena. Depois da sala uma cortina grossa. O padre perguntou:
- “Onde está sua mulher?”
O estranho respondeu:
- “No quarto, atrás da cortina, pode entrar”.
A dúvida. E agora? O que o padre deveria fazer? Até então tudo estava igual ao pesadelo. O pesadelo deveria ser um aviso mesmo. A indecisão: abre ou não abre a cortina....
Então o padre respirou fundo, fez o sinal da Cruz, tomou um ato de coragem e com a cruz na mão, afastou a cortina....
Depois da cortina, lá estava a mulher numa cama... deitada já quase em agonia.
O padre mais do que depressa deu-lhe a extrema unção, rezando pela moribunda.
Tão logo acabou de ministrar os sacramentos, a mulher deu um último suspiro e entregou sua alma a Deus.
O estranho - que era marido daquela mulher -, e o padre se puseram a chorar copiosamente, e de joelhos agradeceram a GRAÇA de Deus pelo fato de ter dado tempo da mulher receber os últimos sacramentos antes de seu último suspiro.
O Padre então percebera: o pesadelo foi obra do demônio, para impedir aquela mulher de receber os últimos sacramentos, tentando afasta-lo daquela moribunda.
Tomemos muito cuidado, pois o demônio é mestre na arte de perder as almas. Não tenhamos medo de nada, sejamos heróis na prática da virtude.
(re-publicado a pedido de um sacerdote)
“Quem será que bate apavoradamente, numa hora dessas...” – pensou.
Abriu a porta, e debaixo daquela chuva torrencial, um homem todo encapotado lhe falou:
- “Padre, por favor, minha mulher está morrendo, precisa vir comigo para lhe dar a extrema unção.”
Em sonhos, o padre pensava:
“Pode ser um bandido, pode ser uma mentira...” - a chuva estava muito forte e fazia frio – “mas pode ser verdade também.”
A indecisão: ia ou não ia atender aquele pedido aflito, pois o homem tinha aparência meio suspeita. Enfim, pensou um pouco e decidiu ir, pois se fosse verdade, não deveria deixar de dar os últimos sacramentos para uma moribunda.
- “Espere um pouco, meu filho. Vou colocar um agasalho melhor.”
E assim, depois de preparado para enfrentar a chuva e os perigos que poderiam advir, o padre apareceu novamente, fechando a porta para acompanhar o estranho.
Naquela época se andava de carruagem, e tendo subido nela, o cavalo começou a galopar desenfreadamente.
Como andava muito e nunca chegava o padre colocou a cabeça para fora e perguntou:
- “Meu filho, ainda falta muito?”
Ao que o estranho que estava dirigindo a carruagem gritou entre o barulho da chuva e trovões:
- “Já, já chegamos, padre. Estou fazendo o que posso para chegar logo”.
A carruagem chacoalhava muito, os cavalos corriam sem parar. Parecia que a coisa era realmente grave e séria. Passado mais algum tempo, e nenhuma casa pelo caminho... Só estrada de terra molhada. O padre estava ficando impaciente. Mais uma vez perguntou:
- “Meu filho, onde está sua mulher? Demora muito ainda?”
Ao que o estranho respondeu:
- “Já chegamos, é logo ali depois da fileira de árvores.”
Passado a fileira de árvores, realmente apareceu uma casinha muito humilde e pequena.
O estranho desceu, abriu a porta para o Padre lhe ajudando a descer da carruagem.
A porta da casa já estava meia aberta, o padre a empurrou e se viu numa sala pequena. Depois da sala uma cortina grossa. O padre perguntou:
- “Onde está sua mulher?”
O estranho respondeu:
- “No quarto, atrás da cortina, pode entrar”.
Ao que o padre abriu a cortina, detrás dela apareceu um horrível demônio com uma faca na mão tentando esfaqueá-lo desesperadamente e com muito ódio.
Ante tal pesadelo, o padre acordou assustado. Suspirava muito e suava frio de susto. Mas percebeu que não foi só o pesadelo que o havia acordado. Mas o som muito forte de alguém batendo desesperadamente em sua porta. O relógio estava tocando suas badaladas, pois era meia noite, assim como no pesadelo que tivera.
O padre mais assustado ainda, pensou:
“Quem poderia ser numa hora dessas... Talvez eu não devesse abrir a porta. O pesadelo pode ter sido um aviso de Deus. Pode ser um bandido que poderia me assaltar e assassinar.”
No entanto a pessoa, não parava de bater na porta e cada vez mais forte, com muita insistência. O padre pensou:
“Não se deve dar importância aos sonhos, afinal foi apenas um pesadelo, apesar da coincidência.”
Caminhou até a porta e abriu a porta. O susto foi tão grande que quase o padre tombou para trás. Era o mesmo estranho do sonho que lhe pedia:
- “Padre, por favor, minha mulher está morrendo, precisa vir comigo para lhe dar a extrema unção.”
O padre pensou:
“Não pode ser possível... a mesma pessoa do sonho... o mesmo pedido de ajuda... a mesma noite de tempestade, as mesmas badaladas do relógio... Era um aviso realmente.”
- “Meu filho, não poderei ir lhe atender, a chuva está forte e a noite muito fria.” – disse-lhe o padre com muito medo.
Ao que o estranho respondeu:
- “Padre, eu vos suplico, somos uma família católica. O Sr. não pode deixar minha mulher morrer sem os últimos sacramentos.”
O padre vendo o desespero na face do estranho, novamente pensou que não deveria dar atenção ao pesadelo. Além do mais não deveria deixar de dar os últimos sacramentos para uma moribunda. Assim lhe disse:
- “Espere um pouco, meu filho. Vou colocar um agasalho melhor.”
E assim, depois de preparado para enfrentar a chuva e os perigos que poderiam advir, o padre apareceu novamente, fechando a porta para acompanhar o estranho.
Tudo era coincidentemente igual ao pesadelo. O mesmo estranho, o mesmo pedido, a mesma carruagem, a mesma noite chuvosa, os relâmpagos e os trovões...
O padre ia rezando para que Deus o protegesse.
Como andava muito e nunca chegava o padre colocou a cabeça para fora e perguntou:
- “Meu filho, ainda falta muito?”
Ao que o estranho que estava dirigindo a carruagem gritou entre o barulho da chuva e trovões:
- “Já, já chegamos, padre. Estou fazendo o que posso para chegar logo”.
Ora, esse diálogo já havia ocorrido no pesadelo. Tudo estava acontecendo igual.
A carruagem chacoalhava muito, os cavalos corriam sem parar.
Então o padre pensou:
“Não vou perguntar mais nada, pois assim não fica igual ao pesadelo que eu tive...”
Mas a demora era demasiada, a paciência se esgotava, nunca se chegava ao local...
Então o padre não agüentou e perguntou:
- “Meu filho, onde está sua mulher? Demora muito ainda?”
Ao que o estranho respondeu:
- “Já chegamos, é logo ali depois da fileira de árvores.”
Nossa! Que coisa terrível. Tudo estava acontecendo igual o pesadelo que o padre tivera.
Passado a fileira de árvores, realmente apareceu uma casinha muito humilde e pequena.
O estranho desceu, abriu a porta para o Padre lhe ajudando a descer da carruagem.
A porta da casa já estava meia aberta, o padre a empurrou e se viu numa sala pequena. Depois da sala uma cortina grossa. O padre perguntou:
- “Onde está sua mulher?”
O estranho respondeu:
- “No quarto, atrás da cortina, pode entrar”.
A dúvida. E agora? O que o padre deveria fazer? Até então tudo estava igual ao pesadelo. O pesadelo deveria ser um aviso mesmo. A indecisão: abre ou não abre a cortina....
Então o padre respirou fundo, fez o sinal da Cruz, tomou um ato de coragem e com a cruz na mão, afastou a cortina....
Depois da cortina, lá estava a mulher numa cama... deitada já quase em agonia.
O padre mais do que depressa deu-lhe a extrema unção, rezando pela moribunda.
Tão logo acabou de ministrar os sacramentos, a mulher deu um último suspiro e entregou sua alma a Deus.
O estranho - que era marido daquela mulher -, e o padre se puseram a chorar copiosamente, e de joelhos agradeceram a GRAÇA de Deus pelo fato de ter dado tempo da mulher receber os últimos sacramentos antes de seu último suspiro.
O Padre então percebera: o pesadelo foi obra do demônio, para impedir aquela mulher de receber os últimos sacramentos, tentando afasta-lo daquela moribunda.
Tomemos muito cuidado, pois o demônio é mestre na arte de perder as almas. Não tenhamos medo de nada, sejamos heróis na prática da virtude.
(re-publicado a pedido de um sacerdote)