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"Depois que comecei a estudar, não vejo mais grades", diz preso de SP que faz pedagogia

  • Fernando Donasci/UOL
    Da esquerda para a direita: Antonio Marcos de Freitas, Venilton Leonardo Vinci , Benedito Paulo Reis e Matheus Henrique Daniel, condenados na penitenciária 1 de Serra Azul (SP) Da esquerda para a direita: Antonio Marcos de Freitas, Venilton Leonardo Vinci , Benedito Paulo Reis e Matheus Henrique Daniel, condenados na penitenciária 1 de Serra Azul (SP)
O ensino a distância chegou à Penitenciária 1 de Serra Azul, a 300 km da capital paulista, e está transformando a realidade de detentos, como Venilton Leonardo Vinci, 52, que estuda licenciatura em pedagogia desde o início de 2010. Se mantiver o ritmo de estudos, no fim de 2013, ele será o primeiro preso a concluir um curso superior no regime fechado no Estado de São Paulo. "Depois que comecei a estudar, não vejo mais grades", afirma.

Aula no presídio de Serra Azul, no interior de SP

  • Fernando Donasci/UOL
Vinci está preso há seis anos, condenado por assaltos reincidentes e por um flagrante de homicídio. Ainda lhe faltam 22 anos para “pagar a dívida com a Justiça”, como ele diz. Até lá, o reeducando mantém um dia a dia de estudo e trabalho, o que inclui ser professor de alfabetização na escola do presídio.
A primeira prisão de Vinci ocorreu em 1979 e, desde então, voltou a ser detido sob diversas acusações. Durante os anos de cárcere em diferentes penitenciárias, Vinci começou a aprender inglês com um amigo de cela, e carrega uma Bíblia da Igreja Anglicana neste idioma, que consulta todos os dias. Em Serra Azul, concluiu o ensino médio e teve aulas de braile para auxiliar um detento cego. Um ano depois da conclusão, foi convidado a participar do curso de pedagogia na modalidade de EAD (Ensino a Distância).
Na faculdade de pedagogia, além de Vinci, outros três detentos fazem o curso: Antonio Marcos de Freitas, 39, Benedito Paulo Reis, 52, e Matheus Henrique Daniel, 30. Todos trabalham como monitores da Funap (Fundação Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel de Amparo ao Trabalhador Preso).
A contrapartida é a redução de pena (a cada três dias trabalhados, um dia de detenção é eliminado). Alguns juízes também decidem pela diminuição de um dia de prisão a cada 12 horas de estudo.

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