GIANNA BERETTA Molla era filha de Alberto Bereta e Maria de Micheli, ambos da Ordem 3ª Franciscana. O casal tinha onze filhos quando ela nasceu, em Magenta (Milão, Itália), a 4 de outubro de 1922, dia de São Francisco.
A 4 de abril de 1928, com cinco anos, ela fez a Primeira Comunhão. Desde esse dia, mesmo muito pequena, todos os dias acompanhava sua mãe à Santa Missa. Foi crismada dois anos depois, na Catedral de Bérgamo. Durante os anos de estudos e na universidade, enquanto se dedicava aos deveres, praticava a sua fé participando da Ação Católica e na caridade para com os idosos e necessitados, na Conferência de São Vicente de Paulo. Formou-se com louvor em medicina e cirurgia em 1949, e em 1950 abriu seu consultório médico. Entre seus clientes, demonstrava especial cuidado para com as mães, crianças, idosos e pobres.
Especializou-se em pediatria na Universidade de Milão em 1952, mas frequentou a Clínica Obstétrica Mangiagalli: por seu grande amor às crianças e às mães, pretendia unir-se ao seu irmão, Pe. Alberto, médico e missionário no Brasil. Ele, com a ajuda de seu outro irmão engenheiro, Francesco, construíram um hospital na cidade de Grajaú, Estado do Maranhão. Gianna, por sua saúde frágil, foi desaconselhada de ir ao Brasil.
Gianna era uma ardorosa defensora da vida, sobretudo das crianças, nascituras ou já nascidas. Dizia: “O direito à vida da criança é igual ao direito à vida da mãe! O médico não pode decidir. É um pecado matar no seio materno!”...
A quarta e quinta gravidez de Gianna terminaram em aborto espontâneo no segundo mês, sem explicação aparente. Em 1961, ela se viu grávida pela sexta vez. Como médica, sabia muito bem as complicações e os riscos da nova gravidez. Mas isso de modo algum diminuiu o amor pelo novo filho, amado e desejado como os outros.
A quarta e quinta gravidez de Gianna terminaram em aborto espontâneo no segundo mês, sem explicação aparente. Em 1961, ela se viu grávida pela sexta vez. Como médica, sabia muito bem as complicações e os riscos da nova gravidez. Mas isso de modo algum diminuiu o amor pelo novo filho, amado e desejado como os outros.
Mas um enorme tumor tomara conta de seu útero. Seria necessário extirpá-lo. A cirurgia proposta para o caso era a histerectomia, ou seja, a remoção do útero. O objetivo não era matar a criança, mas retirar o órgão canceroso, onde, por acaso, estava a criança. A cirurgia seria necessária mesmo que Gianna não estivesse grávida, e a morte da criança seria um segundo efeito da cirurgia. Fazer a operação, neste caso, não seria um pecado. Mas Gianna, livre e heroicamente, recusou-se. Dizia ela: “A mãe dá a vida pelo filho!”.
Depois de grandes sofrimentos, no dia 21 de abril de 1962, o cirurgião fez uma cesariana e retirou do ventre de Gianna uma linda criança de quatro quilos e meio: uma menina! Seu pai lhe daria no Batismo o nome de Gianna Emanuela. “Gianna” em homenagem à mãe; “Emanuela” que quer dizer “Deus conosco”, para louvar a Presença de Deus entre os homens. Gianna tanto desejara aquela criança... Mas agora tinha que deixá-la. Essa grande mãe sabia que não poderia desfrutar da presença de Emanuela. Revelou Gianna a sua irmã missionária, que acabara de chegar da longínqua Índia, Ir. Madre Virgínia: “Finalmente estás aqui! Se soubesses, Ginia, quanto se sofre por ter de morrer quando se deixam os meninos todos pequeninos...”.
Em 25 de abril, Gianna fez a seguinte confidência a seu esposo: “Agora estou curada. Pietro, eu estava já no Além, e se soubesses o que eu vi... Um dia te direi. Mas como éramos demasiado felizes, estávamos muito bem, com nossos meninos maravilhosos, cheios de saúde e de graça e com todas as bênçãos do Céu, mandaram-me cá para baixo, para sofrer ainda, porque não é justo apresentarmo-nos ao Senhor sem sofrimentos”.
Disse Pietro depois: “Desde aquele momento, estou certo, Gianna nunca cessou, nos seus sofrimentos, nas suas agonias, a sua Comunhão com o Senhor e a sua comunicação com o Céu. Ela já não desejava que eu a acariciasse e beijasse: já pertencia ao Céu”.
Morreu Gianna no dia 28 de abril de 1962, uma semana depois de dar à luz sua última filha. Em 1972 foi iniciada a causa de sua beatificação. Em 1992, o Bem-aventurado Papa João Paulo II reconheceu um milagre acontecido com a brasileira Lúcia Silva Cirilo (Maranhão) por intercessão de Gianna. Em 24 de abril de 1994, o Papa declarou Gianna bem-aventurada. No dia 4 de outubro de 1997, no II Encontro Mundial do Papa com as famílias, Gianna Emmanuela Molla (foto abaixo), que hoje é médica como a mãe, estava no Rio de Janeiro, no estádio do Maracanã, na presença do Santo Padre e de 200.000 pessoas. Elevou uma oração à sua bem-aventurada mãe, agradecendo por ter-lhe dado a vida duas vezes: pela geração e pelo martírio. Um momento emocionante e inesquecível.
Gianna com sua filha Gianna Emmanuela |
Morreu Gianna no dia 28 de abril de 1962, uma semana depois de dar à luz sua última filha. Em 1972 foi iniciada a causa de sua beatificação. Em 1992, o Bem-aventurado Papa João Paulo II reconheceu um milagre acontecido com a brasileira Lúcia Silva Cirilo (Maranhão) por intercessão de Gianna. Em 24 de abril de 1994, o Papa declarou Gianna bem-aventurada. No dia 4 de outubro de 1997, no II Encontro Mundial do Papa com as famílias, Gianna Emmanuela Molla (foto abaixo), que hoje é médica como a mãe, estava no Rio de Janeiro, no estádio do Maracanã, na presença do Santo Padre e de 200.000 pessoas. Elevou uma oração à sua bem-aventurada mãe, agradecendo por ter-lhe dado a vida duas vezes: pela geração e pelo martírio. Um momento emocionante e inesquecível.