Jesus e
o Epidemia
A serpente era
o mais astuto de todos os animais dos campos que o Senhor Deus tinha formado.
Ela disse a mulher: É verdade que Deus vos proibiu comer do fruto de toda
árvore do jardim?” A mulher respondeu-lhe: Podemos comer do fruto das
árvores do jardim. Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, Deus
disse: Vós não comereis dele, nem o tocareis, para que não morrais.” “Oh,
não! – tornou a serpente – vós não morrereis!
Mas Deus bem sabe que, no dia em que dele comerdes, vossos olhos se
abrirão, e sereis como deuses, conhecedores do bem e do mal.”
A mulher, vendo que o
fruto da árvore era bom para comer, de agradável aspecto e mui apropriado para
abrir a inteligência, tomou dele, comeu, e o apresentou também ao seu marido,
que comeu igualmente. Então os seus olhos abriram-se; e, vendo que estavam nus,
tomaram folhas de figueira, ligaram-nas e fizeram cinturas para si. E eis que
ouviram o barulho (dos passos) do Senhor Deus que passeava no jardim, à hora da
brisa da tarde. O homem e sua mulher esconderam-se da face do Senhor Deus, no
meio das árvores do jardim. Mas o Senhor Deus chamou o homem, e disse-lhe:
“Onde estás?” E ele respondeu: “Ouvi o barulho dos vossos passos no
jardim; tive medo, porque estou nu; e
ocultei-me.” O Senhor Deus disse: “Quem te revelou que estavas nu?
Terias tu porventura comido do fruto da árvore que eu te havia proibido de
comer?”O homem respondeu: “A mulher que
pusestes ao meu lado apresentou-me deste fruto, e eu comi.” O Senhor
Deus disse à mulher: Porque fizeste isso?” “A serpente enganou-me,– respondeu ela – e eu comi.” Gen 1:1-13
Definição - É o paciente inicial em uma população que está sobre investigação epidemiológica. O paciente zero pode indicar a fonte de
uma nova doença, uma eventual propagação e o que detém o
reservatório da doença entre os surtos. É o primeiro paciente que indica a existência de um surto.
Quando se tem um surto, epidemia ou uma pandemia de uma determinada doença
descobrir quem é o paciente zero pode nos revelar como é dado o contágio, local
de origem da doença, como ela surgiu, seu habitat, ecossistema, para assim,
poder combater de forma eficaz e eficiente tanto na prevenção quanto na
formulação de vacina.
Está descrita acima a primeira
vez que apareceu a doença espiritual chamada pecado, ou simplesmente
desobediência, se pensarmos numa situação comum do cotidiano como uma relação
de confiança entre duas pessoas “ eu e tu”, para que exista uma relação de
confiança deve-se estabelecer um ponto fundamental chamado verdade ou
sinceridade. Imagine que logo no início o “tu” esconde algo, seja um trauma, um
segredo que afeta o “eu”, uma mentirinha como sou “pobre” o que vier na sua
mente podendo até usar uma de suas experiências em qualquer tipo de
relacionamento, quando o “eu” descobrir vai no mínimo perguntar por quê? Também
é natural que ele fique chateado certo?
Vamos ao trecho: “ Ouvi o barulho dos vossos passos no
jardim; tive medo, porque estou nu; e
ocultei-me.” O Senhor Deus disse: “Quem te revelou que estavas nu?
Terias tu porventura comido do fruto da árvore que eu te havia proibido de
comer?” A pergunta de Deus é semelhante a pergunta do “Eu”
e o que o “Eu” espera de resposta é a verdade, mas a resposta do homem foi “A mulher que pusestes ao meu lado
apresentou-me deste fruto, e eu comi” quando
questionada a mulher respondeu ““A
serpente enganou-me,– respondeu ela – e eu comi.” Agora pergunto quem é o paciente zero?
Deus - Quem te revelou que estavas nu? Terias tu porventura comido do fruto da árvore que eu te havia proibido de comer?
Homem- “A mulher que pusestes ao meu lado apresentou-me deste fruto, e eu comi”
Agora a culpa é de Deus por ter dado a mulher? Lógico que não! Porém o pecado se manifestou nele primeiro ao transferir a responsabilidade a outrem, quando na verdade ele poderia ter contido a mulher e levado a Deus para que ele pudesse fazer justiça, ao contrário ele demostrou uma falta de amor para com a esposa.
Imaginem que a relação de Adão e Eva era de pai e filho , ou de mãe e filho. Digamos que a filha pecou seria lógico pensar que o pai iria corrigir a filha e assumir a responsabilidade pelo ato da filha intercedendo por ela suplicando uma nova chance, bem como uma mãe faria. Mas não foi isso que aconteceu porque se tivesse acontecido Deus provavelmente não os expulsaria, ao contrário ele a curaria imediatamente contendo assim esta peste.
Parece que a curiosidade é um fator que nos leva a pecar e o que dissemina é o prazer "A mulher, vendo que o fruto da árvore era bom para comer, de agradável aspecto e mui apropriado para abrir a inteligência, tomou dele, comeu, e o apresentou também ao seu marido", de fato quando vemos ouvimos algo que gostamos temos imediatamente o desejo e impulso de compartilhar e nos deixamos levar por esta propaganda porque confiamos em nossos amigos próximos, porém a principal lição desta passagem é assumir a s consequências do ato, pois ninguém gosta de sentir enganado todos esperam que sejam tratados com verdade é uma pena que muitas vezes "Eu" cobro de "Tu" uma verdade que nem mesmo "Eu" sei tratar, ou seja, ""Eu" prefiro muitas vezes uma mentira porque tenho medo das consequências do que uma verdade que liberta, mas dói e com certeza na frente o "Tu" levará em consideração quando a chateação passar e será mais fácil de perdoar e levar em consideração a falha do "Eu".