Pular para o conteúdo principal

PASTORAL DO DÍZIMO

REFLEXÕES SOBRE A PASTORAL DO DÍZIMO EM PERGUNTAS E RESPOSTAS

 
O que é DÍZIMO?
É uma contribuição voluntária, regular, periódica e proporcional aos rendimentos auferidos, que todo batizado deve assumir como sua obrigação – mas também seu direito – em relação à manutenção da vida da Igreja local onde participa.

Então a Pastoral do Dízimo deve ser constituída para arrecadar dinheiro para a Paróquia?
Embora a consequência natural da implantação do Dízimo seja um crescimento na arrecadação paroquial o objetivo da organização da Pastoral do Dízimo nunca deveria ter essa conotação de resolver o problema de caixa da paróquia, mas conscientizar o paroquiano da sua responsabilidade com a comunidade da qual faz parte.

Nesse caso, o que justifica a organização da Pastoral do Dízimo na paróquia?
Sabemos que a Diocese tem um Plano de Pastoral e que em, certa medida, tudo o que acontece ao nível da Diocese deveria acontecer na paróquia. Logo, todas as pastorais que existem na Diocese, ou ao menos aquelas possíveis em cada paróquia, deviam ali existir. O bom desempenho pastoral na Igreja depende do harmônico funcionamento das diversas pastorais e a Pastoral do Dízimo tem o seu papel importantíssimo na Pastoral de Conjunto.

Qual é a importância da Pastoral do Dízimo para a Paróquia?
Para que aconteça uma Pastoral de Conjunto dinâmica e atuante é necessário que todos contribuam. A participação não é meramente financeira mas implica também na doação pessoal à comunidade de tempo e talentos. A Equipe Paroquial da Pastoral do Dízimo tem preponderantemente o papel de conscientizar cada participante da comunidade de sua responsabilidade em contribuir em todos os sentidos para com essa mesma comunidade e toda a Igreja.

Quais as tarefas próprias da Equipe Paroquial da Pastoral do Dízimo?
O seu papel preponderante é o de ser conscientizadora. Mas há tarefas a serem executadas. Tarefas de cadastro de dizimistas, arrecadação do dízimo ao final das missas, redação e remessa de correspondências diversas aos dizimistas, confecções de cartazes, visitas, participações eventuais nas celebrações comemorativas do Dízimo e muitas outras circunstâncias que podem surgir, sem esquecer de um fator muito importante que é a prestação de contas regulares e periódicas à comunidade das arrecadações e gastos ocorridos.

Pelo tipo de tarefas mencionadas parece que somente deveriam membros desta Pastoral os executivos, advogados, contadores, secretárias e profissionais administrativos?
Se considerarmos apenas as tarefas de organização, cadastro e organização é provável que a resposta seja sim, mas lembremo-nos que a principal função da Equipe Paroquial da Pastoral do Dízimo é o de ser conscientizadora da necessidade de todos serem dizimistas.

Se alguém participa regularmente da comunidade pode ser membro da Equipe Paroquial da Pastoral do Dízimo?
A condição essencial para ser membro da Equipe Paroquial é a de ser um dizimista consciente, o que implica em frequência e participação assíduas, independente de status social, intelectual ou profissional.

Após todas as perguntas e respostas anteriores não fica ainda a impressão de que a Pastoral do Dízimo seja na verdade uma forma de resolver o problema da falta crônica de dinheiro nas Paróquias?
Não. A falta crônica de dinheiro nas paróquias é uma consequência. A causa é a falta de conscientização da responsabilidade de todo batizado em participar e cooperar para sustentar a vida de sua comunidade de fé.

Onde devo levar o Dízimo?
“Então, ao lugar que o Senhor, vosso Deus, escolheu para estabelecer nele o seu nome, ali levareis todas as coisas que vos ordeno: vossos holocaustos, vossos sacrifícios, vossos dízimos, vossas primícias e todas as ofertas escolhidas que tiverdes prometido por voto ao Senhor”. (Dt 12,11s). O Dízimo pertence a Deus e é no Templo que deve ser entregue, ou seja, na nossa Paróquia onde participamos regularmente. Levar um auxílio a um pobre, fazer um donativo a uma instituição beneficente são obras muito boas e agradáveis a Deus mas não são Dízimos e não nos isentam de contribuir com o Dízimo.

Quando devo contribuir com o meu Dízimo?
O Dízimo, sendo uma contribuição regular e periódica e proporcional ao ganho de cada dizimista, deve ser entregue na comunidade com a mesma regularidade que acontecem o recebimento desses ganhos. Normalmente costuma ser mensal.

Qual deve ser a porcentagem utilizada para o dizimista para definir a sua contribuição?
Embora a palavra Dízimo tenha o significado de décima parte, ou dez por cento, cada pessoa deve livremente definir, segundo os impulsos de seu coração, sem tristeza e nem constrangimento, qual seja o percentual de seus ganhos que deve destinar ao dízimo a ser entregue para a sua comunidade. No entanto, a experiência tem comprovado que aqueles que, num passo de fé e repondendo à promessa de Deus em Malaquias 3,10 – optaram pelo dízimo integral dos 10 por cento – não se arrependeram de te-lo feito e nem sentiram falta em seus orçamentos, ao contrário sentem-se mais abençoados que antes, quando suas contribuições eram proporcionalmente menores. De qualquer modo, cada dizimista deve sentir-se livre diante de Deus para fixar o percentual de sua contribuição.

Todos os domingos participo da missa e faço a minha oferta no momento próprio do ofertório. Mesmo assim devo contribuir com o Dízimo?
De fato, a liturgia prevê um momento em que somos convidados a oferecer os nossos dons diante do altar do Senhor e nesse momento ninguém deve comparecer de mãos vazias (cf Dt 16,10.15-17). Oferecemos o que trazemos em nosso íntimo e também fazemos a nossa oferenda material. Não participar desse momento especial da liturgia é não participar da Missa plenamente. Mas quando fazemos a nossa oferta na Missa não estamos isentos de contribuirmos com o nosso Dízimo e nem mesmo de darmos esmolas e praticar outras obras de caridade.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Símbolos e Significados

A palavra "símbolo" é derivada do grego antigo  symballein , que significa agregar. Seu uso figurado originou-se no costume de quebrar um bloco de argila para marcar o término de um contrato ou acordo: cada parte do acordo ficaria com um dos pedaços e, assim, quando juntassem os pedaços novamente, eles poderiam se encaixar como um quebra-cabeça. Os pedaços, cada um identificando uma das pessoas envolvidas, eram conhecidos como  symbola.  Portanto, um símbolo não representa somente algo, mas também sugere "algo" que está faltando, uma parte invisível que é necessário para alcançar a conclusão ou a totalidade. Consciente ou inconscientemente, o símbolo carrega o sentido de unir as coisas para criar algo mair do que a soma das partes, como nuanças de significado que resultam em uma ideia complexa. Longe de objetivar ser apologética, a seguinte relação de símbolos tem por objetivo apenas demonstrar o significado de cada um para a cultura ou religião que os adotou.

Como se constrói uma farsa?

26 de maio de 2013, a França produziu um dos acontecimentos mais emblemáticos e históricos deste século. Pacificamente, milhares de franceses, mais de um milhão, segundo os organizadores, marcharam pelas ruas da capital em defesa da família e do casamento. Jovens, crianças, idosos, homens e mulheres, famílias inteiras, caminharam sob um clima amistoso, contrariando os "conselhos" do ministro do interior, Manuel Valls[1]. Voltando no tempo, lá no já longínquo agosto de 2012, e comparando a situação de então com o que se viu ontem, podemos afirmar, sem dúvida nenhuma, que a França despertou, acordou de sua letargia.  E o que provocou este despertar? Com a vitória do socialista François Hollande para a presidência, foi colocada em implementação por sua ministra da Justiça, Christiane Taubira,  a guardiã dos selos, como se diz na França, uma "mudança de civilização"[2], que tem como norte a destruição dos últimos resquícios das tradições qu

Frases célebres de São Padre Pio de Pietrelcina

Reze, espere e não se preocupe. A preocupação é inútil. Deus é misericordioso e ouvirá sua prece ... A oração é a melhor arma que temos, é a chave que abre o coração de Deus. Você deve falar com Jesus, não só com os lábios, mas com seu coração. Na verdade, em algumas ocasiões você deve falar apenas com o coração ... Eu só quero ser um frade que reza ... O tempo usado para glorificar a Deus e cuidar da saúde da alma nunca é desperdiçado. Não há tempo melhor gasto do que aquele que é gasto em santificar as almas dos outros. Doce é o jugo de Jesus, e seu peso é leve, portanto, não demos lugar ao inimigo para rastejar em nossos corações e roubar a nossa paz. A chave da perfeição é o amor. Quem vive no amor vive em Deus, pois Deus é amor, como diz o Apóstolo. Eu vou fazer mais do Céu do que eu posso fazer aqui na Terra. O diabo é como um cão raivoso preso na corrente, não pode atingir ninguém além dos limites da corrente. Portanto, fique longe de