Dia dos Finados ou dos Fiéis Defuntos: o que é; como vivê-lo e como ganhar as indulgências deste dia
O DIA DOS FIÉIS Defuntos ou Dia de Finados é celebrado pela Igreja no dia 2 de novembro. – Desde os tempos do Antigo Testamento os judeus rezavam pelos falecidos (Tobias 12,12; II Macabeus 12,43-46), e já a partir dos anos 100 da era cristã encontramos o registro dos historiadores sobre como os cristãos da Igreja primitiva rezavam pelos seus mortos, visitando os túmulos dos mártires.
No século V, a Igreja passou a dedicar um dia do ano para a oração por todos os mortos, principalmente pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém lembrava. Também o abade de Cluny, Santo Odilon, no ano 998 pedia aos monges que rezassem pelos mortos. No século XI, os Papas Silvestre II (1009), João XVII (1009) e Leão IX (1015) introduziram no Calendário Litúrgico um dia para a oração pelos finados, porém apenas no século XIII esse dia passou a ser uma data definida: 2 de novembro. A escolha desta data se deu pelo fato de o dia 1º de novembro ser a Festa de todos os Santos.
A morte é o cessar definitivo da vida como a conhecemos, e um dia em que as famílias lembram seus amados que já não estão mais neste mundo, oferecendo a Deus orações por elas, – para que, se já não estiverem com Deus, possam ser recebidas por Ele o mais breve possível. Para o católico, o dia de finados é um dia de guarda.
Porém, mesmo sendo um dia de moderação, recolhimento e respeito, precisa ser vivido com esperança, pois a fé católica diz que um dia, na Vinda definitiva de Jesus, os mortos ressuscitarão. E é nesta fé e esperança que rezamos. Neste dia, o católico é chamado a moderar os seus hábitos: não é dia para escutar música alta, abusar de bebidas alcoólicas, viagens turísticas, euforia e barulho excessivo. Dia de Finados não é dia de "balada". É dia de oração e silêncio interior.
Também não é, absolutamente, um dia para "invocar os mortos" (que aliás é prática abominável aos olhos de Deus), mas para falar com o Senhor sobre as pessoas que já faleceram e interceder por elas.
No Dia de Finados existe uma indulgência plenária própria. Se cumprir todas as práticas recomendadas, você poderá lucrar esta indulgência e dedicar a uma alma que esteja no purgatório. Graças a esta prática de caridade, neste dia, alguém poderá sair do purgatório e ir para o céu. Veja como:
“Aos que visitarem o cemitério e rezarem, mesmo só mentalmente, pelos defuntos, concede-se uma Indulgência Plenária, só aplicável aos defuntos. Diariamente, do dia 1º ao dia 8 de novembro, nas condições costumeiras, isto é, Confissão Sacramental, Comunhão Eucarística e oração nas intenções do Sumo Pontífice; nos restantes dias do ano, Indulgência Parcial. (Enchiridion Indulgentiarum, n.13)”
“Ainda neste dia, em todas as igrejas e oratórios públicos adquirimos a Indulgência Plenária, só aplicável aos defuntos; a obra que se prescreve é a piedosa visitação à igreja, durante a qual se deve rezar o Pai-Nosso e Creio, Confissão Sacramental, Comunhão Eucarística e oração na intenção do Sumo Pontífice (que pode ser um Pai Nosso e Ave-Maria, ou qualquer outra oração conforme inspirar a piedade e devoção).” (Diretório Litúrgico da CNBB, p. 462)
Oração por um querido falecido – para o Dia dos Finados
Pai Santo, Deus eterno e Todo-poderoso, nós vos pedimos por (nome do falecido), que chamastes deste mundo. Dai-lhe a felicidade, a luz e a paz. Que este vosso servo, tendo passado pela morte, participe do convívio de vossos santos na Luz eterna, como prometestes a Abraão e à sua descendência. Que sua alma nada sofra, e vos digneis ressuscitá-lo(a) com os vossos santos no dia da ressurreição e da recompensa. Perdoai-lhe os pecados para que alcance junto a vós a vida imortal no Reino eterno. Por Jesus Cristo, vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo.
Pai Nosso...
Ave-Maria...
Ave-Maria...
Dai-lhe, Senhor, o repouso eterno e brilhe para ele(a) a vossa luz.
Amém!