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Conheça um pouco da história do Padre Ibiapina


“No centro da caridade coloquei a minha existência.”



Nasceu Ibiapina na fazenda Morro do Jaibara, em Sobral, no estado do Ceará, no dia 05 de agosto de 1806. Recebeu, no batismo, o nome de José Antonio Pereira IBIAPINA. Foi o terceiro filho de um casal pobre, o senhor FRANCISCO MIGUEL PEREIRA e dona TERESA DE JESUS.
Matriculou-se no curso jurídico, formando-se na 1a turma de Olinda em 1832. No ano seguinte foi nomeado Juiz de Direito e chefe de polícia em Quixeramobim, no Ceará.
Após sua atuação como magistrado, foi eleito deputado, o mais votado à assembléia da nação, na legislatura de 1834-1837; defendeu, no parlamento, a causa dos pobres e dos explorados.
Deixando a carreira política, dedicou-se à advocacia, revelando-se um brilhante advogado, patrocinando, sobretudo, as causas mais difíceis de pessoas desamparadas.
Ibiapina, no entanto, só chegou a abraçar a sua verdadeira vocação quando completou 47 anos de idade, ao ordenar-se sacerdote, no dia 26 de julho de 1853. Como padre, trocou o seu sobre nome de Pereira pelo de Maria, em homenagem à Mãe de Jesus, passando a ser chamar Padre JOSÉ ANTÔNIO MARIA IBIAPINA.
Durante 28anos (1855 a 1883) Padre Ibiapina realizou missões populares, organizou o povo, reconciliou os ânimos, levantou hospitais, construiu açudes, edificou cemitérios e, sobre tudo, ergueu e instituiu as suas famosas casas de caridade.
Nesse período as viagens e regiões percorridas pelo Padre Ibiapina no seu infatigável trabalho apostólico foram pelos seguintes estados: Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Paraíba. A região percorrida mede 601.758 km 7,07% do território total do Brasil (território maior do que o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná correspondendo a uma área maior do que Portugal, Itália, Alemanha, Holanda, e Bélgica, juntos).
Sua morte ocorreu numa segunda-feira. 19 de Fevereiro de 1883, ás 6 h, da noite, na sua pequena residência, em Santa Fé (Solânea-Pb), onde está o seu túmulo, visitado por uma imensa multidão de fiéis, de modo especial todos os dias 19 de cada mês.

CURIOSIDADES:
• Devido as suas viagens missionárias o comparam com os grandes missionários da igreja, como: São Paulo, Santo Antônio de Pádua, São Francisco Xavier;
• Nossa Senhora apareceu a Padre Ibiapina na extremidade da vida, como tem feito aos Santos.

Texto extraído do livro Memória do PADRE IBIAPINA – O Santo de Santa Fé (Comemorativo dos 120 anos de sua morte) elaborado pela Diocese de Guarabira/PB

A Fundação Padre Ibiapina foi buscar seus princípios de ação nas idéias inovadoras e intuições pastorais do Padre José Antônio Maria de Pereira Ibiapina, o grande missionário do Nordeste, cuja missão transformou costumes e conceitos, marcando definitivamente a vida dos povos nordestinos na segunda metade do século XIX.
Missionário itinerante, pensou à frente do seu tempo, atravessou séculos, previu mudanças sociais que se fariam necessárias para construir um futuro humano e cristão para as populações que viriam. Foi assim que decidiu viver junto ao povo, partilhar suas carências e limitações, e resolver, coletivamente, as situações que afligiam as comunidades rurais.
Sua passagem pelo Crato - CE foi marcada pela criação da Casa de Caridade em 1869, obra entre muitas que deixou em terras do Cariri. O objetivo da Instituição era, a partir de princípios cristãos, garantir para a mulher de classe humilde, um futuro moralmente digno, uma educação que lhe possibilitasse autonomia profissional através do estudo de letras, música, trabalhos manuais, etc.
A Diocese de Crato, detentora da obra do Padre Ibiapina no âmbito local, conservou dentro de certos limites, a estrutura e objetivos da obra inicial, até a década de 1950 quando começou um trabalho de atualização e diversificação das finalidades da Casa de Caridade - única ainda existente no Ceará.
Foi assim que surgiram vários setores de trabalho, atendendo aos objetivos da Diocese do Crato: Serviço Social Diocesano; Cáritas Diocesana; Organização Diocesana de Escolas Radiofônicas – ODER; Rádio Educadora do Cariri; Cine Educadora; Pioneiras Sociais; Organização Diocesana de Escolas Profissionais – ODEP; Ginásio e Escola Normal Madre Ana Couto; Escola de Lideres Rurais – ELIRUR; Centro de Treinamento Educacional do Crato; Empresa Gráfica Ltda; CORDA (Coordenação de Órgãos Regionais Dedicados à Assistência); Dispensário da Criança Pobre; Pensionato da Moça Pobre.
Essas obras sociais diocesanas eram, financeiramente, sustentadas por convênios realizados entre a Diocese e Entidades Governamentais, quer do âmbito federal ou estadual. A diversidade de objetivos, porém, e a freqüente divergência na época de renovação desses convênios começou a criar sérias dificuldades para a continuidade dos mesmos. Foi então que a autoridade diocesana resolveu criar um órgão maior, único, que enquadrasse todos os setores da ação social da Diocese e fosse solução para os problemas. Assim, nasceu a FUNDAÇÃO PADRE IBIAPINA – FPI, em 1965.
Após 1965, novos setores vieram enriquecer a ação social da Diocese: Departamento Diocesano de Cinema – DDC; Setor de Ativação Comunitária; Movimento de Alfabetização de Adultos – MOBRAL/MEC; Centro de Estudos do Menor e Integração na Comunidade – CEMIC; Centro de Documentação, Estudos e Pesquisas – CENDEP; Movimento de Ativação Comunitária (fusão do Setor de Ativação Comunitária e Serviço Social Diocesano) – MODAC; Centro Para Assuntos da Saúde – CENASA; Escola do Pequeno Príncipe; Centro de Expansão Educacional; Mini- Postos de Saúde; Instituto Diocesano de Opinião Pública; Pastoral da Criança.
Em 1977, a Fundação Padre Ibiapina recebeu o Certificado de Entidade de Fins Filantrópicos, concedido pelo Conselho Nacional de Serviço Social, hoje, Conselho Nacional de Assistência Social, o que lhe permitiu ampliar suas ações e benefícios funcionais a aproximadamente 400 pessoas regularmente contratados.

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