MUITA COISA se pode dizer sobre a tragédia ocorrida no último domingo, 26 de outubro de 2014, Solenidade de Cristo Rei. Em primeiro lugar, cumpre sublinhar que, com efeito, não se tratava de uma luta entre um estadista e uma nulidade, mas apenas da oportunidade de, servindo-nos de um instrumento muito deficiente, tentar varrer do Palácio do Planalto uma senhora que, apesar de desprovida da mínima capacidade de gerir sua própria vida doméstica, tem, no entanto, em suas mãos uma caneta apta a infernizar a família brasileira em muitos setores.
Que Madame Rousseff seja inepta está patente e passará para a história do Brasil, graças àquela pérola que ela proferiu respondendo, no último debate, a uma economista cearense, de 55 anos, desempregada: “Matricule-se em um dos cursos profissionalizantes criados pelo governo federal.” Um acinte, um deboche, uma provocação. Uma falta de respeito a quem quer trabalhar e produzir, e não viver como parasita do Estado socialista-lulopetista.
A rainha Maria Antonieta da França foi achincalhada pelos revolucionários que lhe assacaram a autoria da frase: “Se o povo não tem pão, que coma brioches”. Certamente, não disse isso por ironia, se é que realmente disse. Não era a governante e não tinha obrigação de conhecer toda a realidade da França. Ao contrário, a pérola dita pela Rousseff, se o povo brasileiro for inteligente, deverá passar para as gerações futuras como uma prova de que a referida governante era tola ao cubo, além da medida do tolerável. Sem dúvida, era dever dos homens de bem e responsáveis trabalhar para a vitória do Lulécio.
O grande perigo, agora, será querer fazer ao desgoverno lulopetista uma oposição civilizada, como se vivêssemos tempos normais. Temos de tomar consciência de que, efetivamente, vivemos uma guerra disfarçada. A súcia eleita é composta de marxistas que dilapidam diante de nossos olhos o patrimônio moral, cultural e econômico da nação. A oposição terá de ser enérgica e levada às últimas consequências.
Por outro lado, creio que será necessário repensar o sistema político moderno mais a fundo, procurando esclarecer os espíritos retos, que, contudo, ainda nutrem ilusões sobre a partidocracia, o sufrágio universal, a tripartição do poder etc. É preciso mostrar às pessoas que há uma enorme ignorância em torno desse monstro sagrado, desse Moloc, desse Baal que devora seus próprios filhos chamado democracia.
Não se trata, evidentemente, de propor uma ditadura ou um regime totalitário como solução do problema político que nos aflige. Trata-se de fazer ver às pessoas que ainda guardam um mínimo de bom senso que o problema político resulta de um problema mais grave: a crise espiritual religiosa e moral que vem destruindo a família como instituição fundamental de qualquer sociedade sã. Hoje não temos uma sociedade orgânica, composta por famílias autênticas, com raízes e valores; temos apenas uma poeira humana, um individualismo idolatrado, um rebanho humano que, tangido pelo marketing e outros recursos da sociedade de massas moderna, acorre às urnas. Cujo resultado só pode ser viciado pelos erros já indicados do igualitarismo e individualismo. No Brasil, as eleições são sempre uma tragédia, um terremoto com data marcada, desde Getúlio até nossos dias.
Em suma, é necessário que as lideranças autênticas da sociedade civil, tendo a frente homens prudentes e patriotas, que conheçam realmente a ciência política, procurem dotar o Brasil de instituições políticas mais consentâneas com a índole do seu povo e sua formação história.
Se conseguirmos reconstituir a sociedade civil formando boas famílias, boas escolas e paróquias (que não sejam currais do lulopetismo e outras formas de demagogia revolucionária), se conseguirmos dar uma solução para o seríssimo problema das universidades federais que são institutos de culto à ignorância, às drogas e à imoralidade, quem sabe, depois de muito sacrifício, sangue, suor e lágrimas, teremos a verdadeira política, aquela que promove o bem comum, constrói a civilização e descortina o futuro preservando a tradição. Alguns desses problemas podem ser solucionados sem passar pela política, dependem apenas de cada um de nós cumprir o seu dever de estado, outros são mais difíceis. Mas cada coisa tem a sua hora e vez.
Finalmente, desejaria dizer que, não participando da orgia democrática e não esperando ansiosamente as próximas eleições, confio que na hora em que acabar o dinheiro e começarem a minguar as “bondades” distribuídas pelo governo de Madame Rousseff, quando a inflação disparar e o escândalo do "petrolão" vier a público em seus pormenores escabrosos, os seus quatro anos de mandato estarão seriamente ameaçados, para o nosso bem. Amen. Aleluia.
Pe. João Batista de Almeida Prado Ferraz Costa
Anápolis, 27 de outubro de 2014
Anápolis, 27 de outubro de 2014
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Fonte:
Capela Santa Maria das Vitórias, disponível em:
http://santamariadasvitorias.org/mais-4-anos/