O DOMINGO DA PAIXÃO ou de Ramos abre a Semana Santa e marca o início da etapa final da Quaresma. Neste dia, a Igreja celebra a entrada triunfal de Nosso Senhor Jesus Cristo em Jerusalém, cheio de glória e de humildade, pronto para cumprir seu Mistério Pascal.
Quando se aproximaram de Jerusalém e chegaram a Betfagé, ao Monte das Oliveiras, Jesus enviou dois discípulos, dizendo-lhes: "Ide à aldeia que aí está diante de vós e logo achareis presa uma jumenta e com ela um jumentinho. Desprendei-a e trazei-los. E, se alguém vos disser alguma coisa, respondei que o Senhor precisa deles". – Isto aconteceu para que se cumprisse a Profecia de Zacarias: "Dizei à filha de Sião: 'Eis aí te vem o teu Rei, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de animal de carga.'" (Zc 9,9).
Indo os discípulos e tendo feito como Jesus lhes ordenara, trouxeram a jumenta e o jumentinho, e puseram em cima deles as suas vestes, e sobre elas Jesus montou. E o povo, tanto os que o precediam quanto os que o seguiam, o acolheram como Rei, agitando ramos de palmeira e clamando: "Hosana ao filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas maiores alturas!". Com isso toda cidade de Jerusalém se agitou, e perguntavam: "Quem é este?" E as multidões clamavam: "Este é o Profeta Jesus, de Nazaré da Galiléia” (Mt 21,1-11).
A Procissão de Ramos
Vem de fora e tem como ponto de partida um lugar de reunião dos fiéis, fora da igreja. A proclamação do Evangelho conta a entrada de Jesus em Jerusalém, e assim se inicia a procissão até o interior do templo.
Nessa procissão, a Igreja não somente comemora o santo evento do passado e celebra com louvor e ação de graças a realidade presente, mas também antecipa seu glorioso cumprimento final. Os ramos não devem ser jogados fora depois da procissão, mas levados para as casas e lá guardados com respeito ou queimados.
A cinzas, que são usadas na quarta-feira de cinzas, são feitas com os ramos bentos deste dia, dando sequência a um costume que vem desde o século XII.