É COSTUME MUITO antigo e piedoso na Igreja que, a partir do quinto Domingo da Quaresma, – também chamado de Primeiro Domingo da Paixão (que é o Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor), – cobrir com panos roxos as cruzes, quadros e imagens sacras. As cruzes permanecem cobertas até o final da Liturgia da Sexta-feira Santa, os quadros e demais imagens até a celebração do Sábado Santo ou de Aleluia, a noite que antecede o Domingo da Páscoa da Ressurreição do Senhor. O sentido profundo de se cobrir as imagens sacras fundamenta-se no luto pelo sofrimento do Cristo, levando os fiéis a refletir, ao contemplar os objetos sagrados cobertos com a cor roxa, que simboliza a dor, o recolhimento e a penitência. O ápice do despojamento ocorre após a Missa da Ceia do Senhor, na Quinta-Feira Santa, quando retiram-se as toalhas do Altar. A cruz coberta lembra-nos a humilhação de Nosso Senhor, que precisou ocultar-se para não ser apedrejado pelos judeus, como nos relata o Evangelho segundo
"Ide ao mundo inteiro anunciar. À toda criatura a Boa Nova"