A rede
social não é apenas um modismo divertido. Ela poderá ajudar algumas
empresas a dar visibilidade às suas marcas e a se relacionar de maneira
mais direta com seus consumidores
Você
sabe que está fazendo uma coisa diferente e nova - no mínimo, nova -
sempre que o assunto vem à tona numa rodinha informal e alguém faz um
comentário ácido do tipo: “Por que você perde tempo com uma bobagem
dessas?” É o que se passa com o Twitter, essa coisa inventada pelas
redes sociais que adotamos recentemente e com um entusiasmo tal que
deixou surpresos amigos, familiares e inclusive a nós mesmos.
De uns meses para cá, nos apaixonamos
pelo Twitter. Não queremos dizer com isso que ele vai mudar o mundo,
conforme dizem alguns de seus adeptos, mas o fato é que conseguimos
compreender perfeitamente seu potencial para os negócios. Se o Twitter
continuar a crescer no ritmo que vem crescendo atualmente, ele pode se
tornar uma ferramenta extremamente valiosa, já que poderá ajudar as
empresas a dar visibilidade às suas marcas e a se concentrar de forma
mais direta em grupos específicos de consumidores. Talvez seja também
uma ferramenta muito útil para executivos que necessitem de uma maneira
original de interagir com seu pessoal, e vice-versa.
Mas isso não explica por que ultimamente estamos sempre castigando nossos teclados com rajadas de 140 caracteres - na verdade, umas três ou quatro vezes ao dia.
Usamos o Twitter simplesmente porque não dá para parar.
Por quê? Não pelos motivos que a princípio imaginamos. Na verdade, um de nós (a Suzy, mais conhecida como suzywelch no linguajar da rede) começou a usar o Twitter movida pelos velhos e bons propósitos de marketing. Ela estava para lançar um livro, e todo mundo que sabia disso insistia com Suzy: “É na mídia social que as coisas estão acontecendo”. O conselho não poderia ter sido melhor. A acessibilidade do Twitter, sua informalidade e seu alcance ajudaram Suzy a conseguir entrevistas excelentes (principalmente em blogs). Isso levou muita gente para as sessões de autógrafos, gerou dezenas de resenhas, engrossou o tráfego do site do livro e, o melhor de tudo, criou uma comunidade simpática e estimulante para o público leitor do livro. Foi lá no suzywelch que a Suzy começou a chamar seu grupo de twiffers - “amigos do Twitter” (Twitter friends) - depois que muitos responderam de maneira muito solidária à sua mensagem de Páscoa. “Acabei de ser informada por minha família que não preciso fazer o purê de batatas neste ano. O que será que eles quiseram dizer com manteiga demais?”
Por fim, Suzy se deixou seduzir a tal ponto pelo Twitter (ficou fanática mesmo) que conseguiu me convencer a entrar na onda. Assim, jack_welch decidiu aderir à nova moda, ainda que fizesse a seguinte restrição: “Não consigo entender para que serve este negócio”.
Bastaram 24 horas para que eu entendesse. Todas as vezes em que fazia alguma observação sobre o time de beisebol Red Sox ou sobre a equipe de basquete do Boston Celtics, dezenas de fãs do esporte enviavam seus comentários. O mesmo acontecia com política e negócios, o que proporcionou dezenas de minidebates fascinantes sobre tudo, desde a política econômica de Obama até a falência da Chrysler e da GM.
Com o Twitter, qualquer um pode participar de coquetéis do tamanho do mundo e bater um papo muito diversificado e (geralmente) bastante civilizado. Algumas coisas que ouvimos (e dizemos) são bem frívolas. No entanto, a maior parte das coisas sobre as quais conversamos tem o dom de nos provocar, informar e, de modo geral, de nos envolver de uma maneira tal que é simplesmente impossível reproduzir quando estamos offline.
O melhor de tudo, pelo menos para nós, é que o Twitter nos ajuda a testar e a melhorar as ideias. Há algumas semanas, postei uma mensagem citando dois eventos que talvez fossem “indícios promissores” de um novo movimento bipartidário nos Estados Unidos. A argumentação de alguns opositores - ainda que eles tivessem apenas 140 caracteres para se expressar - sem dúvida contribuiu para o debate.
Contudo, não nos empolguemos demais em relação ao uso do Twitter como ferramenta de trabalho. Qualquer chefe ficaria irritado com o tempo que gastamos com nosso novo brinquedo. Prova disso é que esta coluna demorou o dobro do tempo usual para ser escrita porque a todo momento checávamos as reações à pergunta “O que há de tão especial no Twitter?”, postada lá por nós.
Mas isso não explica por que ultimamente estamos sempre castigando nossos teclados com rajadas de 140 caracteres - na verdade, umas três ou quatro vezes ao dia.
Usamos o Twitter simplesmente porque não dá para parar.
Por quê? Não pelos motivos que a princípio imaginamos. Na verdade, um de nós (a Suzy, mais conhecida como suzywelch no linguajar da rede) começou a usar o Twitter movida pelos velhos e bons propósitos de marketing. Ela estava para lançar um livro, e todo mundo que sabia disso insistia com Suzy: “É na mídia social que as coisas estão acontecendo”. O conselho não poderia ter sido melhor. A acessibilidade do Twitter, sua informalidade e seu alcance ajudaram Suzy a conseguir entrevistas excelentes (principalmente em blogs). Isso levou muita gente para as sessões de autógrafos, gerou dezenas de resenhas, engrossou o tráfego do site do livro e, o melhor de tudo, criou uma comunidade simpática e estimulante para o público leitor do livro. Foi lá no suzywelch que a Suzy começou a chamar seu grupo de twiffers - “amigos do Twitter” (Twitter friends) - depois que muitos responderam de maneira muito solidária à sua mensagem de Páscoa. “Acabei de ser informada por minha família que não preciso fazer o purê de batatas neste ano. O que será que eles quiseram dizer com manteiga demais?”
Por fim, Suzy se deixou seduzir a tal ponto pelo Twitter (ficou fanática mesmo) que conseguiu me convencer a entrar na onda. Assim, jack_welch decidiu aderir à nova moda, ainda que fizesse a seguinte restrição: “Não consigo entender para que serve este negócio”.
Bastaram 24 horas para que eu entendesse. Todas as vezes em que fazia alguma observação sobre o time de beisebol Red Sox ou sobre a equipe de basquete do Boston Celtics, dezenas de fãs do esporte enviavam seus comentários. O mesmo acontecia com política e negócios, o que proporcionou dezenas de minidebates fascinantes sobre tudo, desde a política econômica de Obama até a falência da Chrysler e da GM.
Com o Twitter, qualquer um pode participar de coquetéis do tamanho do mundo e bater um papo muito diversificado e (geralmente) bastante civilizado. Algumas coisas que ouvimos (e dizemos) são bem frívolas. No entanto, a maior parte das coisas sobre as quais conversamos tem o dom de nos provocar, informar e, de modo geral, de nos envolver de uma maneira tal que é simplesmente impossível reproduzir quando estamos offline.
O melhor de tudo, pelo menos para nós, é que o Twitter nos ajuda a testar e a melhorar as ideias. Há algumas semanas, postei uma mensagem citando dois eventos que talvez fossem “indícios promissores” de um novo movimento bipartidário nos Estados Unidos. A argumentação de alguns opositores - ainda que eles tivessem apenas 140 caracteres para se expressar - sem dúvida contribuiu para o debate.
Contudo, não nos empolguemos demais em relação ao uso do Twitter como ferramenta de trabalho. Qualquer chefe ficaria irritado com o tempo que gastamos com nosso novo brinquedo. Prova disso é que esta coluna demorou o dobro do tempo usual para ser escrita porque a todo momento checávamos as reações à pergunta “O que há de tão especial no Twitter?”, postada lá por nós.
As respostas
vieram bem depressa e com um bocado de entusiasmo, como é próprio do
Twitter. As pessoas nos disseram que usavam o Twitter “porque é
divertido”, “para se sentir conectadas em um mundo desconectado” e “para
se comunicar com a equipe”. São todas razões muito boas, sem dúvida.
Mas um comentário em especial nos chamou a atenção: “Tenho tentado
explicar às pessoas por que uso o Twitter”, dizia a mensagem, “mas a
melhor resposta que me ocorreu foi a seguinte: comece a usar o Twitter e
você vai entender”. Foi exatamente isso o que aconteceu conosco.
Topamos com uma conversa que parece estar só começando. Nossa ideia é
ficar por aqui.