O
Distúrbio do Déficit de Atenção (DDA) vem movimentando médicos,
psicólogos, psicopedagogos, professores, fonoaudiólogos e pais em busca
de explicações para a conduta, especialmente de crianças que não param
sentadas, interrompem atividades antes de completá-las, parecem não
ouvir o que lhes é dito, perdem objetos com freqüência, e outros. Tais
comportamentos vem sendo freqüente, e por vezes prematuramente,
atribuídos ao DDA.
Causas e Diagnóstico
Até o momento não são conhecidas causas conclusivas do problema e algumas possibilidades devem ser consideradas:
• Herança genética;
• Traumatismos cerebrais pré, peri ou pós-natais, incluindo trabalhos de parto por períodos maiores que 13 horas;
• Danos cerebrais causados por toxinas (infecções bacterianas, viroses, alcoolismo na mãe, intoxicação por metais).
Muitos profissionais vêm diagnosticando o DDA simplesmente pelo que ouvem dos pais e professores sobre o comportamento das crianças em casa e em sala de aula e por uma observação superficial das mesmas. Em alguns casos, um questionário em forma de anamnese é usado, embora isso só venha a quantificar as descrições.
• Traumatismos cerebrais pré, peri ou pós-natais, incluindo trabalhos de parto por períodos maiores que 13 horas;
• Danos cerebrais causados por toxinas (infecções bacterianas, viroses, alcoolismo na mãe, intoxicação por metais).
Muitos profissionais vêm diagnosticando o DDA simplesmente pelo que ouvem dos pais e professores sobre o comportamento das crianças em casa e em sala de aula e por uma observação superficial das mesmas. Em alguns casos, um questionário em forma de anamnese é usado, embora isso só venha a quantificar as descrições.
Aí,
talvez esteja surgindo um "novo" antigo mal que parece se repetir em
nossa sociedade a cada nova patologia identificada pela ciência: a
"rotulação" do indivíduo e sua conseqüente segregação.
Devemos
lembrar que há pouco tempo atrás, durante os anos 70 e 80, muitas de
nossas crianças obtiveram diagnósticos injustificados de hiperatividade e
disfunção cerebral mínima por apresentarem condutas de agitação, falta
de atenção e baixo rendimento escolar. Tais diagnósticos, em grande
parte dos casos, somente vieram a acrescentar mais uma dificuldade à
vida dessas crianças e à de seus pais: a da discriminação e exclusão que
somente agravam sua dificuldade de socialização.
Nos
Estados Unidos um memorando do Departamento de Educação do ano de 1991
observa que as crianças com diagnóstico de DDA são elegíveis para os
serviços de educação especial e/ou salas de aula adaptadas segundo Leis
Federais que regulamentam a educação para os portadores de necessidades
especiais.
Segundo
os critérios de classificação americanos, as crianças com DDA podem ser
classificadas segundo a Lei como "portadoras de problema de saúde
crônico ou agudo acarretando estado de alerta limitado que afeta
desfavoravelmente o rendimento escolar".
Ainda
a seção 504 da Lei de Reabilitação de 1973, dos direitos civis
americanos, define uma pessoa deficiente como "qualquer pessoa que tenha
impedimento físico ou mental que limite substancialmente suas
atividades normais (ex.: aprendizado)."
Portanto, uma criança portadora de DDA está incluída em tal definição de deficiente à luz da Lei.
No
Brasil, o Decreto N.º 914, de 06 de setembro de 1993, capítulo I, Art.
3.º tem o seguinte texto: "Considera-se pessoa portadora de deficiência
aquela que apresenta, em caráter permanente, perdas ou anormalidades de
sua estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica, que gerem
incapacidade para o desempenho da atividade, dentro do padrão
considerado normal para o ser humano."
Parece-nos
razoável entender então que poderíamos considerar como portadora de
deficiência a criança com um diagnóstico de DDA se levarmos em
consideração os sintomas descritos no Manual de Diagnóstico e
Estatísticas de Distúrbios Mentais da Associação Americana de
Psiquiatria - 1987, relacionados abaixo:
•
Freqüentemente movimenta mãos ou pés ou se contorce na cadeira (em
adolescentes pode estar limitado à sentimentos subjetivos de
desconforto).
• Tem dificuldade de permanecer sentado quando solicitado.
• Distrai-se facilmente com estímulos externos.
• Tem dificuldades de aguardar a vez em jogos ou situações de grupo.
• Freqüentemente responde as perguntas antes destas serem completamente formuladas.
• Tem dificuldade de seguir completamente as instruções dadas (não por birra ou falha na compreensão).
• Tem dificuldade de manter a atenção centrada nas tarefas ou atividades lúdicas.
• Freqüentemente troca de uma atividade incompleta para outra.
• Tem dificuldade de brincar quieto.
• Freqüentemente fala excessivamente.
• Freqüentemente interrompe ou intromete-se nas atividades dos outros.
• Freqüentemente parece não estar ouvindo o que se lhe diz.
• Freqüentemente perde coisas necessárias para tarefas ou atividades na escola ou em casa (brinquedos, livros, lápis, etc.).
• Freqüentemente envolve-se em atividades fisicamente arriscadas sem considerar as possíveis conseqüências (não em busca de aventura) como atravessar repentinamente a rua sem olhar.
O fato é que o DDA é um distúrbio muito comum e afeta cerca de 5 a 6% das crianças em idade escolar sendo mais freqüente nos meninos (3 para cada menina, segundo Kendall, 1993).
• Tem dificuldade de permanecer sentado quando solicitado.
• Distrai-se facilmente com estímulos externos.
• Tem dificuldades de aguardar a vez em jogos ou situações de grupo.
• Freqüentemente responde as perguntas antes destas serem completamente formuladas.
• Tem dificuldade de seguir completamente as instruções dadas (não por birra ou falha na compreensão).
• Tem dificuldade de manter a atenção centrada nas tarefas ou atividades lúdicas.
• Freqüentemente troca de uma atividade incompleta para outra.
• Tem dificuldade de brincar quieto.
• Freqüentemente fala excessivamente.
• Freqüentemente interrompe ou intromete-se nas atividades dos outros.
• Freqüentemente parece não estar ouvindo o que se lhe diz.
• Freqüentemente perde coisas necessárias para tarefas ou atividades na escola ou em casa (brinquedos, livros, lápis, etc.).
• Freqüentemente envolve-se em atividades fisicamente arriscadas sem considerar as possíveis conseqüências (não em busca de aventura) como atravessar repentinamente a rua sem olhar.
O fato é que o DDA é um distúrbio muito comum e afeta cerca de 5 a 6% das crianças em idade escolar sendo mais freqüente nos meninos (3 para cada menina, segundo Kendall, 1993).
A hiperatividade é conceituada como um subtipo do DDA que a inclui.
Atualmente
o diagnóstico de hiperatividade reflete um conceito no qual componentes
cognitivos e motores coexistem e envolve atividade motora elevada,
impulsividade, déficit na atenção e na conduta social e agressividade.
Como
epistemólogos e a partir de uma visão holística do indivíduo, não
poderíamos deixar de conjugar uma avaliação psicológica a avaliação
médica bem como de proceder ao estudo de cada caso tomando em
consideração também os aspectos da dinâmica familiar que poderiam
iluminar um diagnóstico e prognóstico mais precisos e que busquem
privilegiar a saúde.
Não
são raras as vezes em que observamos nas famílias de nossos clientes
relações permeadas pela falta de diálogo e de atenção, pela agitação e a
tensão, pela desvinculação do grupo na busca de seus próprios
objetivos. Não estariam muitas dessas crianças, ditas deficientes,
apenas repetindo os padrões vividos nesse contexto? Poderíamos
justificar apenas com obstáculos funcionais o seu desenvolvimento
cognitivo e conduta social inadequados?
Acreditamos
que as hipóteses de DDA devem ser verificadas por equipes
multidisciplinares e que um diagnóstico seguro somente poderá ser obtido
após criterioso trabalho de levantamento histórico dos comportamentos
relatados e de suas possíveis causas, muitas das vezes doenças sociais
instaladas no seio da família e da escola.
Prognóstico
Não
há consenso quanto a um tratamento adequado ou único. Os sintomas
sugerem que o mesmo inclua medicação, aconselhamento e treinamento dos
tutores, aconselhamento do paciente e ambiente adequado ao aprendizado.
O
tratamento requer persistência da família e dos profissionais
envolvidos além de uma postura adequada da escola e especialmente do
professor que precisa compreender bem o que se passa com a criança.
Muitos
professores reconhecem o que muitos profissionais ainda negam: os
distúrbios atribuídos ao DDA nunca vêm sozinhos. Junto deles aparecem as
dificuldades de aprendizagem e os problemas de humor, a inconstância e a
imprevisibilidade das crianças.
O
aluno "distraído" observa tudo a sua volta exceto aquilo que deveria
estar observando naquele momento. Ao contrário, o aluno que tem um
período curto de atenção observa muito pouco. As crianças com DDA sabem o
que está acontecendo a sua volta, mas nem sempre participam ativamente
como as outras. Elas se dispersam com facilidade e têm grande
dificuldade de modificar tal comportamento. Por esse motivo muitas vezes
uma medicação adequada é indicada e deve ser levada em consideração
apesar dos desagradáveis efeitos colaterais que algumas substâncias
podem causar.
É
comum que o avanço da idade traga melhoras aos períodos de atenção e
facilite a terapia centrada na modificação dos hábitos negativos e
valorização das atitudes positivas.
Aspectos Positivos do DDA
O
DDA tem muitas conotações negativas e, infelizmente, por causa disso,
as características positivas das pessoas diagnosticadas são ignoradas
apesar destas demandarem maior incentivo nesse sentido.
Até o momento estão relacionadas algumas características positivas freqüentes nos portadores do DDA:
• Sensibilidade.
• Compreensão dos sentimentos alheios.
• Sentimentos profundos.
• Naturalmente criativos (incluindo a solução de problemas).
• Inventivos.
• Freqüentemente vêem as coisas de uma perspectiva peculiar.
• Bons em encontrar coisas perdidas (como pessoas em uma multidão).
• Têm percepção acurada.
• Cômicos.
• Espontâneos.
• Engraçados.
• Energéticos.
• Abertos, transparentes.
• Não guardam ressentimentos.
• Rápidos nas atividades que gostam de realizar.
• Difíceis de enganar.
• Penetram as pessoas e situações vendo além das aparências.
• Seguros.
• Sociáveis.
• Multidisciplinares.
• Originais.
• Observadores.
• Leais.
• Tendidos a realizarem tarefas porque querem e não porque devem.
O constante estímulo destas habilidades e de todas as que as crianças acometidas pelo DDA possam apresentar, representam um grande passo na direção da minimização dos sintomas habitualmente descritos e na construção de uma forte auto-estima, tão necessária nestes casos.
• Compreensão dos sentimentos alheios.
• Sentimentos profundos.
• Naturalmente criativos (incluindo a solução de problemas).
• Inventivos.
• Freqüentemente vêem as coisas de uma perspectiva peculiar.
• Bons em encontrar coisas perdidas (como pessoas em uma multidão).
• Têm percepção acurada.
• Cômicos.
• Espontâneos.
• Engraçados.
• Energéticos.
• Abertos, transparentes.
• Não guardam ressentimentos.
• Rápidos nas atividades que gostam de realizar.
• Difíceis de enganar.
• Penetram as pessoas e situações vendo além das aparências.
• Seguros.
• Sociáveis.
• Multidisciplinares.
• Originais.
• Observadores.
• Leais.
• Tendidos a realizarem tarefas porque querem e não porque devem.
O constante estímulo destas habilidades e de todas as que as crianças acometidas pelo DDA possam apresentar, representam um grande passo na direção da minimização dos sintomas habitualmente descritos e na construção de uma forte auto-estima, tão necessária nestes casos.
É justamente na escola que encontraremos, enquanto terapeutas, nossos maiores aliados ou nossos mais impiedosos inimigos.
A Criança com DDA e a Escola
Como
uma maneira de ajudar os profissionais de ensino a lidarem com o
problema do DDA, os doutores Edward M. Hallowell e John J. Ratey
relacionaram 50 sugestões que podem ser muito úteis na sala de aula como
coadjuvantes importantes em um tratamento adequadamente traçado.
1 - Em primeiro lugar esteja certo de que é com o DDA que você está lidando.
Não
é tarefa do professor o diagnóstico do DDA, entretanto você pode e deve
fazer perguntas, saber se a criança fez teste de audição e visão
recentemente e afastar a possibilidade de outros problemas médicos.
Esteja certo de que uma avaliação adequada seja feita. A
responsabilidade é dos pais, mas o professor deve dar suporte ao
processo.
2 - Procure suporte. Encontre uma pessoa que domine o assunto e possa ajudá-lo quando tiver algum problema mais sério.
Lecionar
em uma turma onde há duas ou três crianças com DDA não é tarefa fácil.
Procure ajuda da escola e de uma pessoa que conheça a patologia.
Mantenha contato com os pais para certificar-se de que escola e família
têm o mesmo objetivo.
3 - Conheça seus limites. Não tenha medo de pedir ajuda. Você, como professor, não pode ser tomado como um especialista em DDA.
4 - Pergunte a criança o que pode ajudá-la.
As
crianças com DDA são geralmente muito intuitivas. Elas podem dizer como
aprendem melhor se você perguntar-lhes, mas podem sentir-se embaraçadas
com as informações já que estas são freqüentemente excêntricas. Procure
sentar-se com a criança individualmente e perguntar-lhe como ela pode
aprender melhor. A própria criança é a pessoa mais indicada para dar tal
informação, mas normalmente ela não é consultada sobre isso.
Especialmente com crianças maiores, certifique-se de que sabem o que vem
a ser o DDA. Isso ajudará a ambos.
5
- Lembre-se da emoção envolvida no ato de aprender. Essas crianças
precisam de ajuda extra para encontrarem prazer na sala de aula.
6
- Lembre-se de que crianças com DDA precisam estruturar-se. Elas
precisam do meio para estruturar externamente o que não conseguem fazer
internamente por si mesmas. Faça listas. Elas serão beneficiadas se
tiverem uma lista a qual possam recorrer quando estiverem perdidas no
que estiverem fazendo. Elas precisam de lembretes, de previsão e de
repetição. Elas precisam de direcionamento e limites. Elas precisam
estruturar-se.
7 - Proponha regras.
As crianças serão mais confiantes sabendo o que é esperado delas.
8 - Escreva, leia e repita o que quer que seja feito.
As pessoas com DDA precisam ouvir as coisas mais de uma vez.
9 - Mantenha contato visual. Você
pode chamar a atenção de uma criança com DDA com seus olhos. Faça isso
sempre. Um olhar pode tirar a criança do "mundo da lua" em que se
encontra, permitir uma pergunta ou dar um incentivo silencioso.
10 - Mantenha a criança sentada o mais próximo de você.
11
- Estabeleça limites de modo a conter e acalmar o grupo e não de forma
punitiva. Faça-o de maneira consistente, previsível, imediata e simples.
Não entre em discussões complicadas que só levam à distração. Tome as
rédeas.
12 - Tenha uma agenda o mais previsível possível. Dê muitos avisos e prepare a turma para as mudanças.
As
transições e mudanças sem aviso prévio são muito difíceis para tais
crianças. Tome cuidado para preparar tudo com antecedência, anunciar as
mudanças e relembrar conforme o tempo for se aproximando.
13
- Tente ajudar os alunos a fazerem suas próprias agendas para depois da
escola como uma maneira de evitar uma das características do DDA: o
adiamento.
14 - Elimine ou reduza a freqüência de testes cronometrados.
Não há vantagens em testes cronometrados e eles não permitem que as crianças com DDA possam mostrar o que sabem.
15 - Permita as válvulas de escape como sair da sala por alguns minutos.
Se
isso puder ser incorporado às regras da classe permitirá aos alunos
saírem da sala em vez de alienarem-se além de possibilitar a
incorporação de auto-observação e auto-moderação.
16
- Procure por qualidade e não por quantidade nos trabalhos. Crianças
com DDA precisam de uma carga reduzida de trabalho. Elas terão o mesmo
tempo de estudo, mas não ficarão enterradas em tarefas as quais não
podem cumprir.
17
- Monitore os progressos. Crianças com DDA precisam de "feedback"
constantemente. Isso ajuda a mante-las "nos trilhos", a saber o que é
esperado delas e se estão atingindo as metas além de ser bem
encorajador.
18 - Divida atividades longas em várias curtas.
Esta
é uma das técnicas pedagógicas mais valiosas para as crianças com DDA.
Tarefas longas confundem-nas rapidamente e as levam a um sentimento de
incapacidade e resposta negativa do tipo "Eu nunca serei capaz de fazer
isso". Dividir as atividades em partes manuseáveis, cada parte parecendo
pequena o suficiente para ser realizada, poderá fazer com que a criança
deixe de lado o sentimento de incapacidade. Em geral, estas crianças
podem fazer muito mais do que pensam que podem. Dividindo as atividades,
o professor permite que elas provem isto a elas mesmas. Com crianças
mais novas isso pode ajudar a evitar o nascimento da frustração. Com
crianças maiores isso pode ser útil para evitar as atitudes defensivas
que tão freqüentemente bloqueiam seus caminhos.
19 - Permita-se a brincadeira, não seja convencional.
As
pessoas com DDA adoram brincar. Elas respondem com entusiasmo e isso
ajudará a focalizar a atenção. Uma boa parte do tratamento do DDA
envolve as regras, agendas, listas e outras coisas chatas que você
atenuará sendo um professor mais alegre.
20
- Tome cuidado para não superestimular. Elas podem ser como um vulcão
que pode entrar em erupção a qualquer momento. Esteja pronto para
reduzir o estímulo bem rápido.
21 - Procure e valorize o sucesso tanto quanto possível.
Essas
crianças convivem com tantas derrotas que precisam de todo incentivo
possível. Elas adoram ser encorajadas e crescem com isso. Sem isso elas
"encolhem" e "apagam". Freqüentemente o aspecto mais devastador do DDA
não é a patologia em si, mas os danos secundários à auto-estima causados
principalmente pelo estigma.
22
- A memória é freqüentemente um problema para estas crianças. Ensine
pequenos truques. Qualquer truque que você possa ensinar para ajudar a
melhorar a memória.
23 - Use destaques. Ensine destacando e sublinhando.
24 - Avise antes o que vai falar. Fale. Explique o que falou.
A
maioria das crianças com DDA aprende melhor o que está escrito do que o
que é dito. Se você puder escrever o que fala isso ajudará a colocar as
idéias no lugar certo.
25
- Simplifique as instruções. Simplifique as escolhas. Simplifique as
atribuições. Use códigos de cores. As cores ajudam a manter a atenção.
26 - Use "feedback" de modo a ajudar as crianças a observarem a si próprias.
Essas
crianças são pouco observadoras de si mesmas. Elas freqüentemente não
têm idéia de como vêm se portando. Tente dar-lhes tais informações de
maneira construtiva. Tente fazer-lhes perguntas como "Você sabe o que
acabou de fazer?" ou "Por que você acha que a menina ficou triste com o
que você disse?" Faça perguntas que promovam a auto-observação.
27 - Seja explícito com o que você espera.
28
- Um sistema de pontuação é uma possibilidade como parte de uma
modificação comportamental. As crianças reagem bem às recompensas e
incentivos.
29
- Se a criança tiver problemas com as regras sociais, tente,
discretamente, aconselha-la como se fosse um "treinador". Diga, por
exemplo, "Antes de você contar sua história escute a dos seus colegas."
ou, "Olhe para as pessoas quando elas estiverem falando."
Muitas
crianças com DDA são vistas como egoístas quando, na verdade, elas
apenas não aprenderam a interagir. Esta habilidade não vem naturalmente
em todas as crianças, mas pode ser ensinada ou treinada.
30 - Ensine como fazer provas.
31 - Transforme as aulas em jogos. A motivação ajuda.
32 - Separe os pares ou grupos que não produzem bem juntos.
33 - Preste atenção ao engajamento das crianças nas situações de aprendizagem. Enquanto se sentirem participantes estarão motivados.
34 - Devolva a responsabilidade às crianças sempre que possível. Permita
que elas desenvolvam seu próprio método para lembrar o que colocar na
mochila ou deixe que elas peçam por ajuda ao invés de dizer a elas que
estão precisando.
35 - Experimente manter uma agenda para comunicação entre a escola e os pais.
36 - Tente informar os progressos diariamente. Esta atitude não deve ser disciplinar, mas informativa e encorajadora.
37
- Aparelhos com alarmes e despertadores podem ajudar a controlar o
tempo. Um relógio de pulso com alarme pode ajudá-los a lembrar da hora
do remédio ao invés de contar com o professor para isso.
38 - Prepare-os para as atividades.
Estas crianças precisam saber com antecedência o que irá acontecer de modo a prepararem-se internamente.
39 - Aprove, encoraje, acalente, ajude.
40 - Com crianças mais velhas, sugira que tomem notas do que querem perguntar sobre o que foi ensinado.
41 - A escrita é uma dificuldade para estas crianças. Considere alternativas como testes orais.
42
- Seja como um maestro. Obtenha a atenção do grupo antes de começar.
Mantenha a atenção dos alunos fazendo perguntas enquanto explica, por
exemplo.
43 - Quando possível, promova grupos de estudo para cada matéria.
44 - Para evitar o estigma, explique ao resto da turma e torne normal o tratamento que a criança recebe.
45 - Encontre-se sempre com os pais. Evite os encontros apenas quando há problemas ou crises.
46
- Incentive a leitura em voz alta na sala e em casa. Incentive-os a
contar histórias. Ajude-os a construir a habilidade de manter-se em um
mesmo tópico.
47 - Repita, repita e repita.
48 - Incentive o exercício físico. Uma
das melhores indicações no tratamento é a de exercícios físicos. Eles
são eficazes para gastar energia e estimulam a produção de hormônios e
neurotransmissores importantes.
49
- Com crianças maiores reforce a preparação anterior ao início da aula.
Quanto maior a idéia do que irá ser ensinado melhor elas irão aprender.
50 - Esteja sempre a procura de momentos brilhantes. Essas crianças são muito mais talentosas do que aparentam ser. Estimule-as.
Pessoas
como Einstein, Arquimedes, Leonardo da Vinci, Ampere e outras tantas
mais que conseguiram ultrapassar as dificuldades em sua infância e
puberdade possivelmente o fizeram mediante um grande esforço no sentido
de superarem a si mesmos, mas em épocas em que talvez o brilhantismo não
fosse tão cobrado dos indivíduos como nesta em que vivemos.
Hoje
apenas começamos a compreender a necessidade de respeitarmos as
individualidades desde a mais tenra infância e o nosso compromisso de
cultivadores de mentes mais sadias e verdadeiramente mais felizes com a
possibilidade de recriar livremente uma nova sociedade para uma nova
história do homem.
Fontes consultadas
Jerabek, DARYL. Attention Deficit Disorder (A teacher's guide to ADD).
[consulta: 06 julho 1997].
Hallowell, EDWARD M. 50 Quick Tips on the Classroom Management of Attention Deficit Disorder.
[consulta: 06 julho 1997].
[consulta: 06 julho 1997].
What current treatment is there for ADD?
[consulta: 06 julho 1997].
The Child with ADD; what does it mean to their education.
[consulta: 06 julho 1997].
Distractibility vs. Attention Span
[consulta: 06 julho 1997].
Possible causes of ADD.
[consulta:06 julho 1997].
Symptoms of ADD/ADHD.
[consulta: 06 julho 1997].
People in History with ADD.
[consulta: 06 julho 1997].
29 Positive Aspects of ADD.
[consulta: 06 julho 1997].
BRASIL. Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência - CORDE. Os Direitos das Pessoas portadoras de Deficiência : Lei n.º 7853/89 e Decreto n.º 914/93. Brasília: CORDE, 1994.
Hallowell, EDWARD M. 50 Quick Tips on the Classroom Management of Attention Deficit Disorder.
What current treatment is there for ADD?
The Child with ADD; what does it mean to their education.
Distractibility vs. Attention Span
Possible causes of ADD.
Symptoms of ADD/ADHD.
People in History with ADD.
29 Positive Aspects of ADD.
BRASIL. Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência - CORDE. Os Direitos das Pessoas portadoras de Deficiência : Lei n.º 7853/89 e Decreto n.º 914/93. Brasília: CORDE, 1994.