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Festa da Assunção da Santíssima Virgem


"Assunção da Virgem", Egid Quirin Asam (1692-1750)

O Senhor abençoou-te com a sua fortaleza, pois que, por teu intermédio, reduziu a nada os nossos inimigos. Abençoada és tu, minha filha, pelo Senhor, o Deus altíssimo, entre todas as mulheres da terra. Bendito seja o Senhor, criador do céu e da terra, que te levou a cortares a cabeça do chefe dos nossos inimigos. De tal maneira ele hoje glorificou o teu nome, que o teu nome não desaparecerá da boca dos homens, para sempre lembrados do poder do Senhor. Ao veres os sofrimentos e a amargura do teu povo, não quiseste poupar a tua vida; antes nos salvaste da ruína, sob o olhar protetor do nosso Deus: Tu és a glória de Jerusalém, a alegria de Israel, a honra do nosso povo.
(Livro de Judite 13, 22-25 e 15, 10, lida a 15 de agosto, no rito tradicional latino-gregoriano, por ocasião da Festa da Assunção da Santíssima Virgem)



Homilia de São João Damasceno (676-749)

Ó Mãe de Deus sempre Virgem, a tua sagrada partida deste mundo é verdadeiramente uma passagem, uma entrada na Morada de Deus. Saindo deste mundo material, entras numa “Pátria melhor” (Hb 11, 16). O Céu acolheu com alegria a tua alma:

“Quem é esta, que surge como a aurora, formosa como a lua, brilhante como o sol, terrível como um exército em ordem de batalha?” (Ct 6, 10) – “O Rei introduziu-te nos seus aposentos” (Ct 1, 4) e os anjos glorificam aquela que é a Mãe do seu próprio Senhor, por natureza e em verdade, segundo o plano de Deus. […]

Os Apóstolos levaram o teu corpo sem mancha, o teu corpo, verdadeira Arca da Aliança, e depositaram-no no seu santo túmulo. E aí, como que passando outro Jordão, tu chegaste à verdadeira Terra prometida, à “Jerusalém do alto” (Gl 4, 26), da qual Deus é Arquiteto e Construtor. Porque a tua alma não desceu “à habitação dos mortos”, nem “a tua carne conheceu a decomposição” (At 2,31; Sl 15,10). O teu corpo puríssimo, sem mácula, não foi abandonado à terra, antes foste elevada até à morada do Reino dos Céus, tu, a Rainha, a Soberana, a Senhora, a Mãe de Deus, a verdadeira Theotokos.

Hoje aproximamo-nos de ti, a nossa Rainha, Mãe de Deus e Virgem; voltamos a nossa alma para a esperança que és para nós. […] Queremos honrar-te com “salmos, hinos e cânticos espirituais” (Ef 5,19). Ao honrar a Serva, exprimimos a nossa ligação ao nosso Senhor comum. […] Lança os teus olhos sobre nós, ó Rainha, Mãe do nosso bom Soberano; guia o nosso caminho até ao porto sem tempestades do Desejo bom de Deus

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