Pular para o conteúdo principal

Sobre o apoio de falsos católicos ao movimento LGBT nas redes sociais



"VIRALIZOU" NAS REDES sociais (especialmente no 'Facebook') um novo aplicativo para fotos de perfil dos usuários contendo as cores do arco-íris, símbolo principal do movimento LGBT (lésbicas, gay, bissexuais, transexuais). Tal aplicativo foi lançado em apoio e comemoração à legalização da "união homoafetiva" nos EUA. O que nos deixa estarrecidos não é ver o grande número de militantes de esquerda, ateus, feministas e ativistas utilizarem esse recurso, – o que já era esperado, – mas, sim, notar a grande presença de pessoas que se dizem católicas promovendo esta campanha(!).

Absurdo dos absurdos, este fato serve como medidor do conhecimento das coisas da fé em nossa Igreja nos dias de hoje. Por que está acontecendo? As respostas nem sempre são evidentes, mas talvez o maior dos motivos seja o enfraquecimento doutrinário dentro da própria Igreja, desde que profundamente abalada pela invasão de uma certa dita "teologia" que não tem a menor pretensão de anunciar o Evangelho nem de ensinar/proclamar a Verdade, mas que se preocupa exclusivamente com as questões materiais e temporais, identificada até a medula com as ideologias esquerdistas. 

Todavia, existem outros fatores causadores de barbaridades como esta, – alguns mais externos e difíceis mesmo de identificar, como é o caso do avanço do comportamento “politicamente correto” que vem adquirindo força cada vez maior e influenciando mais e mais as mentes de homens, mulheres e crianças, em nível mundial. É algo que devemos, em grande parte, à engenharia social promovida pela chamada “classe falante” da sociedade contemporânea, com a mídia vassala do pensamento esquerdista. Estas são algumas das múltiplas explicações para o absurdo.

Há que se considerar, ainda, o elevado grau de esquizofrenia entre aqueles que se dizem “católicos” e aderiram a esta campanha tão claramente anticatólica. Católicos que levantam a bandeira de um movimento que há poucos dias profanou a imagem sagrada do Cristo Crucificado com um travesti amarrado numa cruz, e pôs nas ruas dois pederastas fantasiados de sacerdotes segurando um preservativo sobre um cálice, como se fosse uma Hóstia Consagrada (que para nós é Corpo e Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor).

Estes "católicos" de araque estão em total contradição com os princípios da Igreja e com o próprio Criador, que fez dos seres humanos homem e mulher, a fim de exercerem seus papéis na sociedade segundo sua expressão sexual. Promover a apologia do movimento LGBT significa, em última instância, ir contra o próprio Deus, na medida em que é se posicionar contra a própria natureza dos seres humanos, que têm nas relações sexuais o fim de se constituir família. 

Em suma, como poderia uma pessoa ser cristã e defender um estado de coisas que vai tão claramente contra a Vontade de Deus? Como tantas pessoas podem se contradizer dessa forma? Estes são, sem dúvida, sinais da fraqueza doutrinária dos homens que estão, agora, no comando de nossa Igreja. Não necessariamente maldade, não más intenções, mas falta de comprometimento com a própria fé que confessam.

Apesar de tudo é preciso registrar, também, que grande parte dos apoiadores do absurdo parece que sequer se deram ao trabalho de raciocinar sobre o que estão fazendo e a quê estão promovendo. Em outras palavras, compartilharam deste aplicativo por simples “modinha” ou pela força da chamada psicologia de massas. Este é outro fator que transpassa até mesmo a questão doutrinária da Igreja e alcança um sistema educacional que não permite a busca do conhecimento por si, mas por terceiros que geralmente já seguem uma cartilha doutrinária muito específica.


Vergonhosamente, num país de maciça maioria cristã, campanhas como estas, contra o assassinato de cristãos inocentes pelo Estado Islâmico e contra a publicação de uma revista favorável ao aborto, não chegaram nem perto da adesão que teve aquela que favorece os grupos LGBT

Tudo o que dissemos até aqui não exclui a realidade de que as pessoas que possuem tendências homossexuais, na maioria dos casos, experimentam grande sofrimento e devem ser acolhidas por nós. Mas há grupos ativistas que têm a claríssima intenção de utilizá-los como massa de manobra para seus interesses de poder.

Por fim, deve-se ter em conta que a nossa manifestação contrária, – nós, cristãos, – é válida (e necessária), pois ainda detemos o direito de expressão em nosso país (ao menos em teoria), apesar das diversas tentativas governamentais de cerceá-lo. 

Vale observar que símbolos cristãos estão sendo utilizados em apoio a estes movimentos nefastos. Como se sabe, o arco-íris é sinal da Aliança eterna entre Deus e a humanidade (Gn 9,16), e está sendo utilizado como bandeira do pecado. Também a frase“Love Wins” ('O Amor Vence'), na verdade diz respeito à própria crucificação de Nosso Senhor Jesus Cristo, que levou seu amor ao extremo dos extremos para a nossa salvação, vencendo assim o pecado e a morte eterna (Jo 13,1).

Não restam mais dúvidas de que todo este trabalho foi elaborado para afrontar as únicas fontes de defesa dos autênticos valores morais remanescentes no mundo contemporâneo: a Igreja e a família. Ficamos, sim perplexos, – o que é inevitável, – mas além de rezar incessantemente é imperioso que lutemos, protestemos, orientemos o irmão que está próximo, que cobremos de nosso governantes. Que mostremos e deixemos bem claro, enfim, que existimos, que somos maioria e que não toleraremos este estado de coisas.

O confronto final entre Nosso Senhor e o reino de Satanás será sobre o Matrimônio e a família. Não tenha medo, porque qualquer um que trabalha pela santidade do Matrimônio e da família será sempre combatido e contrariado em todos os modos, porque este é um ponto decisivo. Mas Nossa Senhora já esmagou sua cabeça.
(Irmã Lúcia dos Santos, vidente de Fátima em carta ao Cardeal Caffara)
____________
Adaptado de artigo do apostolado 'Em defesa da Vida, da Igreja e da Verdade', disp. em:
emdefesadavidadaigreja.blogspot.com.br/2015/06/redes-sociais-e-nova-modinha-catolica.html

Postagens mais visitadas deste blog

Símbolos e Significados

A palavra "símbolo" é derivada do grego antigo  symballein , que significa agregar. Seu uso figurado originou-se no costume de quebrar um bloco de argila para marcar o término de um contrato ou acordo: cada parte do acordo ficaria com um dos pedaços e, assim, quando juntassem os pedaços novamente, eles poderiam se encaixar como um quebra-cabeça. Os pedaços, cada um identificando uma das pessoas envolvidas, eram conhecidos como  symbola.  Portanto, um símbolo não representa somente algo, mas também sugere "algo" que está faltando, uma parte invisível que é necessário para alcançar a conclusão ou a totalidade. Consciente ou inconscientemente, o símbolo carrega o sentido de unir as coisas para criar algo mair do que a soma das partes, como nuanças de significado que resultam em uma ideia complexa. Longe de objetivar ser apologética, a seguinte relação de símbolos tem por objetivo apenas demonstrar o significado de cada um para a cultura ou religião que os adotou.

Como se constrói uma farsa?

26 de maio de 2013, a França produziu um dos acontecimentos mais emblemáticos e históricos deste século. Pacificamente, milhares de franceses, mais de um milhão, segundo os organizadores, marcharam pelas ruas da capital em defesa da família e do casamento. Jovens, crianças, idosos, homens e mulheres, famílias inteiras, caminharam sob um clima amistoso, contrariando os "conselhos" do ministro do interior, Manuel Valls[1]. Voltando no tempo, lá no já longínquo agosto de 2012, e comparando a situação de então com o que se viu ontem, podemos afirmar, sem dúvida nenhuma, que a França despertou, acordou de sua letargia.  E o que provocou este despertar? Com a vitória do socialista François Hollande para a presidência, foi colocada em implementação por sua ministra da Justiça, Christiane Taubira,  a guardiã dos selos, como se diz na França, uma "mudança de civilização"[2], que tem como norte a destruição dos últimos resquícios das tradições qu

Pai Nosso explicado

Pai Nosso - Um dia, em certo lugar, Jesus rezava. Quando terminou, um de seus discípulos pediu-lhe: “Senhor, ensina-nos a orar como João ensinou a seus discípulos”. È em resposta a este pedido que o Senhor confia a seus discípulos e à sua Igreja a oração cristã fundamental, o  Pai-Nosso. Pai Nosso que estais no céu... - Se rezamos verdadeiramente ao  "Nosso Pai" , saímos do individualismo, pois o Amor que acolhemos nos liberta  (do individualismo).  O  "nosso"  do início da Oração do Senhor, como o "nós" dos quatro últimos pedidos, não exclui ninguém. Para que seja dito em verdade, nossas divisões e oposições devem ser superadas. É com razão que estas palavras "Pai Nosso que estais no céu" provêm do coração dos justos, onde Deus habita como que em seu templo. Por elas também o que reza desejará ver morar em si aquele que ele invoca. Os sete pedidos - Depois de nos ter posto na presença de Deus, nosso Pai, para adorá-lo