Pular para o conteúdo principal

“Jesus muçulmano”? Mais um fruto podre do falso ecumenismo


Por "Si Si No No" – publicado pelo Revmo. Padre João Batista de A. Prado Ferraz Costa, Capela Santa Maria das Vitórias



EM UMA IGREJA desta pobre Itália, dia 1º de janeiro o sacerdote local, na homilia para celebrar a jornada da paz (como se faz a cada ano desde o pontificado de Paulo VI), citou um livro escrito por um “missionário” na Turquia sobre as boas relações entre muçulmanos e os pouquíssimos católicos daquela terra.

Eis o fato: os missionários têm uma bela igreja, visitada pelos turistas de todas as religiões. Uma manhã chega um grupo de meninos, todos muçulmanos, acompanhados pela professora deles. Visitam a igreja. Explica-lhes tudo. Depois deixa-se entrevistar pelos meninos desejosos de mais informações.

Um deles diz: “No Corão também se fala de Jesus: para nós é um profeta que viveu antes de Maomé”. O missionário: “Oh, certamente! Jesus é um profeta também para nós. Logo, podemos ser amigos”. O menino: “Mas Maomé superou Jesus”. Silêncio. Depois o menino continua: “É verdade que Jesus, no fim do mundo, se fará muçulmano?”.

O missionário pergunta: “Mas tu sabes que significa ser muçulmano?”. O menino: “Muçulmano, “muslin”, significa submisso, submisso a Deus, a Alá”. O padre: “Ó meu caro, quem é mais submisso a Deus que Jesus? Ele é em tudo submisso a Deus; portanto, vós sabeis que é como se fosse muçulmano”.

Os meninos partiram satisfeitos com essas palavras: agora sabem que Jesus é como eles, já é um convertido ao Islão. Vejam que vitória para eles!

O padre, depois de ter lido o episódio do livro do missionário na Turquia, comenta: “Vejam como é possível haver entendimento, como se pode promover a paz. Como se pode ser amigo, em comunhão entre nós. Basta o entendimento”.

Os fiéis presentes à missa estão perplexos. Alguns saem da igreja, como o subscrito. Outros entreolham-se estarrecidos. Nosso Senhor Jesus, o Filho unigênito de Deus feito homem para redimir-nos e merecer-nos a graça divina e o paraíso, o único Salvador do mundo – ouvi, ouvi!- converteu-se em muçulmano!

Mas isto é uma blasfêmia, seja quem for que a diga. Em outros tempos, um padre assim teria sido despachado, segregado de qualquer contato com a grei dos fieis de Jesus Cristo, para não lhes fazer maior dano.

Hoje, ao contrário, é normal dizer blasfêmias desse jaez do púlpito. Não há palavras para comentar. São os frutos podres do ecumenismo. Estamos em pleno sincretismo, em plena apostasia. Tal missionário e tal padre deveriam ser denunciados. Mas a quem? Quem hoje intervirá para conter o desastre permanente a que assistimos?

No entanto, cumpre levantar a voz! Fazer sentir que ao menos um “pequeno resto” de católicos não aceita que se trate assim a Jesus, o Homem-Deus, Ele que é a única Verdade, a única Via, a única Vida e “ninguém vai ao Pai senão por Ele (Jo 14,6). Não há outro nome, afora o Nome de Jesus, dado aos homens, pelo qual sejamos salvos” (At 4,12): palavra de Pedro, o primeiro papa, ainda em Jerusalém, quando não era “bispo de Roma”.

Caro SISINONO, guardemos a fé e abracemo-nos à Cruz de Jesus, sem jamais a deixar. Se outros o destronaram até esse ponto, nós queremos coroá-lo da glória divina, que só Ele merece. 

__________
** Nota da Assoc. Laical São Próspero –
 Esta carta tão bela, triste e repleta de ira santa nos faz lembrar de uma antiga história, catequética, contada para fazer entender o que significa ser verdadeiramente cristão:


Um belo dia, um homem que estava indeciso quanto a converter-se ou não à Igreja de Cristo, sonhou que estava assentado em cima de um muro. Ao seu lado direito via um anjo, e ao seu lado esquerdo, um demônio. O homem queria saltar para o lado do anjo, luminoso, belo, cheio de uma expressão amorosa, mas sabia que para tanto precisaria abrir mão se uma série de pequenos prazeres, de alguns vícios que ele até então cultivara com carinho, de certas delícias às quais estava muito apegado. Olhava então para o lado do asqueroso demônio, mas sabia que saltar para o seu lado significava por em risco sua alma... Indeciso estava, e o anjo, percebendo sua hesitação, instava e lhe pedia a todo instante: "Venha para o meu lado, o lado de Nosso Senhor, da Santíssima Virgem e dos santos e anjos de Deus! Ganharás a felicidade eterna se vieres para este lado! Venha, as alegrias do mundo são passageiras como brisa, não valem a pena! Venha! Venha!", e não parava de insistir. Já o demônio se mantinha calado, apenas rondava, e ostentava uma expressão de satisfação... Intrigado, depois de algum tempo, o homem perguntou ao servo de Satanás: "Por que não me convidas também a decidir pelo teu lado, como faz o anjo?". E o demônio lhe respondeu: "Ora, porque você já está do meu lado. O muro é meu; todos os que permanecem em cima dele pertencem ao meu senhor."!


Ou se está a favor da Verdade ou contra ela. Ou se está a favor do Cristo ou contra Ele. Não há terceira opção: não se pode aceitar o erro para ficar bem com todos. Não é possível ser católico e irenista ao mesmo tempo.

Postagens mais visitadas deste blog

Símbolos e Significados

A palavra "símbolo" é derivada do grego antigo  symballein , que significa agregar. Seu uso figurado originou-se no costume de quebrar um bloco de argila para marcar o término de um contrato ou acordo: cada parte do acordo ficaria com um dos pedaços e, assim, quando juntassem os pedaços novamente, eles poderiam se encaixar como um quebra-cabeça. Os pedaços, cada um identificando uma das pessoas envolvidas, eram conhecidos como  symbola.  Portanto, um símbolo não representa somente algo, mas também sugere "algo" que está faltando, uma parte invisível que é necessário para alcançar a conclusão ou a totalidade. Consciente ou inconscientemente, o símbolo carrega o sentido de unir as coisas para criar algo mair do que a soma das partes, como nuanças de significado que resultam em uma ideia complexa. Longe de objetivar ser apologética, a seguinte relação de símbolos tem por objetivo apenas demonstrar o significado de cada um para a cultura ou religião que os adotou.

Como se constrói uma farsa?

26 de maio de 2013, a França produziu um dos acontecimentos mais emblemáticos e históricos deste século. Pacificamente, milhares de franceses, mais de um milhão, segundo os organizadores, marcharam pelas ruas da capital em defesa da família e do casamento. Jovens, crianças, idosos, homens e mulheres, famílias inteiras, caminharam sob um clima amistoso, contrariando os "conselhos" do ministro do interior, Manuel Valls[1]. Voltando no tempo, lá no já longínquo agosto de 2012, e comparando a situação de então com o que se viu ontem, podemos afirmar, sem dúvida nenhuma, que a França despertou, acordou de sua letargia.  E o que provocou este despertar? Com a vitória do socialista François Hollande para a presidência, foi colocada em implementação por sua ministra da Justiça, Christiane Taubira,  a guardiã dos selos, como se diz na França, uma "mudança de civilização"[2], que tem como norte a destruição dos últimos resquícios das tradições qu

Pai Nosso explicado

Pai Nosso - Um dia, em certo lugar, Jesus rezava. Quando terminou, um de seus discípulos pediu-lhe: “Senhor, ensina-nos a orar como João ensinou a seus discípulos”. È em resposta a este pedido que o Senhor confia a seus discípulos e à sua Igreja a oração cristã fundamental, o  Pai-Nosso. Pai Nosso que estais no céu... - Se rezamos verdadeiramente ao  "Nosso Pai" , saímos do individualismo, pois o Amor que acolhemos nos liberta  (do individualismo).  O  "nosso"  do início da Oração do Senhor, como o "nós" dos quatro últimos pedidos, não exclui ninguém. Para que seja dito em verdade, nossas divisões e oposições devem ser superadas. É com razão que estas palavras "Pai Nosso que estais no céu" provêm do coração dos justos, onde Deus habita como que em seu templo. Por elas também o que reza desejará ver morar em si aquele que ele invoca. Os sete pedidos - Depois de nos ter posto na presença de Deus, nosso Pai, para adorá-lo