É O QUE AFIRMOU O PREFEITO da Congregação para a Doutrina da Fé, Cardeal Gerhard Mueller (foto), em entrevista ao jornal francês Famille Chrétienne. A entrevista ocorreu após as declarações do Cardeal Reinhard Marx, presidente da Conferência Episcopal alemã, que afirmou: “Nós não somos uma filial de Roma. Cada conferência episcopal é responsável pelos cuidados pastorais em seu contexto e deve pregar o Evangelho de uma maneira original e própria. Nós não podemos esperar que um Sínodo nos diga como formular os cuidados pastorais pelo matrimônio e a família”.
Para o Cardeal Mueller, a hipótese de que decisões doutrinais ou disciplinares possam ser delegadas às conferências episcopais
“É uma ideia absolutamente anticatólica, que não respeita a catolicidade da Igreja. As conferências episcopais têm uma autoridade sobre alguns assuntos, mas não constituem um magistério ao lado do Magistério, sem o papa e sem a comunhão com todos os bispos.”
Respondendo especificamente aos comentários do Cardeal Marx, Dom Mueller afirmou:
“Uma conferência episcopal não é um concílio particular, e menos ainda um concílio ecumênico. O presidente de uma conferência episcopal não é nada além de um moderador técnico, e ele não tem, a esse título, nenhuma autoridade magisterial particular. Escutar que uma conferência episcopal não é uma ‘filial de Roma’ me dá a ocasião de lembrar que as dioceses também não são filiais do secretariado de uma conferência episcopal, nem da diocese cujo bispo preside a conferência episcopal.”
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Fontes:
Famille Chrétienne/ CNA
Catholic Herald, disponível em:
http://catholicherald.co.uk/news/2015/03/26/vatican-cardinal-it-would-be-anti-catholic-to-let-bishops-conferences-decide-doctrine/