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PADRE MONTE


 




PADRE LUIZ MONTE, UM SÁBIO

O MAIS CULTO DOS HOMENS EM TERRAS POTIGUARES
EM TODOS OS TEMPOS

LUIZ GONZAGA DO MONTE nasceu aos 3 de janeiro de 1905 na cidade de Vitória de Santo Antão, em Pernambuco, fixou-se definitivamente no Rio Grande do Norte a partir de 1914, ordenou-se padre aos 22 anos de idade, e morreu em Natal no dia 18 de fevereiro de 1944 com apenas 39 anos de idade.

Latinista — sabia também hebraico e grego, dominava o inglês, o alemão e as línguas neolatinas.

Foi grande orador, primoroso e polígrafo escritor.

Segundo o Cônego Jorge O’ Grady de Paiva, Padre Monte — como era tratado por quantos com ele conviveram, “dominava toda a ciência do seu tempo”.

Foi sempre uma pessoa muito humilde e retraída.

Seu processo e Beatificação, iniciado pelo Bispo Metropolitano, Dom Matias Patrício de Macedo em 2005, segue seus trâmites canônicos.

Padre Monte foi o primeiro intelectual do Rio Grande do Norte a ser considerado sábio pelos seus conterrâneos.

Sem dúvida, continua sendo o mais culto dos homens com biografia de vida escrita em terras potiguares.

Vejamos alguns depoimentos de pessoas gradas, que o conheceram de perto:

— O padre Luiz Monte será doutor da Igreja. O primeiro santo doutor do Brasil. Monsenhor Assis Pereira.

— Ninguém o igualou em pluralidade de saberes. Valia sozinho por uma academia. Nilo Pereira.

— Impossível recordar o Padre Monte sem ligar-se a evocação à cidade dos livros em que vivia, ao laboratório onde pesquisava, como nenhum outro entre nós, no Rio Grande do Norte. Em sua cotidiana viagem de colégio a colégio, a sua farândola de gigantes, as suas fórmulas, os seus sistemas, o seu universo. Ouvimo-lo em diversas nuances da oratória e ao compasso daquelas mãos brancas e descarnadas cresciam as imagens como ondas de um lago revolto. Morreu de cansaço, pois sua época e sua posição espiritual lhe não davam tréguas, nem ele se rendia um minuto. Edgar Barbosa.

— Padre Monte? Revejo-o olhos faiscantes de curiosidade intelectual, debruçado sobre os livros, manobrando instrumentos científicos, absorvido nos mistérios da natureza, mestre de ciências múltiplas, com a eterna e incurável preocupação de mais saber. Aluizio Alves.

— Vida como dizia Luis de Camões: “um  solitário andar por entre as gentes... “ Foi uma inteligência ímpar, solitária na sua grandeza, vivendo atrás das nuvens espessas da indiferença ambiental, mas independendo dela, para eternizar-se no infinito. Câmara Cascudo.

— Padre Monte, o santo genial, o sacerdote perfeito e o cientista extraordinário. Robert. L Walsh, Major General USA Comandante. (Declaração ao tempo da 2ª Guerra Mundial, 1944 em Natal).

— Estava a par do movimento científico mundial e em dia com os seus desdobramentos.  Foi um grande dialético.  E que sutileza ao encarar uma questão filosófica, um tema de psicologia em que era mestre consumado, ou um problema de apologética!  Lavínio Dantas.

— A sua inteligência rara e profunda atraiu-lhe a atenção dos Mestres e antes de ser Padre, já se tornara um deles. Bertha Guilherme.

— Padre Monte, quando você está polemizando é católico. Fora da polêmica, você é cristão.  Esmeraldo Siqueira.

— Se aqui estivesse, todos nós, bispos, cardeais, agentes pastorais, cristãos da Diáspora, confessores e mártires, teríamos para onde correr, a quem escutar, a que seguir sem exigir dele nenhuma palavra. Bastaria olhá-lo e senti-lo, refletindo Deus... ele (Padre Monte) confessava que gostaria de terminar seus dias num convento trapista.  E os trapistas não falam. Apenas escutam Deus. José Luiz Silva.

Para concluir, alguns pensamentos do próprio Padre Monte:

— Na vida, há raros momentos de sermos heróis e muitos de não sermos covardes.  Às vezes o mal triunfa pela omissão e comodismo inoperantes dos bons.

— Não é o que se faz nem o que se diz que conquista; mas o que se é na realidade.

— Os defeitos foram feitos para serem tirados; se não houvesse defeitos, não poderia haver virtudes; cabe a nós transformarmos os defeitos em virtudes.

— O caminho mais perto da felicidade é o que passa mais perto de Deus.

— O homem é o resumo do mundo, e o coração o resumo do homem.

— Melhorar-se para melhorar; reformar-se para reformar; vencer-se para vencer.

— Quantas vezes, fascinados pelas seduções do mundo, volitamos em torno da débil chama de uma vela em vez de nos precipitar para a fornalha amorosa do Sol da justiça!

— A dor que é a sentinela da vida recebe o ósculo da esperança, que é a sentinela da morte.  E o símbolo mais evidente da primeira é a lágrima, enquanto o emblema da segundo é a prece. A dor fere, mas depois consola.

— Como reconhecimento da majestade divina — Deus, em cada coração se ergueu, se ergue e se erguerá um trono, um altar em cada peito, uma soberania em cada consciência, um sacrário em cada alma...Assim, reina e reinará para sempre Jesus Cristo Nosso Senhor e Rei.

— Não é realmente surpreendente que à Scheelita, e com ela vários outros satélites do diamante, ocorram no Seridó nas mesmas rochas eruptivas, donde se originam os diamantes nas famosas jazidas das índias e da África do Sul.  Se algum dia se descobrirem diamantes nos derrames da Scheelita no Seridó, o discutido problema da rocha eruptiva diamantífera, no Brasil, terá uma solução definitiva.  

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