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Exortação Apostólica Evangelii Gaudium – o que nos fala o Papa Francisco

 


O documento está dividido em 5 capítulos onde o Papa direciona as atividades da Igreja a um caminho pastoral semelhante ao que nos é proposta no Documento de Aparecida (2007) por ocasião da 5° Conferência Episcopal latino-americana e do Caribe que aconteceu no Brasil.

Os capítulos apresentados para reflexão sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual são:

  • A transformação missionária da Igreja;
  • Na crise do compromisso comunitário;
  • O anúncio do Evangelho;
  • A dimensão social da Evangelização;
  • Evangelizadores com espírito;

 

No primeiro capítulo o Papa propõe uma igreja em saída Pastoral. A palavra pastoral vem do sentido de pastorear. O pastor vai ao encontro das ovelhas e não espera que ela venha até eles. Então toda a atividade pastoral da Igreja deve estender as atitudes do Bom Pastor. A igreja deve recuperar sua característica missionária e ao exemplo das primeiras comunidades cristãs relatadas em Atos dos Apóstolos, as paróquias deve ser “a própria Igreja que vive no meio das casas dos seus filhos e das suas filhas”. O capítulo ainda trata de uma nova forma de anunciar a mensagem, focando o necessário e o belo. A primeira parte continua lembrando que a religião não deve prender ou tornar pesada a vida dos fiéis lembrando que os preceitos dado por Cristo e pelos Apóstolos ao povo de Deus são pouquíssimos. Esta seção se encerra recordando que a Igreja é chamada a ser uma mãe de coração aberto. A igreja não deve ser uma alfândega, ou “controladora da graça”, mas facilitadora e casa paterna onde há lugar para todos.

O Papa prossegue no segundo capítulo falando a respeito dos desafios do mundo atual, entre eles os sociais, culturais e econômicos. Este bloco vai destacar que o fiel envolvido no trabalho pastoral deve ter uma característica otimista com uma visão de comunidade, que desfavoreça ou erradique a guerra interna na comunidade e/ou entre os cristãos, e que saiba dizer não ao individualismo.

O anúncio do Evangelho é discutido no capítulo três, onde o sumo pontífice, vai destacar a vocação de discípulos e missionários inerentes a todo cristão e a unidade na diversidade. O capítulo aborda a homilia e a preparação da pregação, lembrando que Cristo não é um ideal, uma teoria, mas sim uma pessoa capaz de mudar as realidades da vida de quem se abre a graça.

Evangelizar é tornar o Reino de Deus presente no mundo. Esta frase abre o capítulo 04 a respeito da dimensão social da evangelização. Francisco fala para sua igreja a respeito da opção preferencial pelos pobres, uma característica presente nos evangelhos e uma fidelidade a Boa Nova transmitida. O capítulo se encerra com as questões referentes ao diálogo para a construção da paz.

A exortação apostólica se encerra com as motivações para um renovado ardor missionário impulsionado pelo Espírito Santo e também com uma parte dedicada a Maria, a mãe da evangelização.

Em resumo, a exortação destaca o chamado à renovação espiritual e missionária da Igreja Católica.

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