Pular para o conteúdo principal

CARTA APOSTÓLICA SOB FORMA DE MOTU PROPRIO APERUIT ILLIS




A Sagrada Escritura desempenha um papel fundamental na promoção da unidade entre os cristãos, conforme destacado na Carta Apostólica "Aperuit Illis" do Papa Francisco, que institui o Domingo da Palavra de Deus. Aqui estão os principais pontos sobre como a Escritura contribui para essa unidade:

  1. Fonte Comum de Revelação: A Sagrada Escritura é a base da fé cristã e, como tal, fornece uma narrativa comum que une todos os cristãos. Ela revela a história da salvação e a mensagem de Cristo, que é central para todas as denominações cristãs.

  2. Escuta e Compreensão: A prática de escutar e compreender a Palavra de Deus é essencial para a formação da identidade cristã. O Papa Francisco enfatiza que a ignorância das Escrituras é ignorância de Cristo, e que a compreensão da Escritura é vital para entender a missão de Jesus e a vida da Igreja.

  3. Diálogo e Reflexão: O Domingo da Palavra de Deus é uma oportunidade para que as comunidades cristãs se reúnam para refletir sobre a Escritura, promovendo um diálogo que pode levar a uma maior compreensão mútua e, consequentemente, à unidade.

  4. Experiência Comunitária: A Bíblia não deve ser vista como um patrimônio exclusivo de alguns, mas como um tesouro que pertence a todo o povo de Deus. A leitura e a interpretação da Escritura em comunidade ajudam a superar divisões e a promover a unidade.

  5. Valência Ecumênica: A celebração do Domingo da Palavra de Deus ocorre em um momento que convida à oração pela unidade dos cristãos. A Sagrada Escritura, ao ser escutada e vivida, aponta para o caminho da unidade autêntica e sólida entre os crentes.

  6. Ação do Espírito Santo: A Sagrada Escritura é lida e interpretada com a ajuda do Espírito Santo, que continua a inspirar e guiar a Igreja. Essa ação do Espírito é fundamental para que a Palavra de Deus permaneça viva e relevante, promovendo a unidade entre os fiéis.

  7. Testemunho e Coerência: A homilia e a proclamação da Palavra durante a liturgia são momentos cruciais para que os pastores e ministros da Palavra ajudem os fiéis a compreenderem e viverem a mensagem da Escritura, promovendo assim um testemunho coerente que une a comunidade.

  8. Educação e Formação: O Domingo da Palavra de Deus também é um momento para que os pastores e catequistas se dediquem a explicar e tornar a Escritura acessível, promovendo uma homilia que ajude os fiéis a conectar a Palavra com suas vidas diárias.

  9. Relação com a Eucaristia: O Domingo da Palavra de Deus destaca a inseparabilidade entre a Sagrada Escritura e a Eucaristia, onde a Palavra e o Pão se tornam um meio de reconhecer a presença de Cristo na vida dos fiéis.

  10. Crescimento Espiritual: A familiaridade com as Escrituras é essencial para o crescimento espiritual dos cristãos, permitindo que a Palavra de Deus transforme suas vidas e os ajude a viver em caridade e solidariedade.


O Domingo da Palavra de Deus, estabelecido pelo Papa Francisco, é de grande importância para a vida da Igreja e dos fiéis, pois visa promover uma relação mais profunda com as Sagradas Escrituras. Este dia, celebrado no III Domingo do Tempo Comum, é uma oportunidade para a comunidade cristã refletir sobre a riqueza da Palavra de Deus e sua centralidade na vida da fé.


Em resumo, a Sagrada Escritura é um elemento central que não apenas fundamenta a fé cristã, mas também serve como um meio de promover a unidade entre os cristãos, ao oferecer uma base comum de crença, incentivar o diálogo e a reflexão, e ser acessível a todos como um patrimônio do povo de Deus

Postagens mais visitadas deste blog

Símbolos e Significados

A palavra "símbolo" é derivada do grego antigo  symballein , que significa agregar. Seu uso figurado originou-se no costume de quebrar um bloco de argila para marcar o término de um contrato ou acordo: cada parte do acordo ficaria com um dos pedaços e, assim, quando juntassem os pedaços novamente, eles poderiam se encaixar como um quebra-cabeça. Os pedaços, cada um identificando uma das pessoas envolvidas, eram conhecidos como  symbola.  Portanto, um símbolo não representa somente algo, mas também sugere "algo" que está faltando, uma parte invisível que é necessário para alcançar a conclusão ou a totalidade. Consciente ou inconscientemente, o símbolo carrega o sentido de unir as coisas para criar algo mair do que a soma das partes, como nuanças de significado que resultam em uma ideia complexa. Longe de objetivar ser apologética, a seguinte relação de símbolos tem por objetivo apenas demonstrar o significado de cada um para a cultura ou religião que os adotou.

Como se constrói uma farsa?

26 de maio de 2013, a França produziu um dos acontecimentos mais emblemáticos e históricos deste século. Pacificamente, milhares de franceses, mais de um milhão, segundo os organizadores, marcharam pelas ruas da capital em defesa da família e do casamento. Jovens, crianças, idosos, homens e mulheres, famílias inteiras, caminharam sob um clima amistoso, contrariando os "conselhos" do ministro do interior, Manuel Valls[1]. Voltando no tempo, lá no já longínquo agosto de 2012, e comparando a situação de então com o que se viu ontem, podemos afirmar, sem dúvida nenhuma, que a França despertou, acordou de sua letargia.  E o que provocou este despertar? Com a vitória do socialista François Hollande para a presidência, foi colocada em implementação por sua ministra da Justiça, Christiane Taubira,  a guardiã dos selos, como se diz na França, uma "mudança de civilização"[2], que tem como norte a destruição dos últimos resquícios das tradições qu

Pai Nosso explicado

Pai Nosso - Um dia, em certo lugar, Jesus rezava. Quando terminou, um de seus discípulos pediu-lhe: “Senhor, ensina-nos a orar como João ensinou a seus discípulos”. È em resposta a este pedido que o Senhor confia a seus discípulos e à sua Igreja a oração cristã fundamental, o  Pai-Nosso. Pai Nosso que estais no céu... - Se rezamos verdadeiramente ao  "Nosso Pai" , saímos do individualismo, pois o Amor que acolhemos nos liberta  (do individualismo).  O  "nosso"  do início da Oração do Senhor, como o "nós" dos quatro últimos pedidos, não exclui ninguém. Para que seja dito em verdade, nossas divisões e oposições devem ser superadas. É com razão que estas palavras "Pai Nosso que estais no céu" provêm do coração dos justos, onde Deus habita como que em seu templo. Por elas também o que reza desejará ver morar em si aquele que ele invoca. Os sete pedidos - Depois de nos ter posto na presença de Deus, nosso Pai, para adorá-lo