Diante da decisão unilateral adotada pelo Pe. Jorge Crespo de candidatar-se a deputado na Argentina, o arcebispo Mario Antonio Cargnello fez alguns esclarecimentos sobre a relação entre osacerdote católico e a política:
1. Visão positiva da política
A Igreja valoriza a atividade política, considerando-a como uma forma privilegiada de caridade social. Por isso, incentiva seus fiéis leigos a assumirem suas responsabilidades no serviço ao bem comum, que é a razão de ser da atividade política.
2. Distinção e colaboração
Ao mesmo tempo, o Concílio Vaticano II ensina que “a Igreja, que, em razão da sua missão e competência, de modo algum se confunde com a sociedade nem está ligada a qualquer sistema político determinado, é ao mesmo tempo o sinal e salvaguarda da transcendência da pessoa humana” (Gaudium et spes, 76).
Por isso, destaca a independência e autonomia mútuas entre a Igreja e o Estado. Cada um deve atuar em seu próprio âmbito e ambos colaboram no serviço à vocação pessoal e social do homem. Esta colaboração precisa ser saudável, boa e respeitosa dos âmbitos que são próprios de cada um.
3. O sacerdote está acima de qualquer parte política
Este é o âmbito dentro do qual é preciso avaliar a atuação do sacerdote, que é ministro de Cristo e do seu evangelho e, por isso, ministro da Igreja. No Diretório para o Ministério e a Vida dos Presbíteros, se explica: “O sacerdote, servidor da Igreja que em virtude da sua universalidade e catolicidade, não pode ligar-se a nenhuma contingência histórica, estará acima de qualquer parte política. Ele não pode tomar parte ativa em partidos políticos ou na condução de associações sindicais, a menos que, na opinião da autoridade eclesiástica competente, o exijam a defesa dos direitos da Igreja e a promoção do bem comum” (n. 33).
4. Os leigos e sua vocação política
São muitos os homens e mulheres com vocação política; a eles corresponde atuar por iniciativa própria no âmbito político e social. A Igreja respeita profundamente todos os leigos que participam da promoção do bem comum, considerando-o como um dever ético que envolve todos os membros da sociedade. Aos padres corresponde acompanhar os leigos na formação permanente de uma consciência reta.
5. O padre é um homem a serviço da fraternidade
Os sacerdotes são homens a serviço de todos, em busca da fraternidade espiritual. Tomar partido envolve o risco de dividir; por isso, os padres não podem intervir diretamente na ação política nem na organização social.
Reduzir a missão do padre a tarefas que são próprias do mundo civil não é uma conquista, mas uma gravíssima perda para a fecundidade evangélica da Igreja inteira. O apelo constante dos leigos, dos pobres, dos doentes, dos marginalizados, das crianças, dos jovens e das famílias testemunha isso.
1. Visão positiva da política
A Igreja valoriza a atividade política, considerando-a como uma forma privilegiada de caridade social. Por isso, incentiva seus fiéis leigos a assumirem suas responsabilidades no serviço ao bem comum, que é a razão de ser da atividade política.
2. Distinção e colaboração
Ao mesmo tempo, o Concílio Vaticano II ensina que “a Igreja, que, em razão da sua missão e competência, de modo algum se confunde com a sociedade nem está ligada a qualquer sistema político determinado, é ao mesmo tempo o sinal e salvaguarda da transcendência da pessoa humana” (Gaudium et spes, 76).
Por isso, destaca a independência e autonomia mútuas entre a Igreja e o Estado. Cada um deve atuar em seu próprio âmbito e ambos colaboram no serviço à vocação pessoal e social do homem. Esta colaboração precisa ser saudável, boa e respeitosa dos âmbitos que são próprios de cada um.
3. O sacerdote está acima de qualquer parte política
Este é o âmbito dentro do qual é preciso avaliar a atuação do sacerdote, que é ministro de Cristo e do seu evangelho e, por isso, ministro da Igreja. No Diretório para o Ministério e a Vida dos Presbíteros, se explica: “O sacerdote, servidor da Igreja que em virtude da sua universalidade e catolicidade, não pode ligar-se a nenhuma contingência histórica, estará acima de qualquer parte política. Ele não pode tomar parte ativa em partidos políticos ou na condução de associações sindicais, a menos que, na opinião da autoridade eclesiástica competente, o exijam a defesa dos direitos da Igreja e a promoção do bem comum” (n. 33).
4. Os leigos e sua vocação política
São muitos os homens e mulheres com vocação política; a eles corresponde atuar por iniciativa própria no âmbito político e social. A Igreja respeita profundamente todos os leigos que participam da promoção do bem comum, considerando-o como um dever ético que envolve todos os membros da sociedade. Aos padres corresponde acompanhar os leigos na formação permanente de uma consciência reta.
5. O padre é um homem a serviço da fraternidade
Os sacerdotes são homens a serviço de todos, em busca da fraternidade espiritual. Tomar partido envolve o risco de dividir; por isso, os padres não podem intervir diretamente na ação política nem na organização social.
Reduzir a missão do padre a tarefas que são próprias do mundo civil não é uma conquista, mas uma gravíssima perda para a fecundidade evangélica da Igreja inteira. O apelo constante dos leigos, dos pobres, dos doentes, dos marginalizados, das crianças, dos jovens e das famílias testemunha isso.
sources: Aica
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