Mulher que escolheu a vida depois de um estupro aos 12 não se arrepende e diz que a filha fez valer a dor
Lianna Rebolledo tinha apenas 12 anos de idade, e enquanto caminhava perto de sua casa na Cidade do México foi subitamente atacada por dois homens e brutalmente violentada. Os agressores deixaram a jovem quase morta, e seu rosto e pescoço quase desfigurados. O que os agressores não sabiam é que também haviam deixado em Lianna o início de uma nova vida.
“Foi muito violento. Honestamente, pensei que eles fossem me matar”, disse ela ao LifeSiteNews durante uma vídeo-entrevista em Washington, D. C., na semana passada.
Um médico disse a Lianna que ela não precisava viver com as conseqüências do estupro. Ela não precisava se apegar a algo que a lembraria constantemente daquela noite terrível, disse o médico a ela. Garantiram-lhe que o aborto era ‘direito’ seu.
Mas Lianna perguntou ao médico se o aborto a ajudaria a esquecer o estupro e a aliviar a dor e o sofrimento. Quando ele disse ‘não’, ela entendeu que tirar a vida do bebê de fato não beneficiaria ninguém.
“Se o aborto não iria curar nada, não fazia sentido [recorrer a ele]”, disse ela.
“Eu sabia perfeitamente que tinha alguém dentro do meu corpo. Eu jamais pensei em quem era o pai biológico dela. Ela era minha garota. Ela estava dentro de mim. Só o fato de saber que ela precisava de mim, e eu dela, me fez querer trabalhar, conseguir um emprego [para ajudá-la]”, disse ela.
O estupro transformou a vida de Lianna em um verdadeiro inferno. Ela não conseguia deixar de sentir-se suja, não importava quantas vezes ela se banhasse. A idéia de suicídio parecia oferecer à jovem garota uma libertação instantânea de tanta tristeza, mas ela começou a entender que ela tinha de pensar não apenas em si, mas no futuro daquela pequena vida que estava se desenvolvendo dentro do corpo dela.
Ao olhar para o passado, Lianna, hoje com 35 anos, compreende que sua filha salvou sua vida e a ajudou a receber a cura de que ela tanto precisava.
“No meu caso, duas vidas foram salvas. Eu salvei a vida da minha filha, mas ela salvou a minha”, disse ela.
Além disso, hoje ela vê que sua vida após o estupro ganhou um propósito e um sentido precisamente por causa de sua filha, que hoje tem 23 anos e recentemente terminou o curso superior.
“Foi realmente difícil, mas o simples fato de ver aquela pequena pessoa me dizendo o quão feliz ela era por eu ter lhe dado a vida… Quando ela disse isso – e ela tinha apenas 4 anos quando ela disse: ‘Mãe, obrigado por me dar a vida’ – eu percebi que foi ela quem havia me dado minha volta de volta.”
“Ela sempre esteve disponível para mim. Ela é a única pessoa que me demonstrou um verdadeiro amor. E eu sempre serei grata”, disse ela.
Lianna diz que ela não consegue imaginar a vida sem sua filha. Assombrosamente, ela diz que passaria por toda a humilhação, dor e sofrimento novamente, se isso significasse conhecer e amar sua filha.
“Embora o estupro tenha sido um momento muito difícil, se eu tivesse de passar por tudo outra vez apenas para conhecer e amar minha filha, eu o faria.”
Hoje Lianna mora em Los Angeles, Califórnia, onde ela dirige a Loving Life, uma organização sem fins lucrativos que ajuda mulheres grávidas e que foram estupradas. Ela também é uma palestrante pró-vida internacional [que divulga] a mensagem de que toda vida, não importa como tenha iniciado, é digna de amor.