Entrada de remédios, abertura de fronteira e prisioneiros políticos: prioridades dos Bispos na Venezuela
É DE CONHECIMENTO PÚBLICO que a Venezuela sofre com a tirania do seu governo comunista e, como sempre ocorreu na História mundial, quem sofre mais é o povo. A escassez das matérias básicas para a sobrevivência – alimento, papel higiênico, demais produtos de higiene e condições de vida dignas – oprime a população que sofre sob a sola da bota socialista.
Em resposta a isso, os Arcebispos e Bispos da Venezuela, reunidos na Assembleia Ordinária n.106, querem compartilhar com o povo venezuelano suas angústias, e desejam comunicar "a esperança de que, reconciliados e através do diálogo, encontraremos soluções eficazes para esta crise": assim tem início a Exortação final publicada na semana passada pela Conferência Episcopal Venezuelana (CEV), com a data de 12 de julho de 2016 e intitulada "El Señor ama al que busca la justicia" (Prov. 15, 9).
“A violência e a insegurança estão em todo lugar”, constatam os bispos, citando a agressão aos seminaristas, ocorridas no primeiro dia de julho (veja). O texto evidencia que “a identidade cultural venezuelana diminuiu e até mesmo se perde quando é avaliada somente se ligada ao projeto político prevalente. A democracia na Venezuela está trincada”.
Os bispos elencam 3 necessidades prioritárias:
1. "Existe a prioridade urgente: que o governo permita a entrada de medicamentos no país, visto a sua grave carência. Para a coleta e a distribuição, a Igreja oferece os seus serviços e as infraestruturas da Caritas, como outras formas de cooperação abertas a outros credos e instituições privadas. Este serviço não é a solução definitiva, mas é uma ajuda significativa";
2. "Existe a necessidade de abrir definitivamente o confim colombiano-venezuelano. Depois de permitir a sua abertura no domingo passado, 10 de julho, foi possível para muitos fiéis obterem alimentos, medicamentos e outros produtos. A passagem de milhares de cidadãos ao país vizinho é a prova da crise".
3. "Aumentam os cidadãos venezuelanos que estão nos cárceres, privados injustamente da liberdade, muitos deles por motivos políticos. A maioria vive em condições desumanas e sem um processo justo. Estas pessoas, sendo inocentes, devem ser colocadas em liberdade, ou pelo menos deveriam ser processadas, como estabelecido pelo código de Direito penal". (CE) (Agência Fides 13/07/2016)
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Fonte:
Fides, disp. em:
fides.org/pt/news/60432-AMERICA_VENEZUELA_Entrada_de_remedios_abertura_da_fronteira_e_prisioneiros_politicos_as_prioridades_dos_Bispos#.V4mk9_krIdU