O TEMA ESTÁ mais do que batido, mas fizemos questão de republicar este artigo que completa a nossa antiga trilogia sobre a questão das imagens na Igreja, conforme havia sido postada em nosso antigo blog "Voz da Igreja". Segue.
Só para (não) variar, o assunto "imagens na Igreja" continua criando confusão na cabeça dos nossos irmãos separados, os ditos "evangélicos". – Neste ponto abrimos parênteses para esclarecer que usamos a palavra entre aspas porque "evangélicos", na realidade, sempre fomos e continuaremos sendo nós, os cristãos católicos. Afinal, o termo evidentemente, deriva de "Evangelho". E não foi a Igreja Católica que nos legou, através dos Apóstolos, os santos Evangelhos? Não devemos à Igreja Católica a canonização dos Evangelhos, o que revelou a todos os cristãos quais, dentre os livros venerados pelas primeiras comunidades, eram autenticamente inspirados por Deus e deveriam ser considerados "Palavra de Deus" escrita, e quais não? Não foi a Igreja Católica que preservou os Evangelhos dos nossos inimigos, durante tantas e tão cruéis perseguições no decorrer dos séculos? Como poderia um grupo nascido da desobediência de um monge rebelado, mais de um milênio e meio depois de Jesus Cristo, ser a "igreja evangélica"? A Igreja Evangélica de ontem, hoje e sempre é a Igreja Católica Apostólica Romana: este é um fato insofismável, tanto histórica quanto teologicamente falando.
Adentremos, por fim, ao tema deste artigo, na resposta à contestação abaixo, que nos foi enviada anonimamente:
“'Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça'. Vocês tem razão, a Bíblia fala das imagens, realmente as pessoas rezavam pros querubins e pra serpente =], mas vocês não leram tb aquela parte da Biblia que diz que Jesus é o supremo sacerdote?? Devemos pedir a ele."
Sim, Jesus é o Supremo Sacerdote, leitor anônimo. É exatamente nisso que nós, católicos, cremos. E não cremos nisto exclusivamente porque está escrito, porque crer só no que está escrito literalmente na Bíblia seria contrariar a própria Bíblia. Sabe por quê? Porque a Bíblia mesmo diz que é a Igreja a coluna e o sustentáculo da Verdade para todo cristão, e não apenas as Escrituras, lidas isoladamente (1Tm 3,15).
Analise esta passagem e observe que nela a Escritura diz de si, textualmente, que estava sendo escrita para que soubéssemos como nos portar na Igreja! A Igreja é a coluna e sustentáculo (outras traduções dizem "coluna e fundamento"). A base da nossa fé é a Igreja instituída por Jesus Cristo, e não a Bíblia sozinha.
As Escrituras são sagradas para nós, sim, são a Palavra de Deus escrita, e são muitíssimo "úteis para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça" (2Tm 3,16), mas não são e nem jamais foram a única base, o exclusivo fundamento dos cristãos. Nos primeiros séculos do cristianismo, na Igreja primitiva, a Bíblia simplesmente ainda não existia. Como se guiavam estes primeiríssimos seguidores de Cristo? Guiavam-se através da instrução da Igreja, a única Igreja que Cristo deixou e que tem dois mil anos de idade: a Igreja Católica (Universal).
Agora observemos este ponto fundamental: o trecho da Segunda Carta a Timóteo, citado acima (cap. 3, vs. 16), segundo a interpretação mais precisa, diz textualmente isto:
“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para instruir, para refutar, para corrigir, para instruir em justiça."
(Bíblia de Jerusalém, católica)
“Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça."
(Almeida corrigida e revisada fiel, protestante)
Observe-se bem que o Apóstolo não diz que toda a Escritura divinamente inspirada é útil... Ele diz que "toda a Escritura é inspirada". Pode parecer um detalhe, mas este detalhe faz toda a diferença. Ocorre que a afirmação do autor sagrado parte da premissa de que todos os que forem lê-lo já sabem de quais Escrituras ele está falando. E (pasmem, talvez, muitos dos nossos leitores) estas Escrituras não são as nossas! Ora, que sagradas Escrituras haviam no tempo de S. Paulo? Sabemos que ele morreu em aproximadamente 67 dC, assim, esta sua epístola a Timóteo é, evidentemente, anterior a esta data. É claro, então, que o Novo Testamento, – que é a consumação e a chave de toda a Bíblia Sagrada cristã, – não existia no tempo em que o Apóstolo escreveu "toda a Escritura é inspirada".
Mais do que isso, sabemos que não existiu o Novo Testamento por séculos após a redação da 2ª Carta a Timóteo. As únicas Escrituras sagradas disponíveis para Paulo eram os livros que compõem o Antigo Testamento. Portanto, não se pode usar este versículo para justificar aSola Scriptura, a não ser rejeitando todo o Novo Testamento.
"Toda a Escritura é inspirada por Deus", disse S. Paulo Apóstolo. Mas a qual "Escritura" ele se refere? A única Escritura disponível naquele tempo era o Antigo Testamento hebraico, bem como sua tradução grega, aSeptuaginta. Isto põe nossos irmãos separados na difícil situação de ter que aceitar os livros "deuterocanônicos", que estavam na Septuaginta grega, usada pelos judeus de língua grega inclusive Paulo. Foram estes os sete livros rejeitados por Lutero, 1500 anos depois (Sabedoria, Eclesiástico, Judite, Tobias, 1Macabeus, 2Macabeus e Baruque).
Uma vez que essas duas traduções eram as únicas disponíveis para Paulo e ele disse que toda Escritura era inspirada por Deus, então também estes sete livros foram inspirados por Deus. Ou não? Se não, quem teria a autoridade para removê-los? Ora, a própria Bíblia proíbe que se acrescente ou retire algo da Palavra de Deus e adverte quanto ao que acontecerá para aquele que o fizer (Ap 22,18-19).
O maior erro dos que se chamam a si mesmos "evangélicos" é pensar que a Bíblia é mais importante do que a Igreja, porque não é. Não adianta discutir sobre imagens, sobre o culto, sobre Maria, os santos, os Sacramentos ou qualquer outro assunto se não retirarmos da frente este engano fundamental. Jesus não escreveu livro algum. Sendo Deus, Ele sabia que seus seguidores precisariam de um guia no Caminho que ele nos deu (que é Ele próprio, conf. Jo 14,6), uma rocha sólida para se apoiarem no mar incerto de doutrinas que sempre agitaram o mundo. Por que então não escreveu suas regras, detalhadamente, dizendo o que esperava de nós e como deveríamos proceder para alcançarmos a salvação?
Talvez porque isso não tivesse dado certo na Antiga Aliança. O povo eleito se perdeu em mil interpretações da Lei (Torá ou Chumash, os cinco primeiro livros da Bíblia cristã, o Pentateuco), dos oito livros dos Profetas (Neviim) e dos onze livros chamados "Escritos" (os Ketuvim), e seu coração se endureceu. Assim, o Senhor preferiu fundar, diretamente, sua Igreja neste mundo, e garantiu que as portas do inferno não prevaleceriam contra ela (veja Mateus 16, 18). Fundou sua Igreja sobre o Apóstolo Pedro, e ainda confirmou esta missão quando lhe apareceu, após a Ressurreição, e lhe ordenou que apascentasse seus cordeiros e suas ovelhas (Jo 21,15-17).
Acaso a Bíblia mostra, em algum versículo, Jesus ensinando aos seus seguidores que deveriam se orientar, exclusivamente, pelas Escrituras, como "única regra de fé e prática"? Não. Mas a Bíblia mostra, insistentemente, a importância fundamental da única e una Igreja de Cristo para a nossa salvação.
Mais do que isso, sabemos que não existiu o Novo Testamento por séculos após a redação da 2ª Carta a Timóteo. As únicas Escrituras sagradas disponíveis para Paulo eram os livros que compõem o Antigo Testamento. Portanto, não se pode usar este versículo para justificar aSola Scriptura, a não ser rejeitando todo o Novo Testamento.
"Toda a Escritura é inspirada por Deus", disse S. Paulo Apóstolo. Mas a qual "Escritura" ele se refere? A única Escritura disponível naquele tempo era o Antigo Testamento hebraico, bem como sua tradução grega, aSeptuaginta. Isto põe nossos irmãos separados na difícil situação de ter que aceitar os livros "deuterocanônicos", que estavam na Septuaginta grega, usada pelos judeus de língua grega inclusive Paulo. Foram estes os sete livros rejeitados por Lutero, 1500 anos depois (Sabedoria, Eclesiástico, Judite, Tobias, 1Macabeus, 2Macabeus e Baruque).
Uma vez que essas duas traduções eram as únicas disponíveis para Paulo e ele disse que toda Escritura era inspirada por Deus, então também estes sete livros foram inspirados por Deus. Ou não? Se não, quem teria a autoridade para removê-los? Ora, a própria Bíblia proíbe que se acrescente ou retire algo da Palavra de Deus e adverte quanto ao que acontecerá para aquele que o fizer (Ap 22,18-19).
No alto, o "pastor Lucinho" cheira a Bíblia como se estivesse aspirando cocaína; abaixo, o "pastor Elvis Breves" literalmente põe a Bíblia no prato e a come, de garfo e faca (vídeo aqui). |
O maior erro dos que se chamam a si mesmos "evangélicos" é pensar que a Bíblia é mais importante do que a Igreja, porque não é. Não adianta discutir sobre imagens, sobre o culto, sobre Maria, os santos, os Sacramentos ou qualquer outro assunto se não retirarmos da frente este engano fundamental. Jesus não escreveu livro algum. Sendo Deus, Ele sabia que seus seguidores precisariam de um guia no Caminho que ele nos deu (que é Ele próprio, conf. Jo 14,6), uma rocha sólida para se apoiarem no mar incerto de doutrinas que sempre agitaram o mundo. Por que então não escreveu suas regras, detalhadamente, dizendo o que esperava de nós e como deveríamos proceder para alcançarmos a salvação?
Talvez porque isso não tivesse dado certo na Antiga Aliança. O povo eleito se perdeu em mil interpretações da Lei (Torá ou Chumash, os cinco primeiro livros da Bíblia cristã, o Pentateuco), dos oito livros dos Profetas (Neviim) e dos onze livros chamados "Escritos" (os Ketuvim), e seu coração se endureceu. Assim, o Senhor preferiu fundar, diretamente, sua Igreja neste mundo, e garantiu que as portas do inferno não prevaleceriam contra ela (veja Mateus 16, 18). Fundou sua Igreja sobre o Apóstolo Pedro, e ainda confirmou esta missão quando lhe apareceu, após a Ressurreição, e lhe ordenou que apascentasse seus cordeiros e suas ovelhas (Jo 21,15-17).
Acaso a Bíblia mostra, em algum versículo, Jesus ensinando aos seus seguidores que deveriam se orientar, exclusivamente, pelas Escrituras, como "única regra de fé e prática"? Não. Mas a Bíblia mostra, insistentemente, a importância fundamental da única e una Igreja de Cristo para a nossa salvação.
Acontece que a Bíblia é um livro, e mesmo sendo o Livro Sagrado dos cristãos, divinamente inspirado, está sujeita a interpretação particular de dada pessoa que a lê. Por isso a própria Bíblia adverte, com grande ênfase: "Antes de tudo, sabei que nenhuma profecia da Escritura é de interpretação pessoal (2Pd 1,20)".
Existem hoje milhares de "igrejas" que ensinam coisas diferentes, crendo firmemente que sua interpretação da Bíblia é a correta, que estão sendo assistidos por Deus. Agora pense: se fosse para cada um ler a Bíblia, interpretar "do seu jeito" e sair por aí fundando novas "igrejas", por que Jesus Cristo deu autoridade sobre sua Doutrina aos Apóstolos? Ora, assim que instituiu sua Igreja sobre Pedro, Jesus disse a este mesmo Pedro que tudo o que ele ligasse na Terra seria ligado no Céu, e o que ele desligasse na Terra seria desligado no Céu (Mt 16,18). Posteriormente transmitiu esta mesma autoridade à sua Igreja, na pessoa dos Apóstolos, os primeiros presbíteros (Mt 18,18) e ainda lhes assegurou que os pecados que eles perdoassem seriam perdoados, e os que eles não perdoassem seriam retidos (Jo 20, 23).
Esta é a autoridade que a Igreja possui neste mundo, dada diretamente pelo Cristo.
Por isso, mais uma vez a Bíblia confirma a Doutrina católica ao advertir: "Irmãos, estai firmes e guardai a Tradição que vos foi ensinada, seja por palavras, seja por epístola nossa" (2Ts 2,15); e ainda: "Mandamo-vos, porém, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo o irmão que anda desordenadamente, e não segundo a Tradição que de nós recebeu." (2 Ts 3,6). As epístolas dos Apóstolos formam a maior parte do Novo Testamento da Bíblia. Vemos aí a própria Bíblia afirmando categoricamente que devemos observar e guardar não só as Escrituras, mas também a Tradição da Igreja. Claro como água!
Existem hoje milhares de "igrejas" que ensinam coisas diferentes, crendo firmemente que sua interpretação da Bíblia é a correta, que estão sendo assistidos por Deus. Agora pense: se fosse para cada um ler a Bíblia, interpretar "do seu jeito" e sair por aí fundando novas "igrejas", por que Jesus Cristo deu autoridade sobre sua Doutrina aos Apóstolos? Ora, assim que instituiu sua Igreja sobre Pedro, Jesus disse a este mesmo Pedro que tudo o que ele ligasse na Terra seria ligado no Céu, e o que ele desligasse na Terra seria desligado no Céu (Mt 16,18). Posteriormente transmitiu esta mesma autoridade à sua Igreja, na pessoa dos Apóstolos, os primeiros presbíteros (Mt 18,18) e ainda lhes assegurou que os pecados que eles perdoassem seriam perdoados, e os que eles não perdoassem seriam retidos (Jo 20, 23).
Esta é a autoridade que a Igreja possui neste mundo, dada diretamente pelo Cristo.
Por isso, mais uma vez a Bíblia confirma a Doutrina católica ao advertir: "Irmãos, estai firmes e guardai a Tradição que vos foi ensinada, seja por palavras, seja por epístola nossa" (2Ts 2,15); e ainda: "Mandamo-vos, porém, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo o irmão que anda desordenadamente, e não segundo a Tradição que de nós recebeu." (2 Ts 3,6). As epístolas dos Apóstolos formam a maior parte do Novo Testamento da Bíblia. Vemos aí a própria Bíblia afirmando categoricamente que devemos observar e guardar não só as Escrituras, mas também a Tradição da Igreja. Claro como água!
As tradições dos homens, a tradição dos antigos fariseus, foi substituída pela Tradição Cristã: Tradição esta que inclui a própria Bíblia Sagrada cristã. A autoridade de fé sobre a doutrina de Jesus Cristo está fundamentada na Igreja que Ele edificou sobre a Terra, e não somente na Bíblia Sagrada, que foi produzida, preservada e deve ser interpretada pela própria Igreja. Estando claros esses pontos fundamentais, abordemos, enfim, a questão das imagens.
A Bíblia não diz que as pessoas "rezavam para os querubins", como diz o nosso consulente. Os querubins eram símbolos do Sagrado; as pessoas não deveriam rezarpara eles, mas com certeza rezavam diante deles. São coisas completamente diferentes. Assim também era com a serpente de bronze e/ou os bois e leões entalhados no Templo do SENHOR. Mas a partir do momento em que os hebreus passaram a adorar a serpente, aí sim ela precisou ser destruída (conf. Nm 21).
Foi Deus mesmo Quem ordenou a Moisés que fizesse a serpente. Sendo assim, por que ela teve que ser destruída? O que isso significa? É simples notar que o problema não está na imagem em si, mas no uso que se faz da imagem. Sem dúvida, acreditar que Deus é uma imagem de bronze, pedra, gesso ou qualquer outro material seria um grave pecado, além de uma absurda estupidez que não deveria caber em nossos dias. Será que ainda existe alguém assim, tão estúpido, em pleno século 21, salvo exceções realmente raras? Será que nós, católicos, somos tão estúpidos a ponto de pensarmos que Deus é estátua?
Muito nos questionam quanto aos maus testemunhos, e não podemos negar que muitos dentre os que se dizem católicos, prostrados diante de imagens, parecem pedir coisas às imagens em si, e não a Deus. Outros tantos se entregam às práticas mágicas das chamadas "simpatias", pondo imagens de cabeça para baixo, em recipientes com sal ou mergulhadas em copos com água. Lamentável, mas a resposta é sim: existem seres humanos extremamente ignorantes neste mundo. A questão aqui é entender que esta não é nem nunca foi a função das imagens para os verdadeiros católicos.
Colocar-se diante de uma imagem, consciente de que se trata de um símbolo sagrado, que serve para elevar nossas almas a Deus, é idolatria? É pecado? Mais uma vez, a Bíblia, sempre útil para ensinar, instruir e corrigir, trata deste assunto: no livro de Josué, vemos como “Josué rasgou suas vestes e prostrou-se com a face por terra até a tarde, diante da Arca do Senhor‚ tanto ele como os anciãos de Israel‚ e cobriram de pó as suas cabeças” (Js 7‚6).
Josué e os anciãos se prostraram diante da Arca do Senhor, – com as imagens dos querubins sobre ela, – até a tarde (provavelmente é este gesto que os 'pastores evangélicos' da imagem acima estavam querendo imitar). Estavam os chefes de Israel adorando as esculturas de anjos sobre a Arca? Ou adorando a própria Arca? Seria a Arca um "ídolo"? Seria este um ato de "idolatria"?
A resposta a todas as perguntas propostas acima é não‚ pois a Arca não tem vida própria e nem está no lugar de Deus. A Arca era usada como sinal visível da Presença de Deus na Terra, e‚ pelo seu significado, Josué e os anciãos passaram horas prostrados diante dela, pedindo ao SENHOR.
Com as imagens católicas é exatamente a mesma coisa. "Idolatrar" é pretender transferir a divindade de Deus para uma imagem, como faziam os pagãos. É crer que pela imagem (ídolo) seremos salvos, e tratar essa imagem como um ser divino e vivo: esse comportamento, – é óbvio, – sempre foi condenado pela Igreja Católica. Nunca um teólogo católico ensinou que uma imagem ou algum santo fosse Deus, para ser adorado.
Católicos malformados existem, e infelizmente são muitos. Pessoas que creem em magias e as praticam, e se declaram católicas, também, sem dúvida. Agora, vejamos: quantos escândalos temos visto envolvendo "pastores evangélicos" e charlatanismo, lavagem de dinheiro, desvio de doações, formação de quadrilha, tráfico de drogas e de armas, abuso sexual de fiéis, etc, etc? Está nos jornais e noticiários, está na internet, diariamente. Mas seria justo julgar todos os membros de comunidades "evangélicas" com base nesses péssimos exemplos? Não? Bem, tudo o que pedimos, por favor, é que parem de fazer exatamente isto conosco: julgar a Igreja com base naqueles que não podem representá-la, porque praticam o que ela condena.
Rezamos para que a Luz do SENHOR ilumine este nosso leitor anônimo e clareie o seu discernimento.
Foi Deus mesmo Quem ordenou a Moisés que fizesse a serpente. Sendo assim, por que ela teve que ser destruída? O que isso significa? É simples notar que o problema não está na imagem em si, mas no uso que se faz da imagem. Sem dúvida, acreditar que Deus é uma imagem de bronze, pedra, gesso ou qualquer outro material seria um grave pecado, além de uma absurda estupidez que não deveria caber em nossos dias. Será que ainda existe alguém assim, tão estúpido, em pleno século 21, salvo exceções realmente raras? Será que nós, católicos, somos tão estúpidos a ponto de pensarmos que Deus é estátua?
Muito nos questionam quanto aos maus testemunhos, e não podemos negar que muitos dentre os que se dizem católicos, prostrados diante de imagens, parecem pedir coisas às imagens em si, e não a Deus. Outros tantos se entregam às práticas mágicas das chamadas "simpatias", pondo imagens de cabeça para baixo, em recipientes com sal ou mergulhadas em copos com água. Lamentável, mas a resposta é sim: existem seres humanos extremamente ignorantes neste mundo. A questão aqui é entender que esta não é nem nunca foi a função das imagens para os verdadeiros católicos.
Colocar-se diante de uma imagem, consciente de que se trata de um símbolo sagrado, que serve para elevar nossas almas a Deus, é idolatria? É pecado? Mais uma vez, a Bíblia, sempre útil para ensinar, instruir e corrigir, trata deste assunto: no livro de Josué, vemos como “Josué rasgou suas vestes e prostrou-se com a face por terra até a tarde, diante da Arca do Senhor‚ tanto ele como os anciãos de Israel‚ e cobriram de pó as suas cabeças” (Js 7‚6).
Josué e os anciãos se prostraram diante da Arca do Senhor, – com as imagens dos querubins sobre ela, – até a tarde (provavelmente é este gesto que os 'pastores evangélicos' da imagem acima estavam querendo imitar). Estavam os chefes de Israel adorando as esculturas de anjos sobre a Arca? Ou adorando a própria Arca? Seria a Arca um "ídolo"? Seria este um ato de "idolatria"?
A resposta a todas as perguntas propostas acima é não‚ pois a Arca não tem vida própria e nem está no lugar de Deus. A Arca era usada como sinal visível da Presença de Deus na Terra, e‚ pelo seu significado, Josué e os anciãos passaram horas prostrados diante dela, pedindo ao SENHOR.
Com as imagens católicas é exatamente a mesma coisa. "Idolatrar" é pretender transferir a divindade de Deus para uma imagem, como faziam os pagãos. É crer que pela imagem (ídolo) seremos salvos, e tratar essa imagem como um ser divino e vivo: esse comportamento, – é óbvio, – sempre foi condenado pela Igreja Católica. Nunca um teólogo católico ensinou que uma imagem ou algum santo fosse Deus, para ser adorado.
Católicos malformados existem, e infelizmente são muitos. Pessoas que creem em magias e as praticam, e se declaram católicas, também, sem dúvida. Agora, vejamos: quantos escândalos temos visto envolvendo "pastores evangélicos" e charlatanismo, lavagem de dinheiro, desvio de doações, formação de quadrilha, tráfico de drogas e de armas, abuso sexual de fiéis, etc, etc? Está nos jornais e noticiários, está na internet, diariamente. Mas seria justo julgar todos os membros de comunidades "evangélicas" com base nesses péssimos exemplos? Não? Bem, tudo o que pedimos, por favor, é que parem de fazer exatamente isto conosco: julgar a Igreja com base naqueles que não podem representá-la, porque praticam o que ela condena.
Rezamos para que a Luz do SENHOR ilumine este nosso leitor anônimo e clareie o seu discernimento.
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