Pular para o conteúdo principal

O que o Pequeno Príncipe tem em comum com o Evangelho?

Mas um vilão espreitava de longe e tramava seu plano. A presunção era paciente e aos poucos ela dizia que aquela história não trazia nada de novo, era repetida e com apenas uma palavra começava a destruir a bela mensagem: clichê.

PetitPrince_1Era uma vez um homem que vivia pelos céus até que foi trazido para a terra. Nesse evento, ele foi cativado pelo olhar de uma criança que, comparado a tudo que ele era, parecia tão efêmera a ponto de desaparecer com um simples sopro seu. Ela lhe pedia coisas simples e ele as atendia, pois eram genuínas e tinham tanto a dizer que logo depois seriam escritas e transmitidas aos homens que tivessem ouvidos para ouvi-las.
Porém, para seu azar, ela descobriu-se impotente perante um tipo diferente de gente: as crianças.
Não havia como a presunção adentrar o coração dos pequeninos, pois eles ainda não se julgavam conhecedores coisa alguma. Não sabiam sobre o sol, a gravidade, os carros, e a cor do céu poderia muito bem ter sido espalhada com um pincel gigante.
Eles ouviam a história trazida pelo homem que veio do céu e não se cansavam. Pediam-na de novo e de novo sem nunca se cansar de ouvi-la, e cada vez seus olhos brilhavam e o sorriso se abria pois algo novo sempre surgia daquele mesmo conto.
Então o discurso sobre amar, sobre cuidar de quem amamos, sobre olhar as estrelas e enxergar mil coisas através do seu brilho, foi salvo. E o plano da presunção foi destruído graças a este segredo: basta ouvir como criança.
Antoine de Saint-Exupéry era aviador e vivia pelos céus quando – segundo relata – teve uma pane no Saara e lá se encontrou com seu Pequeno Príncipe pela primeira vez.
Cristo saiu do seu assento celeste para descer à Terra e encontrar com todos os demais filhos de seu Pai.
Citações do Pequeno Príncipe são clichês, falar dos Evangelho é quase a definição de clichê. Porém, foi já ciente de como o coração humano pode se encher de altivez e presunção que Jesus deixou uma advertência para aqueles que buscam adentrar o Reino dos Céus:
“Eu lhes asseguro que, a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus.”
Quem ignora o conselho está fadado a viver feito gente grande no próprio asteroide, sozinho.
Por Catavento via Aleteia

Postagens mais visitadas deste blog

Pai Nosso explicado

Pai Nosso - Um dia, em certo lugar, Jesus rezava. Quando terminou, um de seus discípulos pediu-lhe: “Senhor, ensina-nos a orar como João ensinou a seus discípulos”. È em resposta a este pedido que o Senhor confia a seus discípulos e à sua Igreja a oração cristã fundamental, o  Pai-Nosso. Pai Nosso que estais no céu... - Se rezamos verdadeiramente ao  "Nosso Pai" , saímos do individualismo, pois o Amor que acolhemos nos liberta  (do individualismo).  O  "nosso"  do início da Oração do Senhor, como o "nós" dos quatro últimos pedidos, não exclui ninguém. Para que seja dito em verdade, nossas divisões e oposições devem ser superadas. É com razão que estas palavras "Pai Nosso que estais no céu" provêm do coração dos justos, onde Deus habita como que em seu templo. Por elas também o que reza desejará ver morar em si aquele que ele invoca. Os sete pedidos - Depois de nos ter posto na presença de Deus, nosso Pai, para adorá-lo...

O EXÍLIO BABILÔNICO

Introdução O exílio marcou profundamente o povo de Israel, embora sua duração fosse relativamente pequena. De 587 a 538 a E.C., Israel não conhecerá mais independência. O reino do Norte já havia desaparecido em 722 a.E.C. com a destruição da capital, Samaria. E a maior parte da população dispersou-se entre outros povos dominados pela Assíria, o reino do Sul também terminará tragicamente em 587 a.E.C. com a destruição da capital Jerusalém, e parte da população será deportada para a Babilônia. Tanto os que permaneceram em Judá como os que partirem para o exílio carregaram a imagem de uma cidade destruída e das instituições desfeitas: o Templo, o Culto, a Monarquia, a Classe Sacerdotal. Uns e outros, de forma diversa, viveram a experiência da dor, da saudade, da indignação, e a consciência de culpa pela catástrofe que se abateu sobre o reino de Judá. Os escritos que surgiram em Judá no período do exílio revelam a intensidade do sofrimento e da desolação que o povo viveu. ...

Nossa Senhora da Conceição Aparecida

NOSSA SENHORA da Santa Conceição Aparecida é o título completo que a Igreja dedicou à esta especial devoção brasileira à Santíssima Vigem Maria. Sua festa é celebrada em 12 de outubro. “Nossa Senhora Aparecida” é a diletíssima Padroeira do Brasil. Por que “Aparecida”? Tanto no Arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida quanto no Arquivo Romano da Companhia de Jesus constam os registros históricos da origem da imagem de Nossa Senhora, cunhada "Aparecida". A história foi registrada pelo Pe. José Alves Vilela em 1743, e confirmada pelo Pe. João de Morais e Aguiar em 1757. A história se inicia em meados de 1717, por ocasião da passagem do Conde de Assumar, D. Pedro de Almeida e Portugal, governador da Capitania de São Paulo e Minas de Ouro, pela povoação de Guaratinguetá, a caminho de Vila Rica (atual Ouro Preto, MG). Os pescadores Domingos Garcia, Felipe Pedroso e João Alves foram convocados a providenciar um bom pescado para recepcionar o Conde, e partiram a l...