O PROBLEMA central da existência humana é ser feliz. Mas essa felicidade não deve depender de algo externo ao próprio ser; não deve ser criada por circunstâncias, mas deve brotar da profundeza interna do(a) próprio(a) homem/mulher. A pseudo-felicidade criada por circunstâncias externas também está sujeita, claro, a ser destruída pelas mesmas circunstâncias; é precária, incerta, fugaz. Por isso não é a verdadeira, duradoura e plena felicidade.
E para estar em Deus, é preciso ser santo (conf. Levítico 11, 44; 19, 2; 20, 7; I São Pedro 1,16). Há dois modos principais de ser santo: pode o ser humano ser sacrificialmente santo e pode ser jubilosamente santo. Somente este segundo tipo de santidade é que resolve, definitivamente, o problema central da felicidade humana. Enquanto ser santo ainda for difícil, amargo e exclusivamente sacrificial, estará o ser humano a caminho da felicidade, mas ainda não será plenamente feliz. Enquanto o ser humano na Terra não fizer a Vontade de Deus, assim como o fazem os seres humanos (os santos) nos Céus - isto é, espontânea e jubilosamente - não estará garantida a sua felicidade.
Mas esse cumprimento da Vontade de Deus, assim na Terra como nos Céus, é impossível ao homem que não tenha vivido a experiência íntima e direta de Deus. E essa experiência de Deus coincide com a experiência do verdadeiro eu do próprio homem. Se é verdade que é nesseeu central do homem que "o Espírito de Deus habita o homem", no dizer de São Paulo, ou "o Reino de Deus dentro do homem" (Lc 17, 21), então a experiência do nosso eu é necessária à experiência do próprio Deus.
O homem que chega a essa experiência vital chegou ao conhecimento da Verdade; - da Verdade que liberta. - Finalmente livre para ser feliz, independente de todos os fatores externos. Só essa pessoa é sólida e irrevogavelmente feliz. Sem essa experiência, o ser humano é infeliz, mesmo em meio a todos os gozos e prazeres que este mundo possa oferecer. Com essa experiência e consciência, a felicidade se mantém, mesmo em meio às maiores provações e aparentes sofrimentos deste mundo.
Felicidade ou infelicidade são estados do que poderíamos chamar de nosso eu central, isto é, na terminologia bíblica, o nosso espírito; felicidade ou infelicidade são coisas que os seres humanos são, e não algo que se tenha. Ninguém "tem" felicidade ou tristeza. Uma pessoa é feliz ou infeliz.
A perfeita harmonia do espírito, do eu humano, com a Realidade Divina: eis a plena felicidade. Isto é moldar-se à Vontade de Deus, que, - quer tenhamos consciência ou não, - é sempre o melhor para nós mesmos. A Cabala diz que cada homem/mulher é, em última análise, o seu maior desejo: todo ser humano é, em essência, aquilo que ele deseja. O desejo é a energia que move e define os seres humanos. Somos feitos dos nossos desejos. E antes de pensar “não, eu não concordo”, pare e pense um pouco sobre essas duas questões: 1) Qual o seu maior desejo? 2) De que maneiras você poderia definir a sua existência neste mundo?
As duas respostas estão intimamente relacionadas? Pois bem. Esse experimento simples demonstra, de um jeito também simples e direto, que a verdadeira e plena felicidade só pode ser possível a partir do momento em que você alinhar a sua vontade com a Vontade Perfeita da Suprema Consciência Universal, que é Deus. Este é o meio cristão de ser feliz. Cremos que é o único meio. Outros tipos de felicidade podem existir, mas não representam a felicidade plena, pois são naturalmente efêmeros, temporários, incertos. Quem deposita a sua felicidade em posses ou pessoas, não pode se considerar realmente feliz, mas alguém que vive momentos de alegria. Por felicidade não entendemos alguma sensação passageira, mas um estado de realização que é pleno, integral, e se reflete concretamente na vida do indivíduo.
Conclusão
Concluímos, a partir daí, que o segredo da felicidade neste mundo é o Amor, se é que cremos e sabemos que Deus é Amor. Foi isso o que todos os santos afirmaram, e esta é uma maneira de resumir e simplificar a resposta.
"Ó Farol Luminoso do Amor, eu sei como chegar a Ti; encontrei o segredo de me apropriar da Tua Chama (...) Compreendi que o Amor engloba todas as vocações, que o Amor é tudo (...) Como estou longe de ser conduzida pela via do temor, sei sempre encontrar o meio de ser feliz e aproveitar de minhas misérias..." - Santa Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face
Se aceitamos que a condição mínima de Jesus para quem deseja segui-Lo é renunciar a si mesmo e dedicar-se somente a segui-Lo, sem medidas, e se compreendemos e assumimos que Deus é Amor, de fato, entendemos que o caminho para a felicidade é também o caminho do Amor, o único que leva a Deus. Sim, o ser humano nasceu para ser feliz, embora o mundo não entenda nada de felicidade, à medida que a confunda com riquezas e posses. Deus é a Fonte da felicidade. Por isso dizemos também que o segredo da felicidade está em "deixar" Deus ser Deus em nossas vidas, não somente aceitando, mas modelando-nos e alinhando-nos, dia a dia, passo a passo, à sua Santa Vontade. Assim seja para cada um de nós.
ofielcatolico.blogspot.com
Para o cristianismo, a única possibilidade de ser feliz vem de Deus
E para estar em Deus, é preciso ser santo (conf. Levítico 11, 44; 19, 2; 20, 7; I São Pedro 1,16). Há dois modos principais de ser santo: pode o ser humano ser sacrificialmente santo e pode ser jubilosamente santo. Somente este segundo tipo de santidade é que resolve, definitivamente, o problema central da felicidade humana. Enquanto ser santo ainda for difícil, amargo e exclusivamente sacrificial, estará o ser humano a caminho da felicidade, mas ainda não será plenamente feliz. Enquanto o ser humano na Terra não fizer a Vontade de Deus, assim como o fazem os seres humanos (os santos) nos Céus - isto é, espontânea e jubilosamente - não estará garantida a sua felicidade.
Mas esse cumprimento da Vontade de Deus, assim na Terra como nos Céus, é impossível ao homem que não tenha vivido a experiência íntima e direta de Deus. E essa experiência de Deus coincide com a experiência do verdadeiro eu do próprio homem. Se é verdade que é nesseeu central do homem que "o Espírito de Deus habita o homem", no dizer de São Paulo, ou "o Reino de Deus dentro do homem" (Lc 17, 21), então a experiência do nosso eu é necessária à experiência do próprio Deus.
O homem que chega a essa experiência vital chegou ao conhecimento da Verdade; - da Verdade que liberta. - Finalmente livre para ser feliz, independente de todos os fatores externos. Só essa pessoa é sólida e irrevogavelmente feliz. Sem essa experiência, o ser humano é infeliz, mesmo em meio a todos os gozos e prazeres que este mundo possa oferecer. Com essa experiência e consciência, a felicidade se mantém, mesmo em meio às maiores provações e aparentes sofrimentos deste mundo.
Felicidade ou infelicidade são estados do que poderíamos chamar de nosso eu central, isto é, na terminologia bíblica, o nosso espírito; felicidade ou infelicidade são coisas que os seres humanos são, e não algo que se tenha. Ninguém "tem" felicidade ou tristeza. Uma pessoa é feliz ou infeliz.
A perfeita harmonia do espírito, do eu humano, com a Realidade Divina: eis a plena felicidade. Isto é moldar-se à Vontade de Deus, que, - quer tenhamos consciência ou não, - é sempre o melhor para nós mesmos. A Cabala diz que cada homem/mulher é, em última análise, o seu maior desejo: todo ser humano é, em essência, aquilo que ele deseja. O desejo é a energia que move e define os seres humanos. Somos feitos dos nossos desejos. E antes de pensar “não, eu não concordo”, pare e pense um pouco sobre essas duas questões: 1) Qual o seu maior desejo? 2) De que maneiras você poderia definir a sua existência neste mundo?
As duas respostas estão intimamente relacionadas? Pois bem. Esse experimento simples demonstra, de um jeito também simples e direto, que a verdadeira e plena felicidade só pode ser possível a partir do momento em que você alinhar a sua vontade com a Vontade Perfeita da Suprema Consciência Universal, que é Deus. Este é o meio cristão de ser feliz. Cremos que é o único meio. Outros tipos de felicidade podem existir, mas não representam a felicidade plena, pois são naturalmente efêmeros, temporários, incertos. Quem deposita a sua felicidade em posses ou pessoas, não pode se considerar realmente feliz, mas alguém que vive momentos de alegria. Por felicidade não entendemos alguma sensação passageira, mas um estado de realização que é pleno, integral, e se reflete concretamente na vida do indivíduo.
Conclusão
Concluímos, a partir daí, que o segredo da felicidade neste mundo é o Amor, se é que cremos e sabemos que Deus é Amor. Foi isso o que todos os santos afirmaram, e esta é uma maneira de resumir e simplificar a resposta.
"Ó Farol Luminoso do Amor, eu sei como chegar a Ti; encontrei o segredo de me apropriar da Tua Chama (...) Compreendi que o Amor engloba todas as vocações, que o Amor é tudo (...) Como estou longe de ser conduzida pela via do temor, sei sempre encontrar o meio de ser feliz e aproveitar de minhas misérias..." - Santa Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face
Se aceitamos que a condição mínima de Jesus para quem deseja segui-Lo é renunciar a si mesmo e dedicar-se somente a segui-Lo, sem medidas, e se compreendemos e assumimos que Deus é Amor, de fato, entendemos que o caminho para a felicidade é também o caminho do Amor, o único que leva a Deus. Sim, o ser humano nasceu para ser feliz, embora o mundo não entenda nada de felicidade, à medida que a confunda com riquezas e posses. Deus é a Fonte da felicidade. Por isso dizemos também que o segredo da felicidade está em "deixar" Deus ser Deus em nossas vidas, não somente aceitando, mas modelando-nos e alinhando-nos, dia a dia, passo a passo, à sua Santa Vontade. Assim seja para cada um de nós.