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Mostrando postagens de fevereiro, 2014

O Sacramento da Extrema-Unção ou Unção dos Enfermos

É POR meio dos Sacramentos da iniciação cristã (Batismo, Confirmação e Eucaristia) que o homem recebe a vida nova em Cristo. Esta vida nova e gloriosa, porém, mesmo nós, os batizados, trazemos oculta dentro de nós, como “um Tesouro em vaso de argila” (2Cor 4,7). Agora, esta vida está “escondida com Cristo em Deus”: estamos ainda em “nossa morada terrestre” (2Cor 5,1), sujeitos ao sofrimento, à doença e à morte. - E à concupiscência e as tentações. - Assim, a vida nova de filho de Deus pode se debilitar e até ser perdida pela ação contínua do pecado. O Senhor Jesus Cristo, Médico Supremo da alma e do corpo, que remiu os pecados do paralítico e restituiu-lhe a saúde física (Jo 5,1-18), quis que a sua Igreja continuasse, na força do Espírito Santo, sua obra de cura e de salvação também nos seus próprios membros. É esta a finalidade dos dois Sacramentos de cura: Reconciliação e Unção dos Enfermos ou Extrema-Unção. A Unção dos Enfermos é também um Sacramento de Reconciliação: media

O Sacramento da Confissão, Penitência ou Reconciliação

O SACRAMENTO que apaga os pecados, como já vimos, é o Batismo. Assim como também já vimos que, mesmo após o Batismo, continuamos a experimentar as fragilidades próprias da natureza humana e a concupiscência, - isto é, o desequilíbrio que o Pecado Original deixou em nós, uma certa inclinação ou tendência para o pecado. - A concupiscência vem do pecado e pode levar ao pecado (CIC §405-409 / 418 / 1425-6 / 1484). Apenas desejar algo errado é fruto da concupiscência. Mas se você consente e pratica o que pensou de ruim, aí cai no pecado. Um mal pensamento que vem a mente não é pecado até que você se entregue a este pensamento, desfrute dele, entretenha-se propositalmente com ele. Se você resiste, não peca: venceu o mal em Cristo! A concupiscência é, então, ocasião para “combater o bom combate e guardar a fé”, como disse o Apóstolo Paulo (2Tm 4,7). Assim, o cristão, apesar de ser nova criatura, não mais vivendo no pecado, experimenta ainda situações de pecado: “Se dissermos que

POR QUE UM CRISTÃO NÃO PODE SER COMUNISTA?

O Comunismo e o Cristianismo são fundamentalmente incompatíveis. Um cristão autêntico nunca poderá ser um comunista autêntico, porque as duas filosofias são antitéticas e não há dialética de lógico que possa reconciliá-las. Porquê? Primeiro, porque o Comunismo se baseia numa visão materialista e humanista da história e da vida. Segundo a teoria comunista, não é a inteligência nem o espírito que decidem do universo, mas apenas a matéria; esta filosofia é declaradamente secularista e ateísta. Para ela, Deus é um simples mito criado pela imaginação; a religião, um produto do medo e da ignorância; e a Igreja, uma invenção dos governantes para controlarem as massas. O Comunismo, tal como o Humanismo, mantém, além disto, a grande ilusão de que o homem pode salvar-se sozinho, sem a ajuda de qualquer poder divino, e iniciar uma nova sociedade. Luto sozinho, e vença ou morra, não preciso de ninguém que me liberte; Não quero nenhum Cristo que me diga Poder um dia morre

O Santíssimo Sacramento da Eucaristia

O CATECISMO da Igreja Católica, referência para a doutrina da fé cristã, proclama que a preciosa Eucaristia “é a Fonte e o Ápice de toda a vida cristã". Diz ainda que "os demais Sacramentos, assim como todos os ministérios eclesiásticos e tarefas apostólicas, se ligam à sagrada Eucaristia e a ela se ordenam.  Pois a Santíssima Eucaristia contém todo o Bem espiritual da Igreja, a saber, o próprio Cristo, nossa Páscoa " (CIC §1324). A instrução do Catecismo diz que a Eucaristia é a excelência e a perfeição dos Sacramentos; pois apesar das maravilhas que os outros Sacramentos produzem na alma, todos eles são instrumentos usados por Deus para nos dar a sua Graça.  Na Sagrada Eucaristia, entretanto, não temos um instrumento que nos comunica a Graça Divina, e sim o próprio Autor da graça!  - Jesus Cristo, real e verdadeiramente Presente, faz-se Alimento para a nossa salvação! A Presença de Cristo no Santíssimo Sacramento começa no momento da Consagração e dura enq

Enquete da Câmara sobre a definição de família

A CÂMARA dos Deputados está promovendo uma enquete sobre o conceito de família. A pergunta é a seguinte:   Você concorda com a definição de família como núcleo formado a partir da união entre homem e mulher, prevista no projeto que cria o Estatuto da Família? Para os informados, está mais do que claro que o objetivo por trás da enquete é a destruição completa do conceito cristão de família, a partir de sua célula  mater , e o grande e primeiro passo da bancada socialista (dominante) é convencer a própria sociedade de que a maioria da população aprova tal barbaridade. Símbolo deste movimento nefasto, a atual ministra petista Marta Suplicy, conhecida por sua incansável militância pró-LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros - até que outras letrinhas mais venham aumentar a sigla), enquanto esteve em exercício como Senadora declarou guerra à família tradicional. Apoiou ferrenhamente a apresentação da aberração conhecida como  "Estatuto da Di

O Sacramento da Ordem

NA ANTIGUIDADE, chamava-se  Ordem  a um grupo de pessoas que tinham determinada responsabilidade ou função, ou que compartilhassem de uma determinada missão, como, por exemplo, a Ordem dos Juízes e as Ordens de cavaleiros. Ordem, na linguagem civil romana, era um grupo de cidadãos que exerciam as mesmas funções, reconhecidas publicamente. A entrada de uma pessoa numa determinada Ordem era chamada “ordenação”. Na Igreja, desde os primeiros séculos, é costume chamar de Ordem ao grupo dos ministros consagrados. Assim, desde os tempos antigos, encontramos nos documentos e livros litúrgicos da Igreja as expressões “Ordem dos Bispos”, “Ordem dos Presbíteros” e “Ordem dos Diáconos”. E como um ministro da Igreja deve receber o Sacramento próprio para exercer o seu ministério, esse Sacramento passou a ser chamado Sacramento da Ordem, que é o Sacramento pelo qual alguém que tenha a necessária vocação é inserido na Ordem dos Ministros Sagrados. A Igreja conservou o termo “Ordem” porque, além d

7º Domingo do Tempo Comum, ano A, Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. Mateus (5,38-48)

“SEDE PERFEITOS como vosso Pai dos Céus é perfeito” (Mt 5,48). Esta frase do Evangelho é incômoda. Pode sem dúvida ser aplicada com um peso indevido. Sim, pois quem é perfeito nesta vida? E quantos, em busca de um ideal de perfeição, acabaram sucumbindo no meio do caminho ou ficaram paralisados diante de culpas ou de um sentimento de culpa demasiado? É interessante observar que esta fala de Jesus se dá depois de um longo discurso sobre o amor ao próximo. Isso indica que a perfeição exigida por Cristo não é uma exortação à impecabilidade absoluta, na vida ou no culto, ou de uma construção aparentemente impecável de pureza; nem tão pouco indica a necessidade de uma relação irretocável com Deus. A nossa busca pela perfeição é um crescimento no Amor, que se concretiza por um novo modo de se relacionar com Deus e também com nossos irmãos. “Ao lermos as Escrituras, fica bem claro que a proposta do Evangelho não consiste só numa relação pessoal com Deus. E a nossa res­posta de

O Sacramento do Matrimônio

É ADMIRÁVEL e até surpreendente que o amor humano, o amor entre um homem e uma mulher – amor que envolve doação, parceria, cumplicidade, carinho, carícias e intimidade sexual e erótica, – seja marcado por Cristo com a sua Graça, isto é, que seja um Sacramento. O amor entre homem e mulher, amor carnal, também é sinal do Amor de Deus. Vejamos... O Catecismo da Igreja Católica afirma o seguinte: “O pacto matrimonial pelo qual o homem e a mulher estabelecem entre eles a comunidade [comum unidade] por toda a vida, por sua própria natureza ordenado ao bem dos esposos   e à procriação e educação dos filhos, entre os batizados foi elevado por Cristo Senhor à dignidade de Sacramento.” (CIC §1601) Há uma grande beleza nesta realidade: homem e a mulher, pelo amor, assumem uma aliança para toda a vida. E para quê? Primeiro por amor, para desfrutarem e viverem o amor entre eles: amando-se e sendo "felizes para sempre”. – É disso que o Catecismo está falando quando diz “bem dos esp