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QUAL É O DIA CERTO PARA MONTAR A ÁRVORE DE NATAL?




Quando o fim do ano se aproxima, quem valoriza as tradições - sejam culturais ou religiosas - não vê a hora de montar a árvore de Natal, um dos grandes símbolos do período natalino. Pisca-piscas, presépios, guirlandas e, é claro, a árvore de Natal! Quando o fim do ano se aproxima, muitas famílias começam a pensar nos símbolos e adornos que irão usar para decorar suas residências ou estabelecimentos comerciais para a data.

Mas você sabia que há um dia apropriado para começar a enfeitar a casa?

De acordo com a tradição cristã é durante o primeiro domingo do Advento – o quarto domingo antes do Natal, em 25 de dezembro. Em 2017, a data cai no dia 3 de dezembro.

Segundo orientações da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a árvore não deve ser montada toda de uma vez, o ideal é acrescentar enfeites e adereços aos poucos, durante as quatro semanas do Advento, que é, para os católicos, um tempo de preparação.

Por isso, mais do que aderir à tradição e às comemorações de final de ano, é importante aproveitar esta época para refletir e resgatar o espírito de união e confraternização com o próximo.

O padre José Airton de Oliveira, pároco da Paróquia São Martinho de Lima, no bairro Cajuru, em Curitiba, explica que o ideal é ir preparando a casa de maneira gradual até o dia 24 de dezembro. “No início do Advento as pessoas começam a enfeitar a casa e a decorar a árvore, aumentando a decoração até o Natal. Isso deixa claro o sentido de que estamos nos aproximando de uma grande festa. O presépio também deve ser montado aos poucos. O Menino Jesus é colocado apenas na noite de Natal”.

Na tradição da Igreja Católica o pinheiro simboliza a vida. Isso porque durante o Natal, no Hemisfério Norte, todas as árvores perdem as folhas, com exceção do pinheiro.

Presépios 

A montagem do presépio, também tradicional em tempos de Natal, deve seguir a mesma linha da preparação da árvore de natal. Nos primeiros dias monte a gruta, depois vá colocando os animais e os pastores. Maria, José e o menino Jesus devem fazer parte do presépio apenas mais próximo do Natal, recomenda a Igreja.

Hora de desmontar

Tradicionalmente, o dia de desmontar a árvore de Natal, o presépio e toda a decoração natalina depois do dia 6 de janeiro, o Dia de Reis. Foi nesse dia que os três reis magos encontram o menino Jesus e o revelaram a todas as nações. No final de Semana seguinte, é o Dia da Epifania do Senhor, 1º Domingo do Tempo Comum, termina o tempo de Natal e começa o tempo comum para a Igreja. 

O Dia de Reis, comemorado em 6 de janeiro, representa o encontro dos Reis Magos com Jesus. Também é só neste dia que os reis do presépio devem chegar ao seu destino, de acordo com Oliveira. “Os Reis devem ser colocados lá atrás no início do Advento, e vão caminhando até janeiro”, elucida. A data encerra os festejos natalinos e, por isso, é o melhor dia para desmontar a árvore e guardar os enfeites.


Por trás da decoração

As luzes dos pisca-piscas que embelezam a cidade no período natalino têm um importante sentido para os cristãos. “Ela representa a própria luz, que é Jesus”, diz o padre. Os pinheiros de Natal, por sua vez, representam a vida. “Em encenações de civilizações antigas antes do Natal, era comum associar a árvore a Cristo, que trouxe a vida. Colocavam frutos, pedacinhos de pão para enfeitar, e a criatividade foi para dentro das casas”, explica o coordenador do curso de Teologia da PUCPR, Cesar Leandro Ribeiro.

O teólogo destaca ainda que a data de celebração do nascimento de Jesus é simbólica, e explica a consolidação do 25 de dezembro. “A origem de tudo está em uma antiga festa pagã, de muitos séculos antes de Cristo, que era relacionada ao sol. Era uma celebração difundida em vários povos e culturas, e coincidia com o solstício de inverno (no hemisfério norte), quando tínhamos a noite mais longa do ano. A partir daquela noite o sol voltaria a brilhar por mais tempo”, explana. Quando o cristianismo passou a ser a religião oficial do Império Romano, a partir do século IV, a festa ao sol foi substituída pela celebração natalina.

FONTE: Gazeta do Povo – Curitiba PR

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