Pular para o conteúdo principal

O mandato de Cristo e a mistagogia Cristã






Texto de: Anadir D’Agostin



O mandato de Cristo é um mandato para se praticar a evangelização de forma mistagógica.

“Ide e ensinai tudo o que vos ensinei”.


Segundo nosso Deus e Senhor, Jesus Cristo, mistagogia cristã é ensinar a viver e a encarnar na própria vida tudo o aquilo que ele mesmo ensinou aos primeiros discípulos cristãos e também aos doze apóstolos.

Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração.



A iniciação cristã para o discípulo cristão batizado ainda "bebê" ou até aos "seis anos” é iniciação mistagógica trezentos e sessenta e cinco dias por ano e carece soar em harmonia com a psicologia humana, naquela faixa etária. Ela é praticada pelos pais e irmãos no santuário de vida que é a família.



Cristo deixa clara a metodologia, a didática e prática de ensino. Assim:

“Ide e ensinai tudo o que vos ensinei”.

"Eu estarei convosco sempre, até o fim dos séculos".

"Quando dois ou mais estiverem reunidos em meu nome eu estarei no meio deles".

"Deixai virem a mim as crianças".

'Vos reconhecerão que sois meus discípulos se vos amardes uns aos outros como eu vos amei".


A nossa evangelização iniciática – é iniciática porque ela inicia o jovem batizado nos mistérios de Cristo – não pode ser “um espantalho” de neófitos na caminhada logo no limiar do seu aprendizado e vivencial.



Vamos entender –

Uma máquina nova – no caso todo batizado – como um computador de última geração, já traz programado pelos dons recebidos no "batismo", os caminhos e atalhos para se conectar em banda larga com Deus. Um é o caminho mais rápido e seguro, também é o único caminho que é seguro, e que contém toda a verdade: este caminho é Jesus Cristo.



A evangelização do neófito – na iniciação cristã deve indicar os atalhos da vivência cristã. Certifique-se de que o neófito cristão entendeu os passos do caminho e deixe fluir. Então:

· Ele saberá direcionar-se, pelo resto da existência, para contemplar e adentrar nas estradas da vida.

· Saberá distinguir uma relação de emprego de uma relação de morte.

· Saberá distinguir um mar de águas salgadas de um mar morto.

· Saberá distinguir águas turvas de águas cristalinas.

· Um céu azul de um céu escuro.

· Uma tempestade de uma chuva copiosa.

· Um sol causticante e desértico, de um sol imprescindível à vida.

· Um vento tempestuoso de um sopro suave e aprazível.

· Uma arvore frondosa e estéril de um arbusto com saborosos frutos.

· Os lírios do campo de uma belíssima orquídea artificial.

· Em suma a Lei de Deus da Lei dos "contrários".



Então o neófito cristão:

Criança ou adulto, "este novo membro do “corpo de Cristo", pela graça e pelo poder da consagração batismal se conecta em banda larga com Deus por verdadeiros caminhos.



A iniciação cristã deve possibilitar ao filho de Deus o segredo de fazer escolhas. A melhor escolha. Está na hora de deixarmos de ajuntar o leite derramado como regra catequizadora. Juntar o leite derramado deve ser a exceção à regra.



Há dois mil anos que estamos juntando o leite. É hora de bem acondicionarmos não só o leite, mas também o mel para que não se percam no chão. Acondicionar o leite e o mel reclama:

"Ide ensinai tudo o que vos ensinei".



O ser humano tem sede da verdade: Anunciai a verdade, pois, ela contém toda a verdade do caminho.
“Ide e ensinai tudo o que vos ensinei”.
"Eu sou o Caminho"

Não é um mandamento para: “ignorantes mestres de leigos” ou de “ignorantes para leigos”: mas sim um mandamento global e dirigido a todos os “discípulos cristãos” independentemente de sua especial vocação, mas que tem a missão e a abrangência de evangelizar:

· quer pela autoridade e magistério de que são investidos pela ordem presbiteral,

· quer pela missão do sacramento do matrimônio recebido,

· quer pelos chamados especiais abraçados numa valorização maior da própria vida pelo celibato (anacoretas, eremitas,conventuais, monásticos, viúvos e viúvas... entre outros);

· quer pela evangelização e missão;

· quer pelo exemplo e ação vivencial.



Evangelizar é sangue de Cristo que corre nas veias de todo discípulo cristão e católico.

Sem mim nada podeis.

Postagens mais visitadas deste blog

Pai Nosso explicado

Pai Nosso - Um dia, em certo lugar, Jesus rezava. Quando terminou, um de seus discípulos pediu-lhe: “Senhor, ensina-nos a orar como João ensinou a seus discípulos”. È em resposta a este pedido que o Senhor confia a seus discípulos e à sua Igreja a oração cristã fundamental, o  Pai-Nosso. Pai Nosso que estais no céu... - Se rezamos verdadeiramente ao  "Nosso Pai" , saímos do individualismo, pois o Amor que acolhemos nos liberta  (do individualismo).  O  "nosso"  do início da Oração do Senhor, como o "nós" dos quatro últimos pedidos, não exclui ninguém. Para que seja dito em verdade, nossas divisões e oposições devem ser superadas. É com razão que estas palavras "Pai Nosso que estais no céu" provêm do coração dos justos, onde Deus habita como que em seu templo. Por elas também o que reza desejará ver morar em si aquele que ele invoca. Os sete pedidos - Depois de nos ter posto na presença de Deus, nosso Pai, para adorá-lo...

O EXÍLIO BABILÔNICO

Introdução O exílio marcou profundamente o povo de Israel, embora sua duração fosse relativamente pequena. De 587 a 538 a E.C., Israel não conhecerá mais independência. O reino do Norte já havia desaparecido em 722 a.E.C. com a destruição da capital, Samaria. E a maior parte da população dispersou-se entre outros povos dominados pela Assíria, o reino do Sul também terminará tragicamente em 587 a.E.C. com a destruição da capital Jerusalém, e parte da população será deportada para a Babilônia. Tanto os que permaneceram em Judá como os que partirem para o exílio carregaram a imagem de uma cidade destruída e das instituições desfeitas: o Templo, o Culto, a Monarquia, a Classe Sacerdotal. Uns e outros, de forma diversa, viveram a experiência da dor, da saudade, da indignação, e a consciência de culpa pela catástrofe que se abateu sobre o reino de Judá. Os escritos que surgiram em Judá no período do exílio revelam a intensidade do sofrimento e da desolação que o povo viveu. ...

Nossa Senhora da Conceição Aparecida

NOSSA SENHORA da Santa Conceição Aparecida é o título completo que a Igreja dedicou à esta especial devoção brasileira à Santíssima Vigem Maria. Sua festa é celebrada em 12 de outubro. “Nossa Senhora Aparecida” é a diletíssima Padroeira do Brasil. Por que “Aparecida”? Tanto no Arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida quanto no Arquivo Romano da Companhia de Jesus constam os registros históricos da origem da imagem de Nossa Senhora, cunhada "Aparecida". A história foi registrada pelo Pe. José Alves Vilela em 1743, e confirmada pelo Pe. João de Morais e Aguiar em 1757. A história se inicia em meados de 1717, por ocasião da passagem do Conde de Assumar, D. Pedro de Almeida e Portugal, governador da Capitania de São Paulo e Minas de Ouro, pela povoação de Guaratinguetá, a caminho de Vila Rica (atual Ouro Preto, MG). Os pescadores Domingos Garcia, Felipe Pedroso e João Alves foram convocados a providenciar um bom pescado para recepcionar o Conde, e partiram a l...