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Mostrando postagens de 2017

ANO NOVO: onde encontrar a novidade?

“Os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido” (Lc 2,20) A celebração do “Ano novo”, prática vivida em todas as culturas e religiões, parece responder a um desejo humano de “começar de novo”. “O homem foi criado para que no mundo houvesse um começo”. Este pensamento de S. Agostinho deveria iluminar nossa vida ao longo deste novo ano que se inicia. Desde que o ser humano surgiu da terra e sobre a terra, o mundo criado ganhou um “novo início”. Nós o estamos reconstruindo incessantemente. “O ser humano é criado e é criativo”; pois é exatamente o dom de re-começar, sempre, que nos caracteriza como humanos. Caminhamos hoje para algo novo; somos convocados pelo futuro a realizar projetos diferentes, possibilidades novas, “coisas” que nos acenam lá de longe e nos fazem uma proposta: “re-criem-nos”; coisas que surgem sob a forma de um desejo, de uma esperança... mas que sempre dependem de nós para se tornarem concretas. Elas exigem e

Clássicos da espiritualidade em PDF

por Stº Afonso Maria de Ligório ____________________________ Se a oração é útil para a vida espiritual, talvez não o seja menos a leitura de livros de piedade. Segundo S. Bernardo, nós na leitura espiritual aprendemos, ao mesmo tempo, a fazer oração e a praticar as virtudes. "A oração e a leitura são armas, dizia, com que se pode vencer o inferno e adquirir o paraíso". Nem sempre podemos ter junto de nós o padre espiritual para nos ajudar com seus conselhos em todas as nossas ações, e especialmente em nossas dúvidas; mas a leitura supre tudo, fornece-nos as luzes necessárias e ensina-nos como havemos de proceder para evitar as ciladas do demônio e do nosso amor próprio e para conformar-nos com a vontade de Deus __________________ Para tirardes proveito da leitura espiritual, observai o seguinte: Primeiro, antes de começar, é preciso recomendar-se a Deus, a fim de ser esclarecido por sua luz nas coisas que se vão ler. Em segundo lugar, ler unicamente para

A CELEBRAÇÃO DO ADVENTO

O Tempo do Advento, (quatro semanas que antecedem o Natal), é oportunidade para um mergulho na liturgia e na mística cristã. É tempo de esperança, preparação alegre para a vinda do Senhor, meio precioso de recordar o mistério da salvação e reavivar os valores cristãos. Começa às vésperas do domingo mais próximo do dia 30 de novembro. Tempo de esperança na renovação de todas as coisas, na libertação das nossas misérias, na vida eterna; esperança que nos forma na paciência diante das dificuldades e tribulações da vida. É tempo propício à conversão, a "preparar o caminho do Senhor", vencendo o pecado, com uma disposição maior para a Oração e mergulho na Palavra. O Advento, deve ser celebrado com sobriedade e com discreta alegria. Não se canta o Glória, para que na festa do Natal, nos unamos aos anjos e entoemos este hino como algo novo, dando glória a Deus pela Salvação que se realiza no meio de nós. Pelo mesmo motivo, o diretório litúrgico da CNBB orienta que flores e instrume

QUAL É O DIA CERTO PARA MONTAR A ÁRVORE DE NATAL?

Quando o fim do ano se aproxima, quem valoriza as tradições - sejam culturais ou religiosas - não vê a hora de montar a árvore de Natal, um dos grandes símbolos do período natalino. Pisca-piscas, presépios, guirlandas e, é claro, a árvore de Natal! Quando o fim do ano se aproxima, muitas famílias começam a pensar nos símbolos e adornos que irão usar para decorar suas residências ou estabelecimentos comerciais para a data. Mas você sabia que há um dia apropriado para começar a enfeitar a casa? De acordo com a tradição cristã é durante o primeiro domingo do Advento – o quarto domingo antes do Natal, em 25 de dezembro. Em 2017, a data cai  no dia 3 de dezembro. Segundo orientações da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a árvore não deve ser montada toda de uma vez, o ideal é acrescentar enfeites e adereços aos poucos, durante as quatro semanas do Advento, que é, para os católicos, um tempo de preparação. Por isso, mais do que aderir à tradiçã

O advento vai começar: como viver o tempo da espera

O Advento vai começar: Como viver o tempo da espera Começa no próximo domingo, 3 de dezembro (mais precisamente nas missas vespertinas de sábado e, neste dia, na liturgia das horas de Vésperas), o Advento, o tempo forte do ano litúrgico que prepara o Natal. O primeiro domingo do Advento abre o novo ano litúrgico. No rito romano são quatro os domingos do Advento, que no rito ambrosiano, em Milão, já começou a 12 de novembro. «Um dos temas mais sugestivos do tempo do Advento» é a «visita do Senhor à humanidade», explicou o ano passado o papa Francisco no seu primeiro Angelus do Advento, na Praça de S. Pedro. E convidou à «sobriedade, a não ser dominado pelas coisas deste mundo, pelas realidades materiais». E numa das homilias durante a missa matutina na casa de Santa Marta, Francisco indicou que «a graça que nós queremos no Advento»: «caminhar e andar ao encontro do Senhor», ou seja, «um tempo para não se estar parado». A liturgia A cor dos paramentos litúrgicos do clero é o roxo. No te

Quem ama, corrige

COMO DEVE O CRISTÃO católico proceder diante de um familiar, um amigo ou mesmo algum colega de estudos ou do trabalho que erra, que está em pecado ou, melhor seria dizer, um que persista no erro, imaginando que acerta (já que errar todos nós erramos, pecar todos pecamos). Corrigir os erros alheios pode ser muito difícil. Exige coragem, boa vontade, paciência... e principalmente verdadeiro amor fraterno, que é a autêntica caridade cristã. Como diz o querido padre Francisco Faus em um de seus admiráveis livros (Tornar a Vida Amável, Cultor & Cleofas) "corrigir um amigo –, com amor e ânimo de ajudar –, é uma das melhores maneiras de compreendê-lo". Antes de entrar na análise da questão, entretanto, importa contextualizá-la. Vivemos hoje o pleno apogeu da temível ditadura do relativismo, contra a qual tanto nos advertia o papa Bento XVI e que já foi também condenada por Francisco como "a pobreza espiritual dos nossos dias". Vivendo num mundo em que tudo é relativo

A CATEQUESE MISTAGÓGICA

1. Por que falar de mistagogia? O tema mistagogia aparece em um momento de urgência de renovação da Igreja e de nossas práticas evangelizadoras. As vozes do documento de Aparecida ainda ecoam em nossos ouvidos, proclamando a necessidade de deixar uma pastoral de mera conservação, avançando para a renovação das estruturas eclesiais (DAp 366-368). Diante do indiferentismo religioso, da falta de consciência cristã dos batizados e da grande massa de católicos que buscam nossas comunidades como “fregueses” dos serviços eclesiais, faz-se necessária uma renovação de métodos. Na catequese, não podemos mais nos contentar com a falta de engajamento dos muitos que recebem os sacramentos de iniciação e depois somem da Igreja. Diante de tal realidade com a qual se depara nossa prática pastoral, precisamos tomar consciência de que estamos em tempos de evangelização. Tempos em que urge o primeiro anúncio da alegre boa nova, levando nossos interlocutores ao encontro pessoal com Jesus Cristo, na adesã

O SACRAMENTO DA MATURIDADE: "O" CRISMA OU "A" CRISMA"?

E como é que se fala mesmo? Na verdade esta é uma questão semântica (sentido das palavras e da interpretação das sentenças e dos enunciados):  O  Crisma ou  A  Crisma? O correto é: O Sacramento  DA  Crisma ou  A  Crisma! (feminino, portanto). O que, às vezes, gera um pouco de confusão é o fato de o Óleo (A MATÉRIA) da Crisma ser chamado O Crisma! (óleo abençoado na Quinta-Feira Santa). O Batismo se acha estritamente associado ao Sacramento da Confirmação (ou Crisma), pois este, como diz o nome, confirma e leva à plenitude o Batismo; É o Sacramento da Maturidade cristã. Em poucas palavras, o Sacramento da Crisma é a consolidação pentecostal do Batismo; é a consumação do Batismo. Isto vem indicado pelo próprio rito batismal, pois ao final da cerimônia batismal o neófito é ungido com o óleo da Crisma – unção esta que ainda não é o Sacramento da Crisma. Assim, embora seja um Sacramento próprio, a CRISMA fica intimamente vinculada ao Sacramento do Batismo, c

VOCÊ SABE A IMPORTÂNCIA DA MISSA AOS DOMINGOS?

A participação da Santa Missa, aos domingos, é um compromisso de particular importância em nossa experiência de fé. O Catecismo da Igreja Católica nos ensina que a celebração da Eucaristia dominical, do Dia do Senhor, está no coração da vida da Igreja. “O domingo, em que se celebra o mistério pascal, por tradição apostólica, deve guardar-se em toda a Igreja como o primordial dia festivo de preceito”1. No entanto, antes de ser uma obrigação para nós, católicos, a participação da Santa Missa aos domingos é uma exigência que está inscrita na essência da vida cristã. Por isso, na Igreja nascente, não havia o preceito dominical, já que os fiéis tinham a assembleia dominical como o ponto mais alto e importante da vida espiritual. A Santa Missa nos primórdios da Igreja Católica A celebração da Santa Missa aos domingo remonta aos princípios da era apostólica da Igreja (cf. At 2,42-46; 1 Cor 11,17). Nesse sentido, a Carta aos Hebreus nos ajuda a compreender a importância da Eucaristia domini

FINADOS: a sabedoria de fazer-se presente diante da morte

“Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus...” (Mt 5,12) No dia de Finados, fazemos memória e nos unimos a todas aquelas pessoas cujos rostos estão gravados em nossa mente e coração, pois foram presenças que nos sustentaram, nos confortaram, nos animaram e nos impulsionaram. E podemos expressar a confiança profunda de que a vida é conduzida secretamente a um Porto de Amor definitivo, e todo pranto, impotência e fragilidade serão abraçados e sanados n’Ele. Há tanto que agradecer a estas pessoas que, como silencioso fermento, fizeram história com Deus no interior de nossa pobre humanidade. Foram presenças inspiradoras que melhoraram uma parte do mundo e nossa gratidão as acompanha. Ditosos eles e elas, e ditosos também nós porque, na comunhão com aqueles(as) que já vivem a páscoa definitiva, somos movidos a seguir seus passos pelo caminho da vida, para sermos dispensadores humildes de felicidade, compaixão, mansidão, famintos e sedentos de justiça